quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Última Restauração


Caros amigos, hoje festeja-se um dos mais notáveis acontecimentos da História de Portugal: hoje é Dia da Restauração! Neste mesmo dia de 1640, um punhado de valentes irrompeu pelas escadarias do Paço da Ribeira e, quase sem derramamento de sangue, libertou o nosso arrasado e enfraquecido país do domínio tirânico do poderoso dominador castelhano depois de 60 anos de terror, puro vampirismo de Estado e escravatura. Passados tantos anos, nunca este feriado fez tanto sentido quanto hoje, talvez mais só no dia em que decorreram os acontecimentos que o motivam. Hoje, dia em que o nosso velhinho Portugal se vê cada vez mais reduzido à condição de estado vassalo da Alemanha ou província periférica do império que se reergue, em que o Estado se eclipsa em cortes e outras medidas suicidas e em que a cultura, as instituições, o nosso modo de vida e a própria pátria se parecem precipitar no abismo. E o que faz o nosso valoroso e patriótico Estado? Aquilo que já há muito tempo eu dizia que era previsível: extinguiu um feriado que já há alguns anos não comemorava.

À semelhança do que fiz o ano passado, vou apresentar um resumo dos Vinte e Cinco Capítulos que Filipe I teve de jurar cumprir nas Cortes de Tomar de 1581 se quisesse ser aclamado Rei de Portugal e compará-los com os nossos dias.
- Respeitar os usos, costumes, leis e privilégios de Portugal: usos e costumes deturpados e leis da União Europeia que prevalecem sobre as portuguesas.
- Os cargos públicos seriam sempre ocupados por portugueses, que puderiam ocupar funções idênticas em Espanha: continua a sê-lo, excepto a parte de Espanha, embora haja um conjunto de forças exteriores (União, F.M.I., etc.) que tem poderes muito superiores aos do Estado.
- O comércio com a Índia e a Guiné continuaria a ser exclusivo de portugueses: nem o de Portugal é, quanto mais...
- O herdeiro ao trono seria criado em Portugal: é verdade, se bem que lhe esteja vedado o legítimo direito de a ele subir.
- A língua portuguesa seria mantida: e é mas em condições ruinosas, deturpada por imposições brasileiras, estrangeirismos e valorização de aprendizagem de idiomas estrangeiros.
- Continuaria a circular moeda própria: já nem sequer há moeda própria!

Ora vamos lá ver se nos entendemos. Se nós expulsámos os Castelhanos por terem violado os Vinte e Cinco Capítulos de Tomar e explorado com tortura e sofrimento Portugal até ao tutano, o que se fará agora, que parece que estamos a começar a enveredar pelo mesmo caminho? Ninguém imagina os horrores a que a população foi então sujeita, imensamente muito maiores e prolongados que os que se terão vivido sob o Estado Novo, não haja ilusão quanto a isso. Portanto, há que lembrar para evitar cair na mesma situação.

O Estado tem o dever, mais, a obrigação moral de lembrar as datas importantes da História. No entanto, nas circunstâncias em que vivemos, optou por arrepiar o caminho do razoável e abolir quatro feriados, numa mostra de desprezo pela História, tradição, fé e direitos dos trabalhadores. É assim que sucumbem Corpo de Deus, Senhora da Assunção, Implantação da República (1910)/Independência pela assinatura do Tratado de Zamora (1143) e Restauração da Independência, que para o ano que vem já não serão mais feriados, apenas datas esquecidas. Não só nega aos que trabalham o direito de gozar dias de descanso, visto que as folgas são uma compensação que não pode ser paga em dinheiro pelo seu trabalho, como os sobrecarrega de impostos e mais tempo de trabalho. Como pretende o Estado reerguer um país explorando os trabalhadores e obrigando-os a trabalhar? Que rendimento tem um trabalhador a laborar contra a sua vontade? E que apreço tem ele pelos que o a isso o forçam? E que exemplo dá à população o Estado que patrocina a amnésia geral e manda para as urtigas aquilo que fez dele aquilo que é hoje, um Estado, para mais soberano, independente, ignorando um dos feriados que mais diz, se não o que mais diz à memória colectiva nacional. O que é a soberania? O que é a independência? Pois se os nossos governantes não sabem, eu digo: é A LIBERDADE!!!

Tenho hoje aqui uma musica que antigamente era tão importante que a ensinavam nas escolas primárias. Quem a quiser ouvir ou sacar, aqui está ela. Como é só a versão instrumental, deixo junto a letra. Dedico ao nosso estimado Primeiro-Ministro, aos restantes membros do Governo da Nação e ao excelentíssimo Presidente da República este que é, para ver se todos eles se conseguem ou não envergonhar daquilo que têm andado a fazer, o
HINO DA RESTAURAÇÃO



Celebremos Portugueses
O dia da redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

Para a frente, para a frente!
Repetir saberemos as proezas portuguesas.
Avante, avante!
É a voz que soará triunfal.

Vá avante mocidade de Portugal,
Vá avante mocidade de Portugal!
***

Meus amigos, não interessa que os governantes dos últimos anos tenham esquecido o que aqueles valentes fizeram há 468 por eles, pelos que já tinham morrido e por aqueles que haviam de se lhes seguir, incluindo os que os esqueceram e agora desprezam. O que interessa é que tenhamos aprendido e celebremos nós e bem e que lhes sigamos o exemplo em fervor patriótico e sentido de liberdade, hoje mais que nunca, que é o último Dia da Restauração. Celebremos Portugueses pois é cada vez mais evidente que, nestes dias em que a nossa adorada terra-mãe está moribunda, há-de ser crucial para a nossa sobrevivência enquanto Portugal, território-corpo e povo-alma unos e indivisíveis, mais dia menos dia tenha de vir uma Segunda Restauração.

Muito agradecido a todos quantos se lembraram da importância deste dia.

VIVA PORTUGAL!!!

Que a caca esteja com todos vós, meus compatriotas!




P.S.:NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!