domingo, 5 de outubro de 2025

Nada recomendado: MEO

 Nunca fui grande adepto de telemóveis nem fiz grande questão de ter um. Porém, já há cerca de 25 anos, mais ou menos, ofereceram-me um. Estava ele vinculado à T.M.N. e tinha um tarifário que me servia perfeitamente, uma vez que era raro telefonarem-me e ainda mais eu telefonar a alguém. Era o Paco, sem carregamentos obrigatórios e apenas como única obrigação fazer uma despesa mínima, fosse em chamada ou mensagem, a cada três meses, caso contrário, o cartão seria bloqueado. Mesmo assim, isso aconteceu-me pelo menos duas vezes, sendo que numa delas o tive assim durante cerca de um ano até o ir desbloquear. Entretanto, a T.M.N. foi absorvida pela MEO, pertencente ao grupo Altice, e tudo mudou. Passei a pagar primeiro 50 cêntimos e depois 1 euro por mês e os custos das chamadas e das mensagens foram subindo de forma galopante. Ao mesmo tempo, o trabalho obrigou-me a contactos cada vez mais frequentes. O bom do Paco tornara-se incomportável.

Entretanto, este ano fui contactado pelos serviços da MEO. O Paco estava em processo de extinção e, como eu era um cliente antigo, sugeriam-me um outro serviço, o Uzo, por 5 euros por mês e condições muito vantajosas para mim. Não tendo opção, aderi. Tudo funcionou bem, apesar do aumento, dois ou três meses depois, para 6 euros por mês, até ao dia 9 de Julho. Já há cerca de um ano e meio, pouco mais, que eu era insistentemente contactado por empregados da empresa a querer convencer-me a adquirir pacotes de serviços, os quais eu sempre recusei, até porque não tinha possibilidades quer técnicas quer de disponibilidade quer monetárias para tal e nem sequer vontade disso. Alguns funcionários foram simpáticos e cheguei até a conversar alegremente com eles sobre tudo menos aquilo que eles me pretendiam vender. Outros, mais sérios, tentaram afincadamente mas sem sucesso impingir-me os serviços. Outros ainda foram tão arrogantes que eu nem hesitei em mandá-los passear da forma mais educada que consegui. Porém, a situação era chata pois tive alturas em que quase todos os dias ou até várias vezes por dia era era interpelado por empregados da MEO e deixei de atender chamadas de números que não conhecia, o que foi um problema porque às vezes telefonavam-me nestas condições, eu não atendia e tinha problemas. Consequência: tive de voltar a atender todas as chamadas.

No dia 8 de Julho, logo a seguir ao almoço, nova chamada que verifiquei ser da parte da MEO. O empregado, que não vou nomear, foi simpático e bastante esclarecedor. Dele não tenho, à partida, qualquer razão de queixa. Como é procedimento habitual, identificou-se, perguntou se eu estava satisfeito com o serviço e tinha algo a dizer quanto a isso e «aproveitou a ocasião» para apresentar uma proposta de pacote de telemóvel, telefone fixo, televisão e Internet. Mais uma vez, como fizera aos seus inúmeros colegas antes, expliquei a minha situação e recusei a proposta que ele me fazia, até porque, para princípio de conversa, nem sequer tenho rede no lugar onde moro. Perguntou-me qual era a minha morada pois queria verificar esse dado. Aproveitei para actualizar um dado a isso referente. Depressa concluiu que não havia rede ali, a não ser por satélite. Propôs-me, ainda assim, que, uma vez feita uma instalação, se eu associasse um segundo número móvel ao pacote, que ele seria mais barato. Eu disse-lhe que não podia aceitar pelas razões já apresentadas mas, ainda assim, pedi-lhe que, se ele quisesse, que me mandasse a proposta pelo correio ou e-mail e que, se ela se mantivesse quando houvesse possibilidade para isso, então voltaríamos a falar. Dizia-lhe eu isto porque havia comigo quem necessitaria de um serviço para fins profissionais e tinha o número de telemóvel vinculado ao contrato do seu local de trabalho, do qual pretendia sair. Porém, eu tinhade falar com esta pessoa primeiro. Eu jamais poderia decidir por ela. Quis ele verificar o titular desse contrato e pediu-me o número, o qual eu dei. Fez a verificação e concordámos os dois nestes termos: que ele me enviaria a proposta e esta ficaria como um contrato em suspenso para que, uma vez estando tudo conversado entre mim e a outra pessoa e estando ela de acordo, havendo mais tarde condições para instalar o serviço e ainda se mantivesse esta proposta de pé, tratarmos de tudo e procedermos à instalação e activação do contrato deste serviço. Tudo bem.

No dia seguinte, 9, tanto eu como a outra pessoa a que me refiro começámos a receber mensagens da parte da MEO felicitando-nos por termos aderido ao pacote que me tinha sido proposto no dia anterior e com a data da instalação dos equipamentos e tudo. De facto, os contactos do telemóvel dessa pessoa passaram a se apresentar como se fossem os do meu próprio. Telefonei ao funcionário que me tinha contactado e expliquei-lhe a situação, pois eu achava que, de certeza, teria havido um engano, uma qualquer falha processual. Logo me explicou o funcionário tudo tim-tim por tim-tim duas vezes «para que não haja qualquer dúvida», como ele me disse: que quando é feita uma proposta de contrato, seja para concretizar logo ou ficar em suspenso, ela é automàticamente enviada para o serviço que trata da instalação dos dispositivos e que, quanto ao resto, eu não me preocupasse pois enquanto não houvesse aceitação dos termos do contrato e instalação dos aparelhos, o contrato nunca vigoraria e, vencendo o prazo do tarifário que eu já tinha, o Uzo, tudo regressaria ao normal, como se nunca tivesse havido o que quer quer fosse. Impecável, fiquei satisfeito, assim como a pessoa cujo número de telemóvel tinha ficado associado ao meu contrato.

