quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A todos os pombos e outros bichos, BOAS FESTAS!

É verdade, estamos outra vez naquela época mágica, aquela em que o frio nos aperta os dentes e se desaperta o cinto com tanto bolo, peru e bacalhau atafulhado pela guela abaixo. Se não é, então pelo menos é de desejar que seja. Aqueles dias em que é suposto estarmos mais unidos do que o costume para que o calor humano, essa verdadeira força que cada um de nós tem, irradie do nosso interior e contagie com alegria todos os que nos envolvem. Numa época em que as dificuldades nos atacam e a crise, cada vez mais aguda, parece tirar-nos qualquer esperança num amanhã risonho, lembremo-nos do exemplo de Jesus, a razão de ser do Natal, nascido num estábulo, deitado sobre as ásperas palhas de uma manjedoura tosca e escassamente aquecido pelo bafo dos animais ali presentes. Apesar de cenário tão pobre, não estariam os seus pais felizes? Claro que sim! E se eles, que até estavam a ser perseguidos, estavam felizes naquela noite fria de Belém, há mais de 2000 anos, porque é que nós não estaríamos? Alguns dirão «ai, eles não tinham o Passos Coelho com uma carga fiscal destas». E daí, tinham uma ripada de gente atrás para lhes matar o filho por causa da paranóia dum rei pirado. É ou não é pior?

O que eu quero dizer com isto é que, apesar das nossas dificuldades, por muito grandes e graves que sejam, há sempre uma esperança que deverá residir em nós. Se Maria e José se safaram, se os reis magos encontraram o seu caminho, então todos nós também haveremos de ter uma estrela que nos guie e safe, esteja ela nos céus ou dentro de nós
. É essa estrela que eu desejo a todos, sejam ou não leitores do Pombocaca, saibam ou não ler sequer, uma estrela que os conduza a um muito feliz Natal e possa dar alento para enfrentar o ano que aí vem.

Muito bom Natal a todo o Mundo e muito, muito, muito bom ano novo de 2014!
Que a caca esteja natalìciamente convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Zarolhos de Água: O Espelho Triplo!

Agora é que vai ser a pura da loucura. Vamos imaginar que Lucius Malfoy, o pai do loirinho escorrido com pinta de fedelho armado aos cucos das histórias do Harry Potter, o Draco, e o Capitão Jack Aubrey o «Sortudo», do «Master and Comander», são a mesma pessoa. Num dia voa numa numa vassora e noutro anda de barco a perseguir franciús. E se forem mesmo? Então e agora outra. E se ele também der uns toques na vida artística sob a designação de Rui Bandeira? Já estou a ver a coisa: voa com um veleiro numa partida de quidditch do escalão sénior enquanto dá bailinho aos adversários... com o «Coração Esquecido»! É que das duas uma, ou estes três são indivíduos distintos gémeos mais ou menos verdadeiramente falsificado-pseudo-siameses-separados ou então temos aqui o caso dum fulano apenas que, para se esquivar à crise, lança-se a fazer tudo o que apanha, seja devorador da morte, oficial da Marinha Inglesa ou cantor.


Pronto, eu sei que o Jack Aubrey não se parece muito aqui mas não encontrei imagem melhor. Quem puder, veja o filme e logo me dirá se tenho ou não razão.

Mais nada!

Que a caca esteja convosco!



P.S: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Monstro da Estrada IV: Supremo Apocalipse Rodoviário

No princípio, os humanos eram pouco mais que uns macacos invulgares. Andavam sobre as quatro patas, como a maioria dos mamíferos. Porém, souberam erguer-se e desenvolver a sua locomoção sobre os dois membros posteriores... e isso fez-lhes toda a diferença. Era uma nova maneira de ver o Mundo, de encarar a realidade. Só que isso não lhes bastava, queriam ir mais além e mais depressa. Muito depois, inventaram os motores e os veículos e regrediram na sua evolução. Regressaram aos quatro membros, só que agora sob a forma de rodas. Às vezes para que se evolua, tem de se regredir um pouco.

O Mundo estava a mudar e os que se deslocavam pelos seus próprios membros estavam a ficar relegados a um beco sem saída evolutivo. Era agora uma luta épica pela sobrevivência: adaptação ou extinção. Havia um sapo, o Migas, que foi obrigado a render-se às evidências, estava ultrapassado, obsoleto, e queria ascender a esta nova condição mas não conseguia. Depois de anos de luta e ao fim de um terrível duelo numa tenebrosa selva urbana, eis que deu por fim de caras com uma raposa, sim, uma raposa diante dele, literalmente um bichinho peludo aparentado aos cães. E eis senão quando esta, em vez de se deixar apanhar no termo desta peleja, fugiu espavorida diante dos campeões. Era a vitória, sim, estava ultrapassada esta barreira.
 
Portanto, resta-me agora deixar o aviso a todos os outros transeuntes: novos desafios deparam-se em cada via a percorrer e Migas-o-Sapo está aí, de cartinha em punho, pronto a aterrorizar cada peão, ciclista, motociclista e condutor e semear o pânico em qualquer via... sem querer. Vou tentar ter cuidado e ser o mais prudente possível. Comigo, nada de macacadas e cavalgadas brutas. Faço o que posso mas a todos peço cuidado, porque, meus caros, ninguém está isento de deparar-se comigo e apanhar o susto da sua vida, talvez o último, se não for muito rápido, pois a azelhice não se cura, apenas tira folgas, e eu sou O MONSTRO DA ESTRADA.

