quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Como deveria ter acabado «O Príncepe», Versão Taralhouca

Eu sei, já acabou há algum tempo, mas esta espinha ficou-me sempre aqui atravancada na goela. Vi a série espanhola que passou no Canal 2 até ao mês passado e tive sempre esperança num final estrondoso... mas não daquele género.

Sim, é verdade, não gostei do modo como acabou. Então que espécie de história acaba com a morte da grande boazon... aaah... quer dizer, amada do romance, uma das personagens de topo do enredo, deixando o herói triste, só e abandonado, gelado, gelado? Então e o grande comparsa dele? Feito passador? Está bem, ele despachou o mauzão cabecilha do grupo terrorista mas isso não dava aos argumentistas azo a que o despachassem nos segundos seguintes? Em suma, que espécie de treta de lenga-lenga é aquela de tudo acabar no mar e sal e ronhonhó coñocitos? Mas está tudo doido? Pois claro! Como é óbvio, o casal maravilha tinha de perdurar para a posteridade, não com a Fátima Ben Barek com um tiro no pescoço e a esvair-se em sangue.

Vai daí e pus-me a pensar. Se o Quentin Tarantino tivesse feito esta série, como é que ela teria acabado? Não podia haver grande diferença. Aqui há droga, tiros, explosões e conversas da treta, tal como em qualquer filme deste moço marafado. Ora cá vai disto.

Estão todos na praia, o Kahled, o Morey, o Fran e a Fátima. O Kahled arrasta consigo a Fátima com um canhangulo apontado ao delicado narizinho da moçoila e diz-lhe:
- Mexe-te, gaja, senão eu dou-te algo bem pior que um ar condicionado forçado na tua cabeça. Dou-te uma dissertação sobre as questões semânticas e simbologia analítica nas obras do Saramago.
- Não! - gritou ela em desespero - Socorro, Morey, salva-me! Quero antes morrer que ser torturada desta maneira!
- Ainda chamas pelo teu amantezinho da treta, aquele «putain de la merde»! Raios, já eu estou a falar francês com um pseudo-forçado sotaque castelhano! Pois ele que venha que eu rebento-lhe a beiça com a AK-47! - resmungou o grande chefe terrorista com a menção do nome daquele que o privava da admiração daquela por quem ele era acervaladamente cego até à suprema estupidez. Ser-se terrorista era obra mas deitar tudo a perder por uma tipa que o deixava montá-la mas não o podia ver nem pintado com o equipamento do Real Madrid era coisa de outro nível.
Eis senão quando aparece o Morey ferido à entrada do areal a mandar balázios ao desgraçado que aprisionava a sua amada. Pára de disparar, podia acertar na Fátima. Mas ela resolve o problema com uma joelhada nos tomates do maridinho, que fica a gemer, encolhido como um cão vadio com frio.
- «Ezequiel: 29, 17»... Que é que eu estou para aqui a dizer? Eu sou muçulmana. - diz ela ao Kahled antes de se atirar à água. O Morey vai para disparar mas já não tem munições. Joga-se à parva ao Kahled após uma correria marada digna do Super-Homem e engalfinham-se os dois numa cena de porrada de criar bicho. Arreia o Morey um pêssego nas ventas do Kahled e este pergunta-lhe:
- Já viste que este gajo escreveu «príncepe» em vez de «príncipe»?
Depois de receber uma punhada bem aplicada nas ventas que lhe fez sair um esguicho de sangue da narina esquerda, o Morey explicou-lhe:
- Sabes, é que os «tíos» de Portugal dizem «príncepe», não «príncipe»; o feminino é «princesa» e não «princisa»; a dissimulação na gramática da língua portuguesa só acontece de «e» em «i», nunca ao contrário; e a raiz etimológica é o latim «princeps», não «princips».
Terminada a sessão de um murro a cada argumento, o Kahled cuspiu alguns dentes partidos e praguejou qualquer coisa em árabe e acrescentou:
- Mas a escrita oficial é «príncipe»...
Respondeu-lhe o opositor com mais uma lamparina aplicada a preceito:
- Que é que queres? São Portugueses! É por isso que nos ganham. Confundem-nos. Até a eles próprios se confundem. Só sabem inventar coisas para xaringar um gajo. «Coños»!
Entretanto, do meio da água, ouve-se alguém a arraspar as goelas, como que a querer chamar a atenção. Era a Fátima, com cara de poucos amigos.
- Então? Posso eu morrer aqui afogada que essa conversa da treta nunca mais acaba. Sim, é que eu posso passar meia série na piscina a dar umas braçadas que só me lembro que não sei nadar quando chego ao mar.
O Morey começou a relembrá-la toda molhadinha e não se fez rogado. Atirou-se logo à água e agarrou-a... com firmeza. Nisto, o Kahled voltou a empunhar a sua Kalashnikov e foi para disparar aos gritos furibundos de:
- Não! Morrereis, seus cães infiéis! Tu, meu papa-esposas, e tu, rameira tinhosa! Aaaaaaaahhhh!
Porém, eis que uma bala certeira embateu na metralhadora e fê-la saltar das mãos do mouro possesso. Os olhares desviaram-se todos para a origem do disparo. À beira-mar, Fran parecia um crivo mas estava ali de pedra e cal, a segurar na sua pistola.
- Kahled, sim, tu, seu estropício. - chamou o pistoleiro solitário - Tu que nasceste lá na terra dos Aveques, diz lá. Como é que chamam a um Big Mac em França?
Antes que o idiota respondesse com uma rajada de tiros ou uma resposta parva à pergunta, o Fran atirou-lhe à pinha a sua última munição. Finalmente, o mau da fita estava quinado. O grupo terrorista estava terminado, o primo dos Ben Bareks já podia traficar haxixe e marijuana à vontade e sem concorrência, bem como afiambrar-se ao coiro da empregada do Kahled, a Fátima estava livre daquele palonço e o Morey podia parar de esgotar as reservas de aspirinas e a paciência dos colegas do C.N.I.. Pelo sim pelo não, pois o «cabrón» do líder terrorista ainda estrebuchava, o Morey sacou da sua Hattori Anzo, guardada sabe-se lá onde, e sacou a cabeça do inimigo. Deliciada, a Fátima aplaudiu.
- «Croissant», «p&%a madre». - respondeu o Fran á sua própria pergunta, parafraseando parcialmente os Cebola Mol.
E assim acaba a série. O Fran recuperou e pôde voltar para a sua esposa e arrefinfar-lhe como se estivesse com a mamalhuda do café com quem andava. A colega girinha da Polícia, não me lembro o nome, recuperou do trauma mas nunca mais teve namorados mouros. Já o Morey e a Fátima puderam respirar de alívio e regressar ao...
Bem, nós sabemos.

Ela logo voltará ao Pombocaca.

Que a caca esteja convosco!



P.S.:NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!