Os dias seguintes foram uma tormenta. A cada passo tentavam telefonar-me e mandavam-nos mensagens para confirmarmos a aceitação do serviço. Uma vez, esperava um telefonema importante que há muito aguardava e saiu-me outro empregado da MEO com outra proposta. Expliquei-lhe também a situação mas ele parece nem ter ligado pois ainda me adiantou que faria uma proposta melhor que a do contrato que eu tinha firmado com o colega dele, proposta esta que era uns 20 euros mais cara. De nada adiantava eu dizer-lhe que não havia contrato nenhum. Farto, desliguei-lhe o telemóvel na cara mas ele telefonou-me de novo! Ao invés pessoal da instalação dos dispositivos é que parecia ter bom senso. Expliquei tudo também à técnica que me contactou e ela compreendeu a situação e desejou-me um bom dia.

Dirigi-me a um estabelecimento da MEO assim que me foi possível. Não nos foi possível resolver a situação pois ali não tinham competências para isso. Entretanto, a situação das mensagens e telefonemas manteve-se. Até a mesma empregada da instalação voltou a contactar-me talvez semanas depois da primeira vez e voltei a expor os factos, para nova concordância dela.

- Se calhar é melhor eu cancelar o pedido de instalação. - sugeriu-me ela, ao que eu lhe respondi com um «sim, por favor» quase de súplica. Certo dia, sem contar com as mensagens, tentaram contactar-me 14 ou 16 vezes, nem me lembro já. A gota de água chegou quando, sem qualquer aviso, os nossos serviços foram cancelados e substituídos por tarifários pré-pagos. Enquanto não largássemos mais dinheiro, não teríamos direito a telefonemas, mensagens e outras disponibilidades. Decidimos que nem mais um tostão iria para aquela empresa que tanto maltratava os clientes que a sustentavam. Chegara a hora de pôr um ponto final na situação. A MEO já não era o MEU operador.

Procurámos outras empresas, pesquisámos por tarifários e pela cobertura de rede na nossa região e fizemos então a nossa escolha. A 10 de Agosto, fomos fazer cada um o seu novo contrato numa outra operadora.

A MEO nada tem a ver com a boa velha T.M.N.. Há muitos anos que, verdade seja dita, também talvez por ser a maior operadora de telecomunicações de Portugal, é aquela contra a qual maior quantidade de queixas tem. Nunca tive motivos de maior até esta situação, embora ouvisse muitas histórias. Agora que passei por isto, interrogo-me. Que espécie de empresa é esta com procedimentos automáticos que desrespeitam a vontade do cliente? Em que é fomentada a competição entre os empregados, que se degladiam entre si para roubar clientes uns aos outros? Em que não há comunicação uns com os outros? Em que os clientes são constantemente importunados, atormentados até, e explorados até à exaustão? Isto não é maneira de uma empresa laborar! Contudo, por uma coisa tenho muito a agradecer à MEO. É que, se não se tivesse portado mal comigo, eu jamais a teria mandado à fava. E agradeço-lhe porque mudei para melhor. Hoje estou satisfeito com o singelo mas fiável e barato serviço que tenho. Agora só espero que este operador seja tão meu amigo como diz que é. Com muita sorte, daqui por outros 25 anos logo direi de minha justiça, se eu ainda continuar a calcorrear este mundo.

Conselho a quem queira subscrever um serviço de telecomunicações: MEO NÃO, NÃO RECOMENDO. E a quem tenha um serviço da parte dela, fuja enquanto é tempo. Cartas e sinais de fumo são mais fiáveis do que aquilo.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Parabéns Portugal!

 Caros amigos, espero que este feriado esteja a ser bem usufruído por todos. Hoje é 5 de Outubro. Fazem hoje 882 anos que foi estabelecido o Tratado de Zamora, segundo o qual Afonso VII, Rei da Galiza, de Leão e de Castela e auto-proclamado Imperador da Hispânia, reconheceu Portugal como reino e Dom Afonso Henriques como o seu rei. A intenção era outra mas, na prática, este acordo resultou na independência de Portugal.  Quer isto dizer que o nosso país está de parabéns. E que parabéns! Como é que um país não só aguentou tanto tempo como ainda se mantém apesar de não ter nem fronteiras efectivas nem moeda própria nem classe governante que se aproveite nem autoridade central nem soberania de facto e ainda ter serviços públicos que ou quase não funcionam ou não funcionam mesmo ou nem sequer já existem, produtividade e economia quase nulas, metade do seu território ao abandono e uma terça parte que nem se sabe a quem é que pertence e um povo em evidente declínio numérico e qualitativo, caído em vícios e distracções, com a língua fortemente corrompida, quase sem cultura própria nem amor próprio nem sentido de auto-preservação e a caminhar para a rápida extinção? Só mesmo um país notável aguentaria uma coisa destas. Parabéns Portugal!

Ah, é verdade, também dizem que a República foi implantada há 115 anos. Que se lixe a República!

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!