A todos os que acreditaram e acreditam em mim, mais do que eu próprio, um abraço!

Vemo-nos por aí com a Carrinha Mocada.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pedra curiosa na Estação do Algoz que pode ter valor histórico

Eu gosto de coisas antigas, é verdade, e interesso-me por História. Às vezes isto leva-me a tropeçar em pequenas coisas que me chamam a atenção. Foi o que me aconteceu hoje.

Tive necessidade de ir ao Algoz. Para quem não sabe, é uma localidade do Concelho de Silves, no Algarve. Enquanto aguardava hoje a chegada do comboio, reparei que um dos blocos paralelepipédicos que perfaz o lancil original para a linha tinha ao comprido e a uma das pontas uma inscrição. Sem grande custo, pode ler-se lá «CAPELA» numas letras que devem ter cerca de 8 centímetros de altura cada uma.

Reaproveitamento de materiais de edificações anteriores? Quer-me cá parecer que pode ser o caso. Está chamada a atenção e quem souber de algo ou tiver ficar interessado em saber, lance-se à descoberta.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Bicharada não limitada

Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e Pescas, teve o muito bom senso de ignorar o projecto de lei que limitava os animais de companhia nos apartamentos. Ao que parece, o Cavaco teria de constituir um Governo muito mais reduzido.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Como fazer uma televisão analógica captar canais em sinal digital

Eu sei, eu sei, o pessoal diz que eu sou retrógrado, ultrapassado, antiquado, blá blá blá, essa lenga-lenga toda. Já vos mostrei como fazer uma estação de televisão pirata, não mostrei? Mesmo assim ainda há quem diga que eu sou contra as tecnologias. Pois bem, cá vai uma liçãozinha com uma mostra em contrário.

Tens uma televisão antiga, seja a cores ou ainda a preto e branco, e não há hipóteses de se lhe instalar o aparelho de televisão digital terrestre? Pois alto! Não a deites fora! Ela ainda tem uma hipótese de te continuar a dar muitas mais horas de entretenimento. Eis como fazer ela mostrar os canais digitais mesmo sendo um aparelho analógico.

Para fazermos este pequeno milagre, necessitamos de:
- aparelho de TDT, daqueles que parecem uma caixinha e têm ligação à antena e a uma tomada scart de 21 pinos, que pode ser comprado em qualquer loja da especialidade e até nas estações dos correios, se não acabarem com elas todas antes;
- amplificador de sinal, que pode ser comprado em qualquer loja da especialidade ou, em alternativa, usar um antigo leitor de cassetes de vídeo, que tinha este aparelho incluído;
- o televisor antigo, claro.

Depois é só seguir os passos. Alguns nomes de tomadas podem variar consoante os fabricantes.
1 - Ligar o cabo da antena à entrada ATN IN do aparelho de TDT.
2 - Ligar um cabo de duas fichas de scart de 21 pinos à tomada SCART TV do aparelho de TDT e à tomada AV2 (DECODER EXT) ou AV1 (TV) do amplificador ou leitor de cassetes de vídeo.
3 - Ligar com um cabo coaxial de duas fichas, uma macho e outra fêmea, à tomada RF (OUT) do amplificador de sinal ou leitor de cassetes de vídeo e à ligação para o cabo de antena da televisão.
4 - Sintonizar a frequência em que está aberto o canal para a partir daí visualizarmos os canais todos. Fica em UHF. Uma vez encontrado, o comando do aparelho de TDT será o novo comando da televisão, pelo menos no que diz respeito a mudar de canais porque para o resto vais ter de usar o comando da televisão antiga ou, não o havendo, levantar o teu traseiro do assento e dar aos dedos.

Não falha!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Papa Paco e o Papa-Móvel

Este Papa Francisco é mesmo um homem à maneira. Recentemente, recebeu de presente um novo Papa-Móvel, viatura igual àquela que durante muitos anos conduziu na sua Argentina natal. Ora uma pessoa que fala tanto em prol dos pobres, só podia ter como viatura para dar umas voltinhas... o Jipe dos Pobres, pois claro!

Renault 4GTL de 1984. 800 centímetros cúbicos, 30 cavalos. Qual a cor? Branco, ora essa!

Que a caca esteja convosco e com o Papa!




P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁGICO!!!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Zarolhos de Água: O Espelho do Mini Preço

E esta, ein?

Há dias, vi o anúncio do Mini Preço na televisão, aquele do pague dois e leve um ou coisa do género, e reparei que a cliente que levava as mercadorias a dobrar era a cara chapada da senhora Sharon den Adel, vocalista dos Within Temptation. Sei que a imagem que eu aqui tenho dela às compras, toda satisfeitinha da vida, a única que consegui acarear, não é das melhores mas fiquei aqui com a pulga atrás da orelha. Pulga? Não, aquilo já é uma carraça do tamanho de uma fava! É que das duas uma: ou a notável cantora é fluente na dicção da língua portuguesa e ganha uns trocos extra na publicidade lusa ou então estamos perante um fabuloso caso de «Duas vidas separadas pelo tempo/ Dois destinos, uma história de comércio», como cantaria decerto o grande Toy.

Que a caca esteja convosco!



















P.S. (nada a ver com o partido): Quem acha que o Toy não é grande é porque nunca o viu nem nunca dele ouviu falar.

