O Governo anunciou que três das suas cinquenta secretarias de estado vão passar a estar sediadas fora de Lisboa, embora aí vão mantendo gabinetes, como forma de descentralização estatal. Citando o jornal «Público», «a Secretaria de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, ocupada por João Catarino, ficará em Castelo Branco.
O governante já estava nesta capital de distrito, onde tutelava a
Valorização do Interior. Agora, esta pasta muda de mãos e passa a ser
gerida a partir de Bragança. Aliás, Isabel Ferreira, secretária de
Estado da Valorização do Interior, já está desde segunda-feira instalada
em Bragança (onde vive). Finalmente, a Secretaria de Estado da Acção
Social, de que é titular Rita da Cunha Mendes, terá sede na Guarda, a
partir de 9 de Dezembro.»
Como é que eu hei-de dizer isto?
É curioso haver quem acuse outros de populismo e vá fazer a mesma coisa, só que de forma encapotada. Tal medida não é mais do que atirar areia para os olhos porque nada fica descentralizado. A descentralização pode e deve sim passar pela devolução e atribuição de competências às autarquias, as quais têm sido usurpadas por sucessivos governos ao longo das décadas, para não dizer mais, e não apenas de despesas acrescidas, como tem sido sempre o costume. Não há só descentralização dos encargos financeiros, mas também e acima de tudo da acção governativa.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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