quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Praxada borrada

Tem-se falado muito em praxes nos últimos tempos. Pois como hoje em dia há montes de comentadores em todo o lado, aqui a malta do pombal mais asqueroso da Internet decidiu ditar também algumas sentenças.

É certo que há praxes e praxes mas, por muito que se fale em integração e introdução ao espírito do grupo a que se vai ser entronizado, é de difícil compreensão que se entenda a eficácia de umas boas-vindas que consistam em pregar partidas, sejam elas de que natureza forem. No contexto que tem sido alvo de referências da actualidade, o académico, deparam-se os exteriores a esse mundo com uma questão que evidencia um paradoxo. Temos gente com instrução, adulta, prestes a obter a sua formação, o que lhes atribui um grau superior de importância e até hierarquia social, a, sejamos francos, fazer judirias àqueles recém-chegados. Uns gritam até ficarem roucos, outros obrigam os novatos a fazerem as acções mais estranhas e absurdas e, em certos casos que eu quero desejar serem pontuais, perigosas e abusivas. Ora quem assiste a este panorama de fora fica com uma imagem muito má da instituição.

As instituições são responsáveis por aquilo que se passa dentro dos recintos que gerem. Portanto, é com dificuldade que se compreenda que uma reitoria permita esta desordem, para mais sabendo que, naquele mês que vai desde o início do ano lectivo até ao dia dos desfiles, as aulas do primeiro ano estejam paralizadas e as dos últimos quase, visto que os primeiros estão a ser praxados e os outros estão a praxá-los.

Creio, na minha muito modesta opinião, que quem veja alguém a praxar outro, dependendo do tipo de brincadeira ou partida, é verdade, arrisca-se a ficar com uma má imagem também do praxador. Que credibilidade profissional será atribuída no futuro a alguém que passa horas a arrolhar ou faz gato-sapato dos outros?

A integração, julgo, faz-se com solidariedade, entre-ajuda e camaradagem, difìcilmente com partidas, embora admita que aconteça. O Mundo é composto de tudo. Ainda assim, aposto que um aperto de mão é mais eficaz que uma algazarra.

É certo que este é um texto muito diminuto acerca do tema mas espero que sirva para reflexão. Quanto a mim, as praxes deveriam ser definitivamente proibidas, em especial no âmbito do ensino. Os responsáveis das instituições devem procurar receber fraternamente os novos alunos e tentar fazer deles bons profissionais em potência, não gente que se torne vingativa procurando praxar porque foi praxado. Não vale a pena dizer que não é assim porque eu conheço esta realidade por dentro. Fora dos limites do espaço das instituições, cada um responderá pelos seus actos perante a Lei. Sejam as praxes abolidas ou não, é inútil criar legislação nova, para puni-las ou regulamentá-las, pois o Código Penal já prevê estas situações.

Há praxes engraçadas, meras brincadeiras inocentes, mas se há quem esteja ciente de até que ponto pode ir com estas diversões para ambas as partes, há aqueles outros, mais egoístas, que, vazios de racionalidade e deixando-se levar pelos seus impulsos individualistas e sádicos, forçam os limites do razoável e abusam dos seus direitos, limitando os dos outros. Proibindo as praxes, acabava-se com aquelas cenas de divertimento mútuo, é verdade, mas também se impedia que se desse a oportunidade dos abusadores levarem as suas intenções avante. É um pequeno preço a pagar por males maiores e é melhor assim pois é certo e sabido que nesta como noutras circunstâncias se se dá um dedo, logo hão-de querer o braço inteiro.

A proibição das praxes torna-as clandestinas? Claro que sim. Mas depois os responsáveis terão de sofrer as consequências judiciais que advêm das suas acções.

Se somos adultos, comportemo-nos como adultos: sendo responsáveis!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!