P.P.S. (este mesmo que fosse partido, seria desconhecido): NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Encantos da malandrice literária: «Aparição»

Quando andei na escola, tive de ler o famoso livro «Aparição» de Vergílio Ferreira. Tive? Pois, consegui ler até à quarta página e depois marimbei-me para aquilo. Por sorte, estávamos atrasadíssimos no programa e o livro foi dado de rajada, quase sem se dar por isso. Há dias, vi o documentário «Grandes Livros» no Canal 2 sobre esta obra e fiquei com uma noção mais acertada do conteúdo do famoso romance.

Em primeiro lugar, fiquei a saber porque é que uma história, filosecóido-existencialista se tornou conhecida. Em suma, porque nela Évora e os seus naturais eram insultados à brava e ficaram chateados com o autor.

Para quem nunca leu o livro, aqui vai um resumo segundo o que captei do documentário e bem (não) me lembro das aulas de há laaaaargos anos.

Há um tipo, professor, que chega a Évora para dar aulas e vinha de luto porque o pai tinha, enfim, quinado. O homem trazia consigo umas ideias esquisitas e a malta eborense achava-o maluquinho, senão vejamos. Conheceu uma ilustre família da cidade. O homem... o homem... Qual homem? Adiante. A mulher dele era um exemplo de vácuo mental, muito característica dos dias de hoje. Pinava-se que era um encanto e o marido nem daria pelo peso extra na cabeça. Outra era uma moçoila também à maneira e não podia ter filhos. O professor podia aliviar-se à vontade que a gajinha nunca emprenharia e ela até jogaria foguetes ao ar por merecer alguma atenção da parte dum homem. A terceira era das que se faziam difíceis, uma espécie de matadora tesuda que estava mortinha para que lhe saltassem para a espinha mas dizia sempre que não. A quarta era uma criancinha, nada de pedofilias por aqui, por amor de Deus! De Deus? Não, de Deus não que o palerma do docente não acreditava em Deus. Enfim, a mocita pouco ou nada falava mas tocava piano que era um encanto.

Com três mulheraças à mão de semear, o que é que ele fez? Nada. Até se antipatizou com a atiradiça da terceira. Deve jogar noutro campeonato... o outro campeonato. Em vez disso, conheceu um tipo novo, um tal Bexiguinha, que raio de alcunha, que andava muito pensativo na vida. Entretanto, desatam todos a morrer que nem peixes num rio contaminado. Um enforcou-se porque já não prestava para trabalhar e deu o mote. A pobre gaiata deixou de tocar piano: sem que se dissesse «água vai», foi atropelada e foi-se à vida. Depois uma das manas dela morre também por sabe-se lá o quê. O Bexiguinha torna-se psicopata depois de matar galinhas e mata a coitada da irmã estéril das outras duas porque acreditava que se tornaria em algo superior se a matasse. E tornou-se: num parvalhão de calibre superior. Depois disto, ao qual o professor era relativamente alheio, até porque as coisas acontecem e ele não tem intervenção directa em nada, pirou-se de Évora para ir dar aulas em Faro. Porquê? Já não haviam gajinhas vivas em Évora ou achou melhor pôr-se a milhas dali antes que o seu amigo Bexigoso resolvesse despachá-lo para o Além para se tornar anjo ou o Deus que, segundo ele achava, não existia?

No meio disto, há um episódio inverossímil, o da aparição pròpriamente dita. Numa analepse, o professor lembra-se de quando era pequeno e julgou ter visto um ladrão em casa. Quando constatou que era só o seu reflexo, ficou a olhar para o espelho e a pensar no ser que o habitava e o era e o se lhe reflectia na superfície vítrea espelhada e blá blá blá Wyskas Saquetas. Mas que raio de balela é esta? Um miúdo jamais faria tal coisa. Nem um graúdo, quanto mais. Eis como seria a cena na realidade.

«Olhei então para o espelho e, no meio da escassa luz do candeeiro a petróleo que a minha mãe trazia, vislumbrei a minha própria figura, o meu naqueles dias jovem ser, inocente a todos os níveis e claramente ingénuo. Respirei de alívio. Virei-me para os meus sorridentes pais e disse-lhes suspirando de novo:
- Ah, bom, o ladrão era eu! Quer dizer, o meu reflexo no espelho. Está bem, vamos dormir.»

Óbvio, não?

Antes achava que a «Aparição» era um mau romance, uma seca. Estava enganado. Agora tenho a certeza que pode ter sido escrito com grande erudição e aprumo linguístico mas a história é mesmo um avultado monte de caca.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Eu avisei...

Há tempos atrás, disse que, se a Maria João Bastos, neste caso na pele de Liliane Marise, tivesse lançado um disco em meados dos anos 90, teria tido um sucesso estrondoso. Pois bem, estamos na segunda década do século XXI... e não é que as «Pancadinhas de Amor» e o «Eu Quero Uma Mala Chique», entre outros, chegaram ao primeiro lugar da tabela de vendas?

