quarta-feira, 23 de março de 2011

Iniciativa Legislativa do Cidadão: REVOGAÇÃO DO ACORDO ORTOGRÁFICO


Pois é, esta pode ser uma das últimas hipóteses de salvar a língua portuguesa desta agressão.

Existe um mecanismo que pode ser usado pelos cidadãos. Raramente é empregue pois é quase desconhecido mas já tem sortido efeitos em várias ocasiões. Trata-se da iniciativa legislativa do cidadão. Está uma em curso com vista a revogar e banir definitivamente o Acordo Ortográfico da face da Terra. Há conhecimento, tal como eu tinha previsto e falado aqui atrás, há uns tempos, de que há projectos de novos planos de regulamentação da grafia com vista a tornarmo-nos cada vez mais parecidos aos Brasileiros, no que diz respeito à maneira de escrever e, por consequência, falar. Para travar esta degeneração e corrompimento anunciado, é só adquirir o impresso, que se encontra de graça em

http://ilcao.cedilha.net/?page_id=273

preencher com os dados pedidos e enviar para a morada indicada. Temos de ser é rápidos pois o prazo expira no final de Abril são necessárias 35 000 assinaturas.

Mais não somos demais para salvar e salvaguardar a nossa língua-mãe. Já que a Academia das Ciências abdicou dessa função vamos nós todos mostrar que somos os derradeiros guardiões da língua e, em última análise, de Portugal.

PELA NOSSA ILUSTRE LÍNGUA PORTUGUESA!
POR PORTUGAL!
NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Que a caca esteja convosco!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Como criar uma televisão pirata


Por falar no Festival da Canção, houve uma intérprete que, na entrevista que era mostrada antes da apresentação da canção dela, dizia que o desejo secreto dela era criar um canal de televisão. Ó Senhora! Não seja por falta de conhecimento! Para os que dizem que eu sou contra as tecnologias, aqui vai uma lição.


Note-se que eu nunca fiz isto, apenas o achei escrito num livrete de uma exposição em Bruxelas, em 2008, e passo a dizer o que lá vem.


É necessário, em primeiro lugar, algum material.

1 - Modulador de alta frequência. É um dispositivo que serve para converter um sinal de vídeo em sinais que possam ser emitidos pela antena. Pode ser comprado numa loja da especialidade ou retirado de qualquer leitor ou gravador de cassetes de vídeo que tenha ligação à antena, vulgarmente designada por «antenna-out». É este dispositivo que define a frequência e o canal em que será emitido o sinal. Existem vários modelos com espectros de frequência de diferentes amplitudes mas a maior parte emite dos 175 aos 862MHz, correspondentes aos canais 5 a 69. Os moduladores dos leitores de vídeo costumam emitir para os canais 3 e 4. Alguns fabricantes actuais são a Axing e a HAMA.

2 - Emissor ou amplificador de sinal. Como o sinal que sai do modulador é relativamente fraco, tem de ser amplificado. A maior parte, de 20, 25 ou 30dB, emite entre os 82 e os 862MHz. Existem à venda em lojas da especialidade. Pode haver um ou vários ligados em cadeia. Fabricante mais comum: Axing.

3 - Antena dipolar ou «yagi». Quanto mais baixa for a frequência em que se transmite o sinal, maior e mais precisa a antena tem de ser. É dificil encontrar a antena certa. Como tal, sugere-se aconselhamento junto dos rádio-amadores. Existe uma boa antena fabricada pela companhia alemã HAM, a Flexayagi 7015. Pode ser usada para transmitir entre os 430 e os 440MHz (canal 21) e tem a vantagem de ser portátil.

4 - Cabos coaxiais com tomadas variadas, nomeadamente:

a - com machos F para ligar o modulador ao amplificador ou, se forem vários, os amplificadores entre si;

b - com tomada N, para ligação à antena;

c - se tal for desejado, com tomada de antena para ligar a televisão directamente ao modulador, o que normalmente se faz para testar.


Agora que temos o material, vamos fazer as montagens passo a passo.

1º - Ligar o modulador desde a sua saída TV/VCR-OUT à correspondente IN do amplificador com um cabo com machos F em ambas as pontas.

2º - Caso haja um segundo amplificador, ligar a saída OUT do primeiro à IN do segundo com um pequeno cabo coaxial de machos F em ambas as pontas.

3º - Ligar a saída OUT do último ou único amplificador à antena. Normalmente, as antenas têm uma Tomada N Um cabo coaxial com machos F em ambas as pontas serve perfeitamente. Converte-se com facilidade um macho F em tomada BNC e uma BNC em N.

4º - Ligar o aparelho necessário (computador, leitor de vídeo ou DVD ou outro qualquer) ao modulador.


Muito bem, minha senhora, aqui está montado o «estaminé» para que Vossa Senhoria possa começar as emissões regulares dum canal local. O alcance do sinal pode ir desde as casas mais próximas até a largas centenas ou até alguns milhares de metros! Dada a qualidade miserável a que chegou a programação em geral (lá escapa um ou outro programa) dos nossos quatro manipuladores/manipulados ou sensacionalistas canais, onde se fala e escreve mal e depressa e escasseia o bom exemplo, é sempre bem-vinda uma alternativa para os felizardos que a consigam captar. No entanto, há um pequeno problema, que é o que me levou a não montar o meu canal pirata. É que diz no número 1 do Artigo 66º da Lei da Televisão (32/2003 de 22 de Agosto) que a difusão não autorizada é punível com 320 dias de multa ou até 3 anos de prisão.


