terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Mensagem de Boas Festas do Pombocaca

Meus amigos pombos

Estamos mais uma vez naquela que é a época mais feliz do ano, a que se situa entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro. Sim,  todos os dias são o Natal para alguém e, como tal, todos os dias são sinónimo de felicidade. No entanto, este período que atravessamos é, por excelência, o Natal pròpriamente dito, aquele que é representativo de todos os outros e que a todos serve de referência. É o natal daquele pequeno bebé que, sendo descendente de reis, ele mesmo rei e filho unigénito de Deus, veio ao Mundo em circunstâncias tão precárias, no débil aconchego dum lar improvisado onde contava com pouco mais que o calor dumas palhas numa manjedoura e do que os seus pais e o gado podiam providenciar. Disse pouco mais? Não, muito mais! Havia ali o calor que resultava da união inesperada de tantos humanos, de animais domésticos, até dos anjos!

Se somos todos crentes ou não, isso é irrelevante porque o que importa é percebermos, assimilarmos e praticarmos a mensagem. Tantos que há no Mundo que nascem em contextos tanto ou mais complicados e contudo vingam graças à imensa força que provém da união, do acreditar que juntos alcançaremos o objectivo, o supremo propósito de tudo, numa só palavra, o amor, a força mais poderosa que existe. E se unidos levamos os nossos intentos avante, porque não estendermos a nossa mão ao próximo, nem que seja só através dum olhar, para que possamos transmitir um pouco desta força que provém do amor a todos os que nos rodeiam? Sei que nem sempre é fácil. Também aquele pequeno menino não veio a ser recebido por todos de braços abertos mas deixou-nos a mensagem de que isso é possível e que só assim seremos felizes.

Portanto, sigamos o exemplo daquele dia há mais de 2000 anos e juntemo-nos todos num grande presépio para que possamos sentir toda a sua força e alegria e consigamos replicá-lo nos restantes dias para entrarmos com vontade de melhorar e seguir em frente para um 2019 e, porque não, uma eternidade repleta de amor.

Paz, amor e muita saúde, como a desta menina aqui, é tudo o que o Pombocaca tem a desejar-vos como a receita de festas felizes. Todos os dias são dias de festa. Celebremos!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Peta-Zetas, PANs & Companhia Muito Limitada (não pôr a carroça à frente do P.A.N.)

Depois de ver rejeitada pela segunda vez a intenção de proibir os veículos de tracção animal e de ter sido bem sucedido, pelo menos por enquanto, que muita tinta há-de escorrer sobre o assunto, quanto à proibição de animais em circos, o Partido das Pessoas, Animais e Natureza, o P.A.N.,  voltou à carga. Já se sabe, é que «de cão a cão, poucas léguas vão».

Quem não conhece a PETA, a associação que ficou conhecida, entre outras coisas, pelas peculiares manifestações de gente nua contra o uso de peles de animais?

Sim, estas mesmas mamanifestações.

Pois há dias, a PETA apresentou uma proposta para proibir o uso de certas expressões que se tornaram desde há séculos correntes mas que, no entender dos associados, não é muito abonatória para os animais.  Deste modo, «matar dois coelhos numa só cajadada» deveria passar a ser «pregar dois pregos numa só martelada», por exemplo, ou «pegar o touro pelos cornos» poderia ser substituído por «pegar a rosa pelos espinhos».

Num primeiro momento, quando inquirido pela comunicação social sobre o assunto, o P.A.N. argumentou inicialmente que seria interessante que as expressões caíssem em desuso em prol de outras não tão agressivas ou depreciativas mas que isso teria de advir por meio de educação. Ainda nos espantávamos com a sensatez da opinião e eis que no dia seguinte o P.A.N. opta por seguir o exemplo e pretender proibir estes dizeres de forma oficial.

Eu prezo mesmo muito os burros mas já lá diz o povo que isto é «como descer de cavalo para burro». É que a verdade é que decreto ou lei alguma consegue impor um preceito draconiano deste calibre. É como aquela baboseira sobre os piropos: eles vão continuar a existir, sejam ou não penalizados, é quase como proibir o Sol de nascer. Em rigor, a Assembleia tem bem mais coisas e mais importantes para debater do que se «a cavalo dado não se olha o dente» ou até se olha a mais do que isso. Agora, se o faz ou não... Digamos que não ponho as minhas mãos no fogo, já que «gato escaldado de água fria tem medo».