Disse ou não disse? Que é que se há-de fazer? Aquilo é porreiro!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

B.B.C. Vida Selvagem - Os Vídeos

Há dias atrás, estava a trabalhar e fui levar o lixo ao contentor. Tal não foi a minha surpresa ao ver que parecia que tinham deitado fora um clube de vídeo inteiro. Isto porque o contentor estava cheio de cassetes. Ora eu, que aproveito tudo e mais alguma coisa, tê-las-ia aproveitado todas se as tivesse podido levar. Só que, como não pude, agarrei numa que estava por cima e levei-a. Depois, quando olhei para ela, vi que tinha escrito à mão «B.B.C. Vida Selvagem» e disse para mim próprio «oh, raio...». É que é conhecida a fama destas cassetes: quando uma cassete de vídeo tem escrito «B.B.C. Vida Selvagem», o mais provável é que tenha lá tudo menos isso, nomeadamente muita acção mas daquelas que se passam entre humanos muito entusiasmados, se é que me faço entender... Porém, fui a ver o seu conteúdo e, no final, cheguei à conclusão que, de facto, continha mesmo programas de «B.B.C. Vida Selvagem». Fiquei espantado. É que esta foi a primeira vez que vi uma cassete de vídeo que dizia «B.B.C. Vida Selvagem» e tinha mesmo lá «B.B.C. Vida Selvagem»!

Já não há nada como antes...

Que a caca esteja convosco!




P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Verão Frio? Ora essa...

Há umas semanas, apareceram para aí uns meteorologistas franciús a dizer que este seria o Verão mais frio e chuvoso, ou como eles dizem, o pior, dos últimos 200 anos.

Huuuummm... Talvez se eles desligassem o ar condicionado e saíssem à rua se apercebessem que faz um calor do camandro. Deixar as revistas do Tio Patinhas também seria uma grande ajuda.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Faltam vozes assim...

Caros colegas de pombal.

Gosto muito de música mas, quando oiço os temas contemporâneos depressa chego à conclusão que, por muito bons que sejam, estão muito aquém das canções da época áurea da música portuguesa, que se situou nos meados do século XX e foi até aos anos 70. Nada há que se compare com os temas actuais: instrumentação muito mais cuidada, letra mais complexa e composições muito mais trabalhadas. Havia inclusivamente um certo cuidado em evitar as repetições, o que hoje é frequente. No entanto, o que ainda assim me parece fazer mais falta é a voz. Há intérpretes fabulosos hoje em dia mas há um género que falta e antes era muito procurado e apreciado, que era o das vozes angelicais.

«Sim, existem hoje vozes assim», dirão alguns e darão exemplos de, entre outras, a Teresa Salgueiros, ex-vocalista dos Madredeus. É verdade, tem uma voz fina e delicada mas que se foi tornando difusa e pouco nítida com o avançar dos anos e da fama. Falta-lhe clareza e poder vocal. Poder é provável que tenha, resta demonstrá-lo. A clareza é uma consequência dos tempos, creio eu. Antigamente havia um grande aprumo pela maneira de falar, pretendia-se falar com calma e de modo claro para que toda a gente pudesse compreender na perfeição as palavras. Hoje é tudo um atropelo pegado.

Eis, quanto a mim, um exemplo a seguir: Maria de Fátima Bravo, aqui com o seu «Vocês Sabem Lá», tema arrasador no primeiro Festival da Canção Portuguesa, emitido pela Emissora Nacional a 21 de Janeiro de 1958. Note-se a doçura e elegância da voz, suave e fina mas nem por isso fraca, antes poderosa e bem definida, aliada a um tema bem trabalhado e, por consequência, esplendidamente interpretado.



Tal como ela, Maria Clara, Maria de Lurdes Resende e, mesmo entre os representantes do sexo masculino, Fernando Farinha, por exemplo.

Sem sombra de dúvidas, faltam vozes assim...

Que a caca esteja convosco!





P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Encantos da malandrice literária: «As Minas do Rei Salomão», livro versus filme

Já que estamos numa onda cultural, prossigamos dentro do género.

Ainda alguém se lembra de quando os filmes, por muito maus que fossem, eram espectaculares? Pois eu ainda há alguns dias tive oportunidade de rever «As Minas do Rei Salomão», a versão de 1985, com Richard Chamberlain, Sharon Stone, Herbert Lom e John Rhys-Davies, entre outros, e devo confessar que já quase não me lembrava do quanto fabuloso o filme é, em todos os sentidos. Acção em catadupa numa cavalgada frenética do princípio ao fim com montes de gargalhadas, mauzões parvos, heróis com pinta de comediantes garbosos e cheios de coragem que dá para dar e vender e, claro, a moçoila jeitosa com gritos que fazem lembrar a Willow do «Indiana Jones e o Templo Perdido», filme do ano anterior. Ficamos logo com a impressão que aquilo vai dar caldinho e, de facto, dá mesmo, quando o casal maravilha é posto a cozinhar por uma tribo de canibais totós. Quando inevitàvelmente comparado com os filmes do Indiana Jones, notamos que é de qualidade inferior, como é óbvio, mas nem por isso o filme é mau, até é muito bom mesmo e o tema central fica-nos agarradíssimo ao ouvido.

Acontece que, por essa altura, chegou-me às mãos um exemplar do livro que inspirou o filme, obra de 1885 da autoria de Henry Rider Haggard e famosa em Portugal pela tradução livre de Eça de Queiroz. Comparando o livro com o filme, depressa verificamos que um pouco tem a ver com o outro. A inspiração para o filme no livro vai pouco além do título.

