Anda por aí uma veia nostálgica de gente que suspira com a memória da boa velha moeda portuguesa. Isto é o que alguns dizem porque, na realidade, o euro nunca foi desejado pela quase totalidade da população. Devo recordar que foi bastante pedido em tempos um referendo à moeda única mas que o Governo, na altura ao encargo do Guterres (e, apesar de tudo, não temos nós saudades dele?), recusou a proposta. Humm... talvez porque só se referendem parvoíces, os referendos tenham caído no mais profundo descrédito.
Bem, como eu ia dizendo, o escudo, sim, a boa velha moeda, não muito forte, nem de perto nem de longe, mas estável. Diz-se que se tornou a unidade monetária em 1911 mas poucos sabem que é muito mais antiga que isso. Já antes da pandilha anarco-maçónica conhecida por republicanos (note-se que eu não tenho orientação nem preferência política, apenas falo dos factos da época) ter tomado o poder, o escudo circulava. Em tempos anteriores ao sistema métrico, um escudo era o equivalente a quatro cruzados, isto é, 1600 reis, mas desde o tempo d'El-Rei Dom Duarte que se cunhavam escudos e meios-escudos de ouro. Mais tarde, com a adopção do sistema métrico, passou a corresponder a 1000 reis. Depois de ser unidade, circulou a par do rei durante cerca de 20 anos. Teve uma existência conturbada e de contínua desvalorização mas nós afeiçoámo-nos a ele e o seu desaparecimento levou à aniquilação de toda uma vasta tradição de séculos. Alguma vez os moços de agora sabem o que é um conto, um tostão ou um centavo? Que raio vem a ser um vintém ou uma milena? Nem falo em mais senão os gaiatos entram em curto-circuito!
A par deste desaparecimento, ficamos entregues a uma moeda estrangeira. Prometeram-se mundos e fundos: que íamos ter salários e reformas iguais aos dos grandes países europeus, que os preços seriam iguais em toda a União Europeia e a qualidade de vida seria superior, que faríamos frente ao dólar e blá blá blá... Que se cumpriu nisto tudo? Tal como eu disse naqueles dias passados que aconteceria: nada! E depois é o que se previa. Os bancos centrais dos países perderam poderes e os governos capacidade de se ajustarem às circunstâncias jogando com a moeda própria. Em suma, se um ou dois países estão mal, arrastam os outros consigo pois todos partilham a mesma moeda e, no geral, mercado. E agora pergunto eu: tendo em conta os escassos anos que temos de euro e o que tem sucedido, como podem as pessoas não desejar de volta escudos, pesetas, francos, marcos, liras e outras que tais?
Os políticos da treta que temos e os pseudo-economistas de meia tigela esqueceram-se do mais evidente. Isto não são os Estados Unidos da América, é um conjunto de múltiplos países, alguns deles divididos por culturas distintas, nações com pouca ou nenhuma relação umas com as outras. Cada país tem as suas características intrínsecas e era mais que óbvio que o modelo de moeda única (tal como o do estado federal, já agora) seria inviável.
Tal como há dez anos, eu sou absolutamente contra o euro. Moeda portuguesa é o escudo e mais nada e custou-me o seu desaparecimento acima de tudo pelo símbolo de independência que era. Às vezes interrogo-me se ainda seremos, de facto, independentes. Seremos?
Escudo, por amor de Deus, volta!!!
PELO ESCUDO!
POR PORTUGAL!
E já que aproveito a ocasião, NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO(do qual falarei em breve)!
Que a caca esteja convosco!
Bem, como eu ia dizendo, o escudo, sim, a boa velha moeda, não muito forte, nem de perto nem de longe, mas estável. Diz-se que se tornou a unidade monetária em 1911 mas poucos sabem que é muito mais antiga que isso. Já antes da pandilha anarco-maçónica conhecida por republicanos (note-se que eu não tenho orientação nem preferência política, apenas falo dos factos da época) ter tomado o poder, o escudo circulava. Em tempos anteriores ao sistema métrico, um escudo era o equivalente a quatro cruzados, isto é, 1600 reis, mas desde o tempo d'El-Rei Dom Duarte que se cunhavam escudos e meios-escudos de ouro. Mais tarde, com a adopção do sistema métrico, passou a corresponder a 1000 reis. Depois de ser unidade, circulou a par do rei durante cerca de 20 anos. Teve uma existência conturbada e de contínua desvalorização mas nós afeiçoámo-nos a ele e o seu desaparecimento levou à aniquilação de toda uma vasta tradição de séculos. Alguma vez os moços de agora sabem o que é um conto, um tostão ou um centavo? Que raio vem a ser um vintém ou uma milena? Nem falo em mais senão os gaiatos entram em curto-circuito!
A par deste desaparecimento, ficamos entregues a uma moeda estrangeira. Prometeram-se mundos e fundos: que íamos ter salários e reformas iguais aos dos grandes países europeus, que os preços seriam iguais em toda a União Europeia e a qualidade de vida seria superior, que faríamos frente ao dólar e blá blá blá... Que se cumpriu nisto tudo? Tal como eu disse naqueles dias passados que aconteceria: nada! E depois é o que se previa. Os bancos centrais dos países perderam poderes e os governos capacidade de se ajustarem às circunstâncias jogando com a moeda própria. Em suma, se um ou dois países estão mal, arrastam os outros consigo pois todos partilham a mesma moeda e, no geral, mercado. E agora pergunto eu: tendo em conta os escassos anos que temos de euro e o que tem sucedido, como podem as pessoas não desejar de volta escudos, pesetas, francos, marcos, liras e outras que tais?
Os políticos da treta que temos e os pseudo-economistas de meia tigela esqueceram-se do mais evidente. Isto não são os Estados Unidos da América, é um conjunto de múltiplos países, alguns deles divididos por culturas distintas, nações com pouca ou nenhuma relação umas com as outras. Cada país tem as suas características intrínsecas e era mais que óbvio que o modelo de moeda única (tal como o do estado federal, já agora) seria inviável.
Tal como há dez anos, eu sou absolutamente contra o euro. Moeda portuguesa é o escudo e mais nada e custou-me o seu desaparecimento acima de tudo pelo símbolo de independência que era. Às vezes interrogo-me se ainda seremos, de facto, independentes. Seremos?
Escudo, por amor de Deus, volta!!!
PELO ESCUDO!
POR PORTUGAL!
E já que aproveito a ocasião, NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO(do qual falarei em breve)!
Que a caca esteja convosco!
3 comentários:
500 paus dava para taaaaaanto!
Oh, se dava...
Ainda ontem disse a um homem que as notas de 10000$00 que eu vi em toda a minha vida deviam de se contar pelos dedos e ainda deviam sobrar. Se assim foi, como é que eu puderia alguma vez ver uma nota de 100 contos (500 euros) que fosse? Essa quantia é superior ao ordenado de muita gente! Para meu espanto, já vi imensas notas dessas! E não dão para nada!!! Como pode o euro valer alguma coisa?
EU QUERO O MEU RICO ESCUDINHO OUTRA VEZ!!! BUUUUUUUÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!
Que a caca esteja contigo e todos os amantes do bom escudo português!
Tenho uma de 5$00 de 1979, quanto vale?
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