Em 2001, no saudoso “O Homem Que Mordeu o Cão e Outras Histórias” da Rádio Comercial, alguém sugeriu a Teoria da Anti-Gravidade ou do Gato e da Torrada, a qual consistia no seguinte: sabendo que uma torrada cai sempre com a face barrada para baixo e que um gato cai sempre de pé, se colássemos a torrada com a face barrada virada para cima ao lombo dum gato e o atirássemos, as forças anular-se-iam e o gato levitaria a girar no ar. Coisa estúpida, não?
Há poucos dias foi a vez do meu patrão e mestre. Conversávamos sobre um episódio aquando da última revisão constitucional, em que o então Presidente da Assembleia, Almeida Santos, dizia a um deputado que jamais aquele calhamaço lhe cairia em cima por estar defendido pela Lei da Gravidade e, portanto, ser impossível cair para cima. Logo o meu patrão disse que ele não tinha razão, que as coisas também caíam para cima.
-Cima? Como assim? – perguntei eu. Respondeu-me:
-Então as coisas não caem para cima? Deixas cair alguma coisa e ela cai para cima do chão ou da mesa ou do que quer que seja, nunca para baixo delas. Cais na rua para cima do passeio e não para baixo dele. Cai-se sempre para cima de alguma coisa.
Isto é que é desafiar a Lei da Gravidade!
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