A situação está complicada, como disse, mas não é nada que não se antevesse com grande e óbvia previsibilidade. Como dizia Camões: «Rei fraco faz fraca a forte gente». Mas atenção, o nosso Primeiro-Ministro está a apresentar agora mesmo as novas medidas. Sempre quero ver o que vai sair daí. Espero que as decisões tomadas sejam sensatas e firmes, como eu sempre tenho dito desde o princípio e em particular desde o aliviar da situação, em Junho e Julho.
O Governo tem agido tarde, quando a situação já é muito grave e muitas vezes por pressão do Presidente Marcelo (se não é, parece) ou depois das autarquias e da população terem tido iniciativas por conta própria. A fiscalização das normas decretadas é pouco ou nada levada a cabo e a punição pelas infracções só não incorre em incoerência face à libertação de prisioneiros porque ninguém vê quem quer que seja a ser punido. E depois, que sentido faz proibir a circulação entre concelhos se a mesma se pode continuar a fazer de avião e comboio? Será que o coronavírus tem preferências ou tem medo de andar de avião e comboio? E deve estar ao abrigo das regras do Espaço Schengen pois ir de Castro Verde a Almodôvar não pode ser mas saltitar de Portugal para Espanha e vice-versa tudo bem. Que sentido é que isto faz, Senhor António Costa? Por este andar, ainda haveremos de contar com uma terceira e uma quarta e uma quinta vaga e por aí a fora.
Quanto a mim, um ignorante, claro está, Não quer dizer que Portugal devesse paralizar outra vez. O que sugiro é um conjunto de acções mais localizadas, tais como as velhas e eficazes cercas sanitárias. Havendo um surto em determinada instalação, localidade ou região, esta ficaria com saídas e entradas interditas ou condicionadas e sujeita a um confinamento geral ou parcial, conforme os casos asim o exigissem. Tal solução, se bem vos lembrais, caros pombos amigos, foi empregue no Concelho de Ovar e nalgumas freguesias da Madeira e dos Açores, por exemplo.
Naturalmete que faz todo o sentido não direi um encerramento mas um mínimo de controlo de fronteiras, embora a primeira fosse mais desejável, tendo em conta a gravidade da situação no estrangeiro, em particular logo aqui ao lado, em Espanha. Poderiam assim passar infectados à mesma mas muitos seriam logo ali detectados, barrados e encaminhados para tratamento.
Por fim, controlo eficaz e punição dos infractores, sem os quais todo o resto é inútil.
Depressa se verão as melhorias, garanto. E se for preciso parar tudo de novo, qual o mal? Se todos morrermos, deixará de haver economia para salvar. Porém, se continuarmos assim, não me parece que cheguemos a algum resultado positivo.
Vamos lá ver agora o que o Governo tem para nos apresentar.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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