quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O Regresso da P(h)oda Camarária

Caros pombos amigos

Começamos a década com um tema clássico, de há uns 13 anos atrás, o qual motivou uma chamada de atenção ao município da minha área de residência por ver que, ano após ano, a situação se repete.

Creio ser a vontade de todos usufruírem de uma aprazível caminhada pelas ruas, seja em trabalho ou por simples lazer, e ainda, principalmente por parte das autarquias tê-las apresentáveis para que os numerosos visitantes o possam igualmente fazer com todo o agrado. Porém, é complicado levar a cabo tais intentos com o estado em que o arvoredo dos espaços públicos fica depois dos frequentes ataques de que padece.

Nos dias que se seguiram ao Natal, seguia eu pela estrada quando vejo uma equipa a levar a cabo podas às árvores. A questão aqui é se se pode chamar de «poda» a cortar as árvores de modo a deixar-lhes pouco mais que o tronco. No meu fraco entendimento, não.
(Na fotografia, exemplo há anos, em Olhão.)

Um serviço destes é uma infelicidade a todos os níveis. Em primeiro lugar para as próprias árvores, que não fizeram mal nenhum para serem tratadas daquela maneira. Em segundo para quem o vê, porque só a alguém insensível não desagradaria este cenário grotesco. Em terceiro para as próprias autarquias, que ficam sempre mal vistas com estas acções, como ilustra o muito difundido termo «poda camarária» e a sua conotação negativa, e a perderem com prejuízos, pois por muito vigorosas que as plantas possam ser, muitas não sobrevivem a uma derreia destas, o que se traduz numa perda de propriedade e do investimento que com ela foi feito, ou seja, é deitar dinheiro fora. Não nos esquêçamos que o dinheiro das autarquias é público, ou seja, de todos. Pessoalmente, eu não gostaria de ver o meu dinheiro ser empregue em algo que é para estragar. Por outro lado, quando uma árvore sobrevive a uma situação destas, tende a responder com vigor, dando origem a muitos rebentos, o que lhe confere o aspecto dum manjerico. Isso obriga a que, na temporada seguinte, ou se tenha trabalho mais que dobrado se se pretende um acabamento de qualidade ou se repita o mesmo e errado procedimento.

Em suma, se quem faz trabalhos destes ano após ano ou só que fosse uma única vez fosse meu funcionário ou, não o sendo, eu soubesse que teria feito algo a outro assim ou com os meios de outrem, o mais provável é que eu o despedisse de imediato, o que decerto evitaria futuros prejuízos à entidade empregadora. Porém, entendendo que toda a gente merece uma segunda oportunidade, deixo aqui a sugestão quanto a que se não seria uma boa ideia fazer uma acção de formação a quem for fazer este trabalho, a qual poderia ser complementada com a supervisão no terreno de alguém entendido.

Fica aqui a minha chamada de atenção e consequente sugestão para que pequenos pormenores contribuam para um Portugal entre os maiores, com votos de um excelente 2020 para todos.

Boas podas! E bom ano novo!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!