Lana Wachowsky estava certamente aborrecida com a vida e às tantas também com uns poucos tostanitos na carteira no dia em que teve os seguintes pensamentos. «Caramba, não sei o que hei-de fazer. Tenho de trazer à luz algo de emocionante, cativante... algo de novo. Já sei! Vou fazer um quarto filme do «Matrix»!
Se foi assim ou não, não faço ideia. O que é certo é que em Dezembro de 2021, os cinemas passaram a projectar «Matrix Resurrections».
Pois é, já se passaram uns quantos aninhos desde as anteriores sequências absolutamente maradas ao máximo de artes marciais e outras cenas de pancadaria, tiros, explosões e criaturas electro-mecânicas computorizadas que parasitavam a Humanidade. Aqui temos o nosso velho Senhor Andersen, e se ele está mesmo velho, que é um programador e criador de video-jogos de grande sucesso. Porém, a vida nem por isso lhe corre bem. Parece-lhe ter sempre a sensação de que há algo que falta ou que está errado e depois há uns sacanas duns sonhos que ele começa a achar que são mais que sonhos. Enfim, o homem acha que está a ficar passado dos carretos e encharca-se nos tais famosos comprimidos azuis que já eram nossos conhecidos nos outros três filmes. Não, seus badalhocos, não é Viagra. Já um gajo não pode falar em comprimidos azuis que fica logo tudo empinado e a fazer piadolas marotas. Entretanto, cruza-se com uma mulher que não lhe é nada estranha. O mesmo pensa ela. E pronto, é assim, pouco mais ou menos que a coisa descamba, indo parar a novos comprimidos vermelhos, porrada, tiros, explosões e por aí a fora. Desta vez, não há é Laurence Fishburn, que o homem está agora a apresentar documentários, e o Agente Smith já não é interpretado pelo Hugo Weaving, que toda a gente sabe que deixou crescer o cabelo e as orelhas e foi morar para Valinor.
Passou-se mais de um ano e meio sem que eu falasse acerca do filme, por muito que desejasse. Por um lado, já se sabe, por falta de tempo. Por outro porque eu nem sabia o que haveria de dizer. Em bom rigor, como se vê, ainda não sei. Ao fim deste amplo período, continuo sem perceber se o filme é bom ou é mau. Contudo, não há a menor dúvida que está repleto de pequenos e grandes brindes que nos remetem para os três anteriores, ora de forma ficcionadamente séria ora num tom que roça a paródia, ou seja, que esta película foi feita por fãs e para fãs. Seja bom ou mau, uma coisa garanto: é entretenimento garantido para quem gosta do género e da série em particular, deixando uma certa vontade em ver o que mais há-de vir... ou não!
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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