Este livro deve ter sido obra de referência nas escolas inglesas, mesmo na colónias, durante largas décadas, imagino eu, mas hoje em dia era difícil ser mais polìticamente incorrecto.
1 - A malta fuma que se farta.
2 - A malta come carne crua. Ao menos aqui não há canibais, o que é uma pena porque não há direito a gritinhos da Sharon Stone.
3 - Ao longo da narrativa, vão sendo dadas dicas de como os brancos se devem comportar perante os negros para que estes não comecem a abusar da confiança e se mantenham respeitadores e submissos para com os branquelas. Os negros não são tratados abaixo de cão, há até um quase-romance entre uma negra, a Fulata, e um dos brancos, o Capitão John Good, mas há sempre uma espécie de aura de superioridade para com os brancos e de inferioridade par com os negros. Aparece mesmo uma passagem no Capítulo X em que o Capitão diz:
- Por hoje, repelimos a pretalhada do rei.
Isto é que teria sido uma machadada na diplomacia anti-racista se o livro fosse actual. Há que ter em conta o contexto em que o livro foi escrito, esquecendo os preconceitos de ambas as partes referentes ao assunto.
 4 - Allan Quatermain, aqui nomeado por Eça de queiroz com uma tradução de graciosidade questionável, pois é dos poucos nomes traduzidos e logo o mais bizarro, como Alão Quartelmar, não é nenhum grande herói. Ele próprio, em várias ocasiões, diz que é um cobarde, um medroso, que não gosta de aventuras, ama o sossego e, portanto, não anda com uma caçadeira de canos serrados no coldre! As circunstâncias é que o forçaram a tornar-se em herói.
5 - Melhor ainda, Alão Quartelmar sustenta um filho a estudar Medicina em Inglaterra. Como? Ele é caçador de elefantes! Mata-os para lhes sacar os dentes para ganhar uns trocos com o marfim e ainda lhes arranca os corações porque diz que são um petisco digno da mais castiça tasca de Serpa. Quer dizer, não fala na tasca de Serpa mas diz que é uma óptima iguaria. Lá vai mais uma machadada à conservação da Natureza e bio-diversidade.

A maior diferença de todas, no entanto, aparece logo no Capítulo I, quando lemos:

«E enfim, como última razão, escrevo esta crónica, por ser, sem dúvida, a mais extraordinária que conheço - na Realidade ou na Fábula. Digo «extraordinária» mesmo para os leitores profissionais de Romances - apesar de nela não haverem mulheres, além da pobre Fulata. Há Gagula, sim. Mas esse monstro tinha cem anos, pouca forma humana, e não sensibiliza. Em todas estas duzentas páginas, realmente, não passa uma saia.»

Olhamos para o livro e ficamos a pensar de imediato duas coisas:
1ª - Duzentas páginas? Deves ter escrito em folhas A3, não?
2ª - Quê? Não há mulherio? Então e a Sharon Stone? Não pode ser! Uma história de mangueiras?
Mais tarde vemos que estamos a ser parcialmente intrujados. Mais à frente, fazem-se inúmeros trocadilhos entre os Seios de Sabá, as duas montanhas, e a anatomia feminina e pensamos que não há censura possível numa história sem mulheres. As comparações e piadolas são uma espécie de escape derivada à falta de verdadeiras mamas e já se sabe como é que os homens são. Homem que é homem gosta de mamaçal e, já que não há nenhum à mão, porque não inventar dois ENORMES SEIOS sob a forma de montanhas gémeas cobertas de neve nos seus cumes arredondados? Pois tal não é a nossa surpresa quando chegamos ao Capítulo VIII e lemos:

«todo o espaço estava ocupado por longas filas de raparigas cacuanas, escuras também, é verdade, mas lindas, pelas formas, a expressão, a viçosa mocidade.»

Então mas ele não tinha dito que não haviam mulheres? Publicidade enganosa, o sacana estava a aldrabar-nos! Mas e alguém se queixa? Eu não, mas reparemos. Se fosse hoje em dia, seria ao contrário; mesmo que só aparecesse uma única tipa foleira na história inteira, o mais certo é que ele dissesse no Capítulo I algo do género de:

«(...) a mais extraordinéria que conheço - na Realidade ou na Fábula. Digo «extraordinária» mesmo para os leitores profissionais de prosa e fotonovelas alternativas - em virtude da voluptuosidade das vivências em deveras exóticas paragens repletas de garbosa argumentação entre as gentes que as habitam, nomeadamente no que concerne ao género feminino. Em todas estas duzentas páginas, muuuuuita acção se passa.»

Mas aqueles eram outros tempos, épocas de maior gravidade, contenção e prudência nos tratos. Talvez o autor quisesse fazeruma agradável surpresa aos leitores. Afinal, sempre passam muitas saias! Nem por isso, meus amigos pombos, pois, como se lê logo a seguir:

«Toilette, não tinham nenhuma - nem mesmo o pano, a tanga da África civilizada; mas salvavam esta encantadora deficiência pelo fraco luxo das flores.»

Encantador, de facto, com uma coroa de flores na cabeça e uma grinalda de flores à cintura que se iam desfazendo à medida que dançavam, como é que não haveria de ser encantador? Em rigor, há aqui milhares de mulheres nuinhas!

O sacana do Henry Rider Haggard tinha razão: em todas estas páginas, não passa, de facto, mesmo uma saia que seja!

Que a caca esteja convosco!