Enfim, há que esperar por uma lei menos castradora ou então, vendo o estado decadente das coisas, pela mais provável extinção definitiva do sistema judicial.


Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

O Festival é bom para a luta!

Mais uma vez, o Festival da Canção surpreendeu. Depois de termos falado do tema «pimba» de há anos, o «Dança Comigo», do Emanuel e interpretado pela Sabrina, vencedora com todo o mérito, ainda que com um poder vocal limitado, eis que surgem os Homens da Luta com «Luta é Alegria». Confesso, não vi o Festival, o que me deixou a pensar, no dia seguinte, quando soube do acontecido, que das duas uma: ou o Festival foi mesmo mau ou o povo confundiu as coisas e aproveitou a ocasião para mostrar outro cartão vermelho aos jogadores do costume, que teimam em não sair do campo. Entretanto, vi a repetição do Festival e cheguei à conclusão que foi um pouco das duas coisas.
Em relação ao ano passado, o Festival foi bem mais fraco. Contou com alguns temas dotados de boa sonoridade mas que falharam num ou outro aspecto. Não querendo nomear, um era bem interpretado e era chamativo ao ouvido mas era muito repetitivo; noutro havia uma voz notável para uma melodia do tipo de disco riscado e outra tinha tudo de bom menos a voz do intérprete, que não tinha grande projecção. De resto, há a assinalar um problema na transmissão comum aos últimos anos, que é um eco brutal que parece ensurdecer-nos com os instrumentos e não deixa ouvir as vozes com a nitidez desejada.
Em suma, deu-me graça o Senhor Feist ter dedicado a música dele aos que acreditam no Festival. Quê? Ainda há alguém que acredita no Festival?
Quanto à vencedora, não me pareceu uma má canção. É animada, um tanto ou quanto repetitiva (há piores) só que peca pela interpretação, que não tem vozes que se apresentem. Vejamos se afinam melhor na Eurovisão. E dadas as circunstâncias, como não podiam eles ganhar? Basta ver a ruina a que o país chegou, agora com os camionistas e os maquinistas parados e os protestos do passado fim-de-semana. Nós estamos mortinhos para ver o Sócrates e os seus comparsas darem o pinote! Vendo o que se avizinha, até já desejo que o previsível sucessor (P.S.D.) caia logo também. Então não é? Aumentar impostos, facilitar despedimentos, privatizar, encerrar, extinguir... Força! Isso é bom para a luta!
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

terça-feira, 1 de março de 2011

Estudo sobre as letras «mudas» (será que o são?)

Esta coisa do «Acordo» Ortográfico deu-me a volta à cabeça desde o início e não sei se descansarei enquanto não erradicarem essa treta da face da Terra. Mas vamos ser neutros e olhar tudo de uma perspectiva científica.
Tal como já referi, NADA TENHO CONTRA O BRASIL.
Desde que o «Acordo» se reergueu das cinzas e foi aprovado pelos nossos políticos da treta, tenho andado a fazer um simples estudo que incide sobre a maior teimosia dos acordistas (ainda que não a mais grave na escrita, se bem que a pior na oralidade) e que passo a explicar.
Serão as letras erradamente designadas por mudas mesmo mudas? Já vimos que não o são na medida em que podem não ser ditas mas servem de indicadoras da abertura de vogais quando a acentuação não pode ser usada e desambiguadoras, agrupando e apartando palavras idênticas nas respectivas famílias. Mas, excluindo estes factores, não serão, de facto, ditas? Comecei a pensar nessa hipótese quando constatei que muitas das consoantes que os «ilustres» académicos consideravam mudas e que, portanto, deviam ser excluídas da grafia, eram proferidas por mim. E não o seriam pelos outros também? Comecei a prestar atenção à dicção de cada pessoa que ouvia falar, das mais variadas partes do país.
Conclusões
A maneira de falar difere muito de pessoa para pessoa, mais do que de região para região, ou seja, podem haver diferenças de pronúncia de zona para zona mas, dentro de cada área e, logo, pronúncia, há maior variação entre cada indivíduo, sendo que a maioria dos familiares se assemelham entre si. No que concerne às consoantes em causa, não são proferidas em absoluto com o valor alfabético correspondente (isto é, o c como em cão, etc.) o c da sequência se antecedido por a e na quase totalidade das palavras em que é antecedido por e (note-se, por exemplo, secção) e o p de baptismo e suas derivadas. No respeitante a todas ou quase todas as restantes, denotei gente que as pronunciava (até mesmo um miúdo que dizia «tractor» com o seu respectivo c), o que indica que são passíveis de serem pronunciadas. Sendo assim, aplicar o «Acordo» implica banir a possibilidade de poderem ser pronunciadas, alterando no sentido dum abrasileiramento e empobrecendo a língua.
Meus amigos, por algum motivo estas letras não foram excluídas na regulamentação de 1945, ao contrário de outras «igualmente» mudas. Acrescento ainda e por fim que talvez fosse boa ideia falarmos mais devagar para sermos mais explicados, melhor entendidos e não comermos letras, pois é evidente que a pressa é o principal motivo da supressão de letras na oralidade e já se sabe que a pressa é inimiga da perfeição.
Não tenho dados concretos registados para vos mostrar mas desafio-vos a sair à rua e repetir o meu exercício. Num ápice se verá que, se nem as pedras são mudas, como o podem ser as letras?
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!