O P.A.N. que tire o cavalinho da chuva. Na verdade, estes e outros ditados estão muito enraizados e há muito tempo. Fazê-los desaparecer é, no imediato, impossível. Só ao fim de muitas gerações é que isso é previsível e mesmo assim só por via da educação. Para mais, haja bom senso. A generalidade dos ditados é meramente simbólica e ninguém vai atirar paus aos gatos só porque a canção diz que alguém o terá feito. Por outro lado, se «pegar o touro pelos cornos» passasse a ser «pegar a rosa pelos espinhos», não estaríamos agora a tecer comentários sobre as roseiras da mesma forma que o fazemos agora acerca de gado bovino?

Em suma, toda esta problemática é vazia de conteúdo e uma total perda de tempo. Importante sim é incutir a afeição e o respeito por todas as formas de vida. Proibir dizeres é começar pelo fim. Já a história das carroças e dos animais no circo o foi. Mas parece que isso é recorrente na política da Terceira República: em vez de zelar pelas condições em prol da resolução dum problema, proíbe-se-o ou liberaliza-se-o, conforme o caso, de modo a fazer com que a operação de cosmética aparente que algo deixe de ser problema. Isto não é mais que «pôr a carroça à frente dos bois».

Meus caros, para maluco já basto eu.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sábado, 1 de dezembro de 2018

Outra vez touradas com velcro: bem o dissémos

O deputado socialista Pedro Delgado Alves apresentou uma proposta ao presidente do partido, Carlos César, com vista à elaboração de uma proposta de lei a discutir na Assembleia da República que visa a introdução de velcro nas touradas em substituição das farpas metálicas, o que acabaria com qualquer sangue derramado e sofrimento por parte dos touros, que, a bem dizer, são as estrelas destas cerimónias, à semelhança do que acontece desde, espantemo-nos, os anos 70 entre as comunidades portuguesas nos Estados Unidos da América e no Canadá, onde as leis referentes aos direitos dos animais são muito severas e restritivas.

Já há anos que aqui o temos dito e não só nós mas muitos outros e, final e felizmente, parece que algum responsável político acolheu e teve coragem de avançar com a ideia. Tal como é de emprego da racionalidade, uma evolução não se pode fazer por simples revolução mas pelo aproveitamento do melhor que o passado nos deu e sua adaptação, melhoramento e enriquecimento e introdução da sempre necessária novidade. Portanto, proibir as touradas não parece ser a melhor opção pois uma parte considerável da economia depende da tauromaquia e os touros bravos não têm grande aproveitamento comercial face a outras raças, mais rentáveis, para além do termo destas manifestações culturais constituir a perda de um pouco da portugalidade. É pois sim uma questão também não de gosto mas de civilização: da nossa. Por isso, porque não continuar a dar brilho aos nossos touros adorados mas sem lhes fazer mal. No fundo, nós gostamos deles certo?

Espero que a proposta avance e seja aprovada. Caso contrário, aí sim, as touradas têm os dias contados.
Já lá dizia o Darwin, é tudo uma questão de adaptação!

Que a caca esteja convosco! 


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Pombo Restaurado

Passaram-se nove meses e cinco dias desde que a última mensagem aqui se publicou e, qual produto de uma generosa gravidez, ditou o destino que ressurgisse o Pombocaca. É verdade que tinha já dúvidas quanto ao regresso deste interregno e, verdade seja dita com toda a sinceridade, é pena que as circunstâncias do meu afastamento tenham desembocado num para mim infeliz produto de uma tão difícil equação. Porém, é sempre com alegria que se deve enfrentar o desafio que o futuro nos apresenta e dar ao prelo cibernético nova caca columbina assaz corrosiva.  Portanto, bem-haja a todos os que continuam a ler as parvoíces que nós, quer dizer, eu insisto em escrever por aqui. Os que continuam, ou seja, o que continua, nomeadamente eu, pelos vistos. E não podia este ressurgimento ter sucedido em melhor dia que o nobre feriado da Restauração da Independência. Lembremos, pois claro, que neste dia 1 de Dezembro se comemora o ponto final numa sucessão de 60 anos de abusos da parte dos nossos dominadores de Castela. Foi já em 1640, quem diria! No entanto, mesmo passados 378 anos sobre a tomada de posição corajosa de meia dúzia de gatos pingados contra o colosso e super-potência do seu tempo, nunca é demais lembrar o feito para chegarmos à conclusão de que não interessam a força e a dimensão do nosso oponente. O importante sim é sempre a razão. Como canta a «Padeirada»:

«E quem tem no coração
A força da razão,
Mesmo sem vencer
Nunca chega a perder.»

Bem-vindos de volta e que a caca esteja convosco!

E já agora...

P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!