P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cinema Purgatório: «Choque das Estrelas»

Estamos em 1978. A indústria cinematográfica suspirava de êxtase com o estrondoso êxito da «Guerra das Estrelas», épico da sétima arte e, quer se queira quer não, um marco histórico nos espectáculos audiovisuais. Eis que, logo no ano seguinte ao delírio de ficção científica de Darth Vader e Companhia, uns italianos acharam que seria boa ideia fazer algo do género. Assim se fez «Scontri Stellari Oltre La Terza Dimensione», o que, traduzido, é algo do tipo de «Choques Estelares Além da Terceira Dimensão». Tal película é mais conhecida por «Choque das Estrelas» ou apenas «Starcrash» ou, no caso dos Estados Unidos da América, «As Aventuras de Stella Star». Da autoria de Luigi Cozzi, que tinha o nome artístico de Lewis Coates, contava com um elenco encabeçado por Marjoe Gortner, Caroline Munro, Robert Tessier, Christopher Plummer e... David Hasselhoff! Sim, ele mesmo, uns quantos anos antes das «Marés Vivas» e, claro, d'«O Justiceiro». A música, espantemo-nos, foi composta por John Barry, autor das bandas sonoras de filmes como «Goldfinger» e «Danças Com Lobos».

Claro está que estamos a entrar no domínio do cinema italiano de inspiração americana Porém, ao contrário do que aconteceu com o «western spaggetti» de Sérgio Leone, por exemplo, este «sci-fi macarronni» tinha quase tudo para ter corrido relativamente bem mas correu muito mal. À semelhança do que aconteceu com o filme de estreia do nosso amigo David supracitado enquanto actor, «A Vingança das Cheerleaders» (grande cena, aquela da reanimação snifando cuecas de garinas, ein, tal não haveria de ser o pivete), este filme foi também um verdadeiro desastre. Porquê? Ora vejamos, tendo em conta o evidente baixíssimo orçamento.

Há uma nave que vai pelo espaço fora e, de repente, aparece um qualquer mal desconhecido e lá vai tudo parar aos anjinhos. Tudo? Não. É que dali a bocado há dois caramelos em fuga de uma espécie de patrulha da Brigada de Trânsito intergaláctica e, no decorrer da perseguição, escapam-se e dão com a nave atacada e um sobrevivente. Logo de seguida, foram apanhados pela malta do equivalente imperial estelar à G.N.R.. O tipo vai para o xadrez e a tipa... vai para o xadrez também. Ninguém percebe porquê, toda a gente a cumprir trabalhos forçados na colónia penal tem trapagem até dizer chega mas ela, a tal Stella Star, andava por ali de biquini. E queixava-se ela: «esta radiação vai-me queimar a pele». Vá lá, uma conscienciosa para com a sua saúde no meio de milhentos mirones presos há décadas e sem saberem o que é uma moçoila tesuda desde os seus tempos de liberdade. Também, a ver como ela dá porrada, é natural que não se preocupe com uns olhares babosos sobre si.

Quando a miúda tinha finalmente conseguido fugir do xilindró, escassos momentos depois de ter sido posta a cumprir pena, diga-se de passagem, eis que uma nave apareceu e deu logo com ela, ainda que estivesse no meio dum planeta cheio de matagal e campos subterrâneos de trabalhos forçados. Vinha da parte do Imperador. Não, não é o Palpatine, é o... o... é aquele que não sei o nome mas que deve ser um cliente do caraças do gel ou da brilhantina. As autoridades deram um perdão aos dois fugitivos, ela e o colega de fuga intergaláctica, em troca de ver se encontravam o filho único e herdeiro imperial (olha, nisto ganhou também ao Palpatine), desaparecido aquando do ataque à tal nave. Depois é vê-los a ir espaço fora, de planeta em planeta, à procura do infantezinho desaparecido, pobre coitado.

Nestas viagens, há a destacar a paragem num qualquer planeta das Estrelas Assombradas, habitado só por gajedo marado. «Devia ser por falta de homens», diriam muitos, desde o camionista ou do trolha nossos vizinhos até ao respeitável Sigmund Freud, entre outros. Claro está que a Menina Stella Star (que caraças, parece nome de actriz de cinema alternativo de acção, ou aXXXão, melhor dizendo) e o seu homólogo do C3-PO foram logo capturados pelo mulherio furioso e levados à presença da rainha, uma morenaça armada em màzona e rodeada por uma escolta de guardas boas como o milho. A guarda à mão esquerda da Stella é bem tesuda, marchava e não era na formatura, não... Ora aquilo dá molho, fogem e são perseguidos por uma andróide gigante de adaga gigante em punho e com todos os detalhes anatómicos. Até os bicos das enormes mamas metálicas que parecem saídas de alguma peça de arte hindu antiga!

Entretanto, foram traídos pelo colega de navegação, que afinal conspirava contra o Imperador e estava ao serviço dum tal Conde Zarton ou algo parecido. Depois de quinarem o gajo e descongelarem a rapariga numa cena que pode bem ser o antepassado remoto do rejuvenescer do Rei Théoden n'«As Duas Torres», continuam a viajar até chegarem a um planeta onde encontram o filho do Imperador. Mas qual gaiato, qual quê, é um fulano com um capacete que faz lembrar a cabeça dum tigre assanhado ou então a cabeça gigante dum filme maradíssimo de quatro anos antes, o «Zardoz», aquela mona que dizia que armas eram boas e o pénis é maléfico. Quando ele tira o capacete, minutos depois, vemos que o indivíduo que acabou de salvar a gajinha é o David Hasselhof e ficamos logo com a ideia de que aquilo vai dar marmelanço. Não nos enganamos em nada... E como é que a salva dos trogloditas que a iam matar? Quando pensamos que o Asswholeoff ia chamar o K.I.T.T., eis que desata a despachar malta largando raios laser da viseira do capacete e depois, mais espantoso ainda, aos 57 minutos, saca...dum sabre de luz! Um sabre de luz?! «A Guerra das Estrelas» estreara no ano anterior, por amor de Deus! Depois deste atentado aos direitos de autor, as bizarrias não se ficariam por aqui.

