domingo, 22 de maio de 2011

Troika Baldroika

Quando vejo os estrangeirismos que abundam hoje em dia, nem sei se me dá vontade de rir ou de chorar. Um dos mais recentes é o de chamarem ao trio de técnicos do Fundo Monetário Internacional a «Troika». «Troika»? Que é isso? Ah, dizem que é «três» em russo. Então já que falamos português, porque não continuar a chamar-lhes... técnicos do F.M.I.?




Já sabemos que isto dos estrangeirismos é uma moda foleira: as pessoas têm a mania de os usar, seja ou não de maneira acertada, de modo a mostrarem que são muito entendidas e cultas. Muitas vezes conseguem demonstrar que o são mesmo... tanto quanto um calhau. Ai, perdoai-me, calhaus amigos, que já vos insultei! Adiante, já que vamos nisto, eis umas boas sugestões de estrangeirismos que podem ser adoptados na linguagem corrente e sua devida correspondência em português:


tamagochi......computador


promenade....cumprimento de promessas eleitorais


Kalashnikov..Repartição de Finanças


kaput.............carro avariado


babuska.........incontinência de saliva perante moçoilas jeitosas


small..............Sumol de laranja


big..................mamas da Kelley Hazel


Kilimanjaro...o que um fulano diz quando tem fome


Osterreich....ostra rachada


kalinka..........máquina a trabalhar


zeitung..........porrada na cabeça


kidnapp........guardanapo de reduzidas dimensões


deputy..........indivíduo frequentador de mulherio de vida pouco decente




Enfim, há tanto por onde escolher. A nossa estupidez tem os mesmos limites da imaginação.




Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 8 de maio de 2011

Mercenariato Presidencial?



Nos últimos dois ou três anos, tem sido cada vez mais frequente o número de vozes que clamam contra o estado a que as coisas chegaram, que fazia falta um novo Salazar (ou uma equipa deles) e que os políticos são uma cambada de corruptos. Alguma mentira? Bem, fico com a pulga atrás da orelha ao ouvir mais gente que foi do tempo do Estado Novo a dizer coisas destas do que os que nasceram depois.










Há dias, conversava com uma amiga minha, que se vai embora para a Inglaterra. Ela estava muito desiludida com as coisas em Portugal. «Não há segurança nem respeito por ninguém» (confere), «é um salve-se quem puder, não há lei» (confere), «esta cambada que nos governa está a destruir o país» (se confere!). A certa altura, falando do casamento real de há dias, disse ela:










- Ao menos, os reis de lá, da Inglaterra, não são uns mercenários, como os presidentes daqui.










Ora eis uma afirmação curiosa que me ficou no ouvido. Deixando a questão monárquico-republicana de lado, não é preciso pensar muito para chegar à simples conclusão de que o desabafo teve um fundo de verdade. Os reis são, por natureza, apartidários e imparciais, isto é, não se conotam nem devem conotar com nenhuma facção se quiserem ser o soberano de todos os seus compatriotas. Com um presidente, isso é impossível. Em primeiro lugar, a eleição pressupõe que ele foi a escolha de alguns e não de todos. Haverá quem diga que um rei não é uma opção, é uma imposição. Amigos, quem saiba da História e dos costumes, sabe que não é assim. De facto, alguns candidatos e legítimos herdeiros a reis foram rejeitados e outros em funções foram depostos. Em segundo, o peso dos partidos é tão grande (em rigor, no nosso país e em muitos outros, não se pode sequer falar em Democracia mas em Partidocracia) que é impossível alguém não filiado ou apoiado por partidos ser eleito presidente da República. Partidos estes sempre ligados a grupos de interesses, claro. Consequentemente, e tendo em conta a conduta dos presidentes, com desagradável frequência de sentido partidarizado ou partidário, aqui se coloca a questão: não serão mesmo os presidentes mercenários dos partidos a soldo da República ou mercenários da República a soldo dos partidos? Em boa verdade, confesso que acho que não, que deve ser mais do género de mercenários republico-partidários a soldo... dos contribuintes. É que o financiamento tem de vir de algum lado e não será dos grupos que apoiam os partidos, como é óbvio, se esses se ligam aos partidos com vista a ganhar qualquer coisinha. Tira-se dos contribuintes, e muitas vezes inexplicàvelmente, muito. Note-se, por exemplo, que a nossa Presidência teve gastos superiores a qualquer outra presidência ou coroa europeia, segundo reza a comunicação social. Se não me engano, 5 vezes mais que a Coroa Espanhola. E o que é que o Escavacado faz que o Joanito não faça? Bem, acho que, em funções de Estado, ambos fazem o mesmo: nada.










Ainda assim, esta imagem peculiar não me sai da cabeça. Se a nossa terra pudesse falar, não achava piada nenhuma. No entanto, deve ser engraçado ver o Cavaco de fita na cabeça e metrelhadora na mão, com umas cintas de balas a rodear o tronco, em selvática caça ao voto, qual Steven Seagal ou Chuck Norris da vida real. É de rir de tanto chorar!










Que a caca esteja convosco!















P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!