Estão em curso as obras em Lisboa com vista a melhorar a drenagem e evitar assim os nefastos efeitos de potenciais inundações. Uma tuneladora, a H2O, vai ser a responsável pela execução dos trabalhos. Fabricada na China, pesa 70 toneladas e estima-se que avançará a um ritmo de cerca de 10 metros por dia. Vai abrir dois túneis: um desde Monsanto a Santa Apolónia, com cinco quilómetros e meio de comprimento, e outro de Chelas ao Beato com cerca de um quilómetro. A primeiras águas, cheias de sujidade, serão ainda desviadas para estações de tratamento. Haverá ainda uma central mini-hídrica para a produção de electricidade. No entanto, para mim, a grande novidade é o aproveitamento de água em grandes reservatórios subterrâneos para posterior uso em rega de jardins e lavagem de espaços públicos.
Esta última medida não é novidade. Aliás, era comum até há poucos anos a construção de tanques e cisternas quer a nível particular quer, até há uns tempos um pouco mais recuados, a nível público. Ainda existem algumas dessas antigas cisternas tanto por terras de Portugal, como me lembro agora, por exemplo, da que há no castelo em Silves, como em partes do Mundo outrora sob a alçada dos Portugueses, com particular destaque para as antigas praças do Norte de África, em muitos casos ainda ao uso. Novidade sim, quanto a mim, foi alguém ter tido o bom-senso de olhar para o passado e ver nele uma lógica e sensata medida com potencial para aplicação futura, o que é particularmente evidente e crítico numa época em que a escassez de água se promete agravar.
Sem dúvida, um exemplo de louvar a seguir, retomar e dar continuidade um pouco por todo o lado! Muitos parabéns!
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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