Podemos ter cenas de batalhas espaciais em que há uma agitação enorme mas a malta aos comandos das naves está mais sossegada que uma estátua egípcia e lutas «sui generis» com robôs mas a cereja no topo do bolo vem no final, com o ataque dos maus da fita às forças imperiais. Qual vazio do espaço, qual vácuo, qual carapuça! A abordagem dos soldados atacantes é feita com uma espécie de projécteis gigantes com forma de preservativos que entra pelas janelas da nave adentro simplesmente partindo os vidros. Depois, abre-se uma portinhola, saem de lá os soldados todos encorcovilados aos magotes e cá vai tiro! Então mas no espaço não se consegue respirar, não há oxigénio! Pois é, os autores do filme esqueceram-se disso e da sucção por causa do vácuo e de mais de metade das leis da Física mas que se dane, isto é o cinema, não é para ser sempre verosímil, certo? Eh... convinha, nem que fosse para não parecer tão mal. Enfim, durante e depois do morticínio desmesurado que se vê e da destruição duma arma/nave/estação espacial/o que quer que seja, a pose do Imperador é sempre a mesma, a do fulano lambidão com ar de filósofo ou poeta, com o olhar vago e armado em pseudo-herói que não mexe uma palha porque há ranchadas de tipos que dão o corpo ao manifesto por ele. Para rematar tudo como deve ser, lá fica ele a gurnir para as paredes e debitar sentenças enquanto o filho se ajeita com sucesso com vista a prolongar a dinastia.

Que é que se há-de fazer? A ideia até não é má de todo mas a execução é, no mínimo, desastrosa. Daí o fracasso de bilheteira. No entanto, não foi só uma cópia descarada e reles da «Guerra das Estrelas» que presenciamos. É de crer que o George Lucas também se inspirou neste filme para fazer qualquer coisinha na mais recente trilogia da «Guerra das Estrelas» (episódios I, II e III). É só uma teoria minha mas vamos lá ver. Aquele Conde Zarton (?) não faz mesmo lembrar um outro líder mauzinho duma aliança qualquer na série de Anakin, Jar-Jar e Companhia, um tal... sei lá... Conde Dooku? Pois, tanto um como o outro eram apenas servos dum senhor do Mal superior a eles e até a farpela é idêntica. Mereceria uns Zarolhos de Água se não fosse o penteado pimpão e a bigodaça deste tal Conde Raton ou Lancon ou coisa parecida. E que tal os dois robôs que lutam contra o parceiro da gajinha? Serão avós ou pais das «droidekas» d'«A Ameaça Fantasma»?

É um filme que merece ser visto, nem que seja para nos rirmos com as absurdidades que vão aparecendo. A ideia é boa, meus amigos. Fazem-se tantas versões foleiras de filmes antigos. Porque não fazer uma versão nova e decente do «Choque das Estrelas»? Fica aqui a sugestão.

Que a caca esteja convosco!





P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Zarolhos de Água: O Espelho do Tim Tim

Sem sombra de dúvidas, o Bóinas tem toda a razão: ou há aqui uma identidade oculta dum imortal ou dois imortais gémeos que ocultam ambos as suas identidades. Isto porque, verdade seja dita, tal como afirmou no «Conta-me História», Jorge Jesus é a cara chapada de Luís de Vasconcelos e Sousa, o Conde de Castelo Melhor. Alguém duvida? Pois vejam-se as imagens.

Hoje, porém, a minha dúvida é outra. Será que a personagem de Hergé nas bandas desenhadas ganhou vida passados 50 anos ou será que alguma espécie de fenómeno sobrenatural conduziu à criação de dois gémeos, um de carne e osso e um de tinta, ou um clone real da figura ficcional? Pois, é que se formos a ver, o Pedro Mourinho, repórter da S.I.C., é tal e qual ao Tim Tim, jornalista. Se não fosse a cor do cabelo, diríamos que eram a mesma pessoa! Eu sei que as imagens não são das melhores mas foi o que se conseguiu arranjar. Mas dá que pensar, ambos trabalham na imprensa e têm pôpa. Serão mesmo a mesma pessoa ou gémeos sobrenaturais?
Resta apenas saber uma coisa: Milú da nossa realidade, será que há?

Que a caca esteja convosco!




P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Regresso do Homem Que Mordeu o Cão & Outras Histórias!

Pessoal, era inevitável: restreou, ou seja, estreou de novo, a infame rubrica de Nuno Markl das manhãs da Rádio Comercial, O Homem Que Mordeu o Cão & Outras Histórias. Este foi o programa carismático de rádio, primeiro neste mesmo posto e, depois da remodelação levada a cabo por Pedro Tojal, na Best Rock FM, que lançou o até então quase desconhecido homem do nome complicado para muita gente do anonimato para o estrelato. Seguiram-se vários livros («O Homem Que Mordeu o Cão», «O Homem Que Mordeu o Cão: A Irmandade do Canídeo», «O Homem Que Mordeu o Cão: A Revolução»...) e uma edição televisiva.

