Eu nunca liguei aos grandes prémios do cinema, os Óscares. A sua atribuição é fortemente politizada e há uma tendência para premiar dramas apesar da manifesta qualidade técnica e interpretativa de outros géneros, em particular para com comédias e ficção científica, por muito bons que sejam. Pois recentemente, a Academia deu mais um passo para a limitação da atribuição destes galardões e a confirmação daquilo que acabei de referir com a publicação de novas regras para a elegibilidade dos nomeados.
Os candidatos a Melhor Filme terão ainda de cumprir dois de quatro requisitos:
- que o protagonista do filme seja oriundo de uma minoria étnica;
- pelo menos 30% dos papéis secundários sejam atribuídos a quem seja oriundo de uma minoria étnica;
- o tema principal verse sobre os problemas de uma minoria étnica;
- que as figuras principais dos bastidores provenham de «grupos històricamente desfavorecidos», tais como mulheres, deficientes, homossexuais (lésbicas incluídas) e trans-sexuais, por exemplo.
Já estou a ver um filme candidato aos Óscares sobre uma mulher lésbica toda atrofiada de uma tribo perdida algures entre os Himalaias e as florestas húmidas da Cochinchina...
Tudo bem, parece-me justo dar relevo aos problemas dos que não costumam ter voz activa mas há algo que se sobrepõe a toda esta questão, a qual se manifesta em duas perguntas.
1 - Será este o meio ou a forma correcta de chamar a atenção para estes problemas?
2 - Em que é que estas medidas ajudam a refinar a qualidade da técnica, das interpretações e, em suma, da Sétima Arte?
Acho que não é preciso ser muito esperto para adivinhar as respostas.
Mais um tiro no pé da Academia.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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