Passados vários anos, 6, acho eu, a rubrica chegou ao fim. No entanto, a verdade é que Nuno Markl ficou para sempre conotado com o programa e, passasse por que rádio ou televisão passasse, qualquer programa que fizesse era sempre um reflexo de parte daquilo que era «O Homem Que Mordeu o Cão». Quanto a mim, acho que a «Caderneta de Cromos», que alcançou quase tanto êxito quanto «O Homem Que Mordeu o Cão», acabou por ter quase catapultado o regresso daquele saudoso programa.

Enfim, de hoje em diante, Nuno Markl voltará a presentear-nos todos os dias úteis às 8:50 e às 9:50 com lembranças de tempos passados, inventos marados, histórias bizarras, desbloqueadores de conversa, sessões de leitura da «Gina» e teatro radiofónico, como aliás tem feito todos os dias, só que agora novamente sob o mítico nome de

«O Homem Que Mordeu o Cão & Outras Histórias».

Bem haja, Mestre Markl, que a caca esteja contigo e com todos os ouvintes!



 P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Roubar hóstias? Francamente...

Tomei conhecimento há dias de que andam a violar os sacrários de igrejas transmontanas para roubar hóstias. Supostamente, estas servirão para traficar e têm como finalidade serem usadas em actos de bruxaria e rituais satânicos. Ao que parece, tal artigo é muito valioso no mercado negro: segundo o noticiado, os valores de venda podem oscilar entre os 700 e os 5000 euros consoante a hóstia tenha sido consagrada por um simples padre ou por um bispo.

Ao saber disto, fiquei deveras perturbado. Quem não ficaria? Vamos colocar a questão nestes termos: quem é que se dá ao trabalho de assaltar uma igreja para levar hóstias? Pior ainda, que espécie de chico-esperto é que dá 1000 contos, sim, 1.000.000$00, por uma hóstia?

Se há por aí alguém da malta do enxofre, só tenho uma coisa a dizer. DEIXA-TE DE PARVOÍCES E VAI MAS É POLVILHAR AS TOMATEIRAS!

Ao que isto chegou, francamente...

Hóstias... Francamente...

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!


P.P.S.: Hóstias? Francamente...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O Fenómeno de Maria João Bastos

Muita gente já se habituou a ver a actriz Maria João Bastos a representar em diversas telenovelas. É actriz, representa. Até aqui, nada de invulgar. Mas tal não foi a minha surpresa quando a vi num anúncio da recém-estreada telenovela «Destinos Cruzados» a interpretar o papel de uma cantora pimba, Liliane Marise. Eu não vi a telenovela e nem tenho vagar para isso mas devo dizer que fiquei tremendamente surpreendido, senão vejamos.



E mais digo: se isto tivesse saído há uns 18 anos, em meados dos anos 90, de certeza que a Maria João Bastos gravaria um disco e teria sucesso garantido e estrondoso. Não vale a pena dizer que não, a música pimba era como a primeira edição do «Big Brother»: muitos diziam que não gostavam, que era foleira, mas toda a gente vibrava com ela.

Muitos parabéns! É genial!

Que a caca esteja convosco!





P.S.:NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Casa dos Chunguedos?! Mais NÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!!

Iupi! Passou o dia 21 de Dezembro e, tal como era previsto, o Mundo não acabou, a não ser para aqueles que iam morrendo. Veio o Natal, aquela época mágica do ano em que nós ficamos com um sorriso de orelha a orelha enquanto cantamos o «A Todos Um Bom Natal» ou o «Natal de Elvas», recordamos o nascimento de Jesus e celebramos a vida e a família. Pronto, está bem, alguns devem ter feito isto, espero eu. Depois veio a passagem de ano! Uau, acabou-se um  ano ranhoso e aí vem outro ainda pior! Temos um governo a querer rivalizar em piorio com o executivo de José Sócrates e está a consegui-lo, diga-se de passagem. E mais, quase tão mau quanto isto, a verdadeira gota de água que faz transbordar o copo ou, neste caso, a barragem inteira. Como se não bastassem as falências que os nossos governantes provocam (sabe-se lá se não de propósito; é que até um cego vê os malefícios das medidas tomadas), o desemprego, os novos impostos e aumento dos antigos, o desemprego e inflação galopantes e as greves e manifestações, só faltava mesmo a surpresa de mau gosto que a T.V.I. nos preparou para o Ano Novo. Sim, oh, sim: vem aí uma edição ultra-refinada da «Casa dos Chunguedos». Será que os dirigentes desta estação de televisão ainda não repararam que as pessoas estão fartas de tantos «Bigue Bredas» consecutivos? Daqui a pouco, os telespectadores entram em choque anafilático só de olharem para os ecrãs. Depois de uma sessão de três meses de rebaldaria televisiva em que, logo quase desde o início, se pôde constatar o calibre dos concorrentes e do formato cada vez mais agressivo e permissivo do concurso, com zaragatas, insultos, pinocada, promiscuidade e quase completa degradação moral, em grande parte incentivada pela ousada apresentadora, ainda vamos ter de gramar com mais uma dose potencialmente letal de chungaria seleccionada. Claro que lá está o livre arbítrio humano: só vê quem quer, como eu. 

Venham daí os Cavaleiros do Apocalipse ou melhor, os Castigadores da Parvoíce. Mais Casa dos Chunguedos é que não!

 Feliz ano de 2013 e que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!