domingo, 30 de julho de 2023

Caca Raw: «Casa do Dragão» versus «Senhor dos Anéis: Anéis do Poder»

 E já que falamos de Elrond...


Minhas senhoras e meus senhores, temos hoje perante nós... Hoje? Não, na realidade já foi há uns quantos meses, já nem me lembro há quantos. Mas seja como for, temos aqui um duelo de peso, o embate de gigantes, o choque de titãs, melhor, de «tetãs»! Bem-vindos uma vez mais e passado tanto tempo ao Caca Raw!


Num canto temos a altiva Princesa dos Sete Reinos e Tudo-o-Mais-Que-Eu-Não-Me-Vou-Pôr-a-Dizer-Senão-Perco-o-Fôlego-e-Caio-Para-o-Lado em defesa da «Casa do Dragão», Rhaenyra, Rhaenyris, Rianair, como quer que ela se chame!

 


Do lado oposto, representando «O Senhor dos Anéis: Anéis do Poder», a mais poderosa feiticeira da Terra Média, ainda que nunca lhe tenhamos visto um truque que não a meter água, a militar danadinha e encantadora de anões Galadriel!


Ainda nem o combate começou e já estão a mandar boca uma à outra. «O meu é maior que o teu?» Que vem a ser isto, meus senhores? Que golpe baixo! A princesa targaryen diz que a sua série é sucessora do sucesso da «Guerra dos Tronos». Mas a enérgica espécime dos Eldar cospe-lhe na fronha  que a produção da oponente teve um final rançoso que até mereceu mais petições a abaixo-assinados a nível mundial por uma alteração dos episódios da última temporada que qualquer outro por motivos humanitários ou ambientais, para além de que a trilogia do «Senhor dos Anéis» constituiu o expoente máximo da história da indústria cinematográfica! Rhaenyra apresenta um orçamento para a primeira temporada de 200 milhões de dólares! Ui, Galadriel riposta com 465 milhões de dólares de orçamento e um custo de mais de 715 milhões à Amazon! 


Bom, acho que, por este andar, nem deve chegar a haver duelo entre estas duas gatas assanhadas. É que parece-me que, logo à partida, está definido quem ganha, é de caras! Ambos têm guarda-roupas, cenários, efeitos especiais e dragões e bandas sonoras e cenas de acção do mais espectacular, é inegável. A «Casa do Dragão» pode ter um bom e vasto elenco, um argumento intrincado e tentar seduzir o público por meio de erotismo e sexo mas apresenta um mundo cheio de podridão, com conspirações, corrupção, subversão de valores e muita violência, com frequência gratuita. Já «Anéis do Poder» apresenta tudo como maravilhoso, até os orcs têm um lado humano, ou seja, a série conquista o público, acima de tudo, pelo encanto que tudo proporciona.


Não há hipótese, «O Senhor dos Anéis» parece ser insuperável, é o óbvio vencedor. Mas atenção, ainda só deu uma temporada de ambas as séries. Há muito por ver...


Que a caca esteja convosco!


Eh! A Rhaenyra jogou-se a puxar os cabelos à Galadriel mas, ai, que joelhada no ventre a outra teve por resposta! Isto promete.



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Cinema Purgatório: «Matrix Resurrections»

Lana Wachowsky estava certamente aborrecida com a vida e às tantas também com uns poucos tostanitos na carteira no dia em que teve os seguintes pensamentos.  «Caramba, não sei o que hei-de fazer. Tenho de trazer à luz algo de emocionante, cativante... algo de novo. Já sei! Vou fazer um quarto filme do «Matrix»!


Se foi assim ou não, não faço ideia. O que é certo é que em Dezembro de 2021, os cinemas passaram a projectar «Matrix Resurrections».



Pois é, já se passaram uns quantos aninhos desde as anteriores sequências absolutamente maradas ao máximo de artes marciais e outras cenas de pancadaria, tiros, explosões e criaturas electro-mecânicas computorizadas que parasitavam a Humanidade. Aqui temos o nosso velho Senhor Andersen, e se ele está mesmo velho, que é um programador e criador de video-jogos de grande sucesso. Porém, a vida nem por isso lhe corre bem. Parece-lhe ter sempre a sensação de que há algo que falta ou que está errado e depois há uns sacanas duns sonhos que ele começa a achar que são mais que sonhos. Enfim, o homem acha que está a ficar passado dos carretos e encharca-se nos tais famosos comprimidos azuis que já eram nossos conhecidos nos outros três filmes. Não, seus badalhocos, não é Viagra. Já um gajo não pode falar em comprimidos azuis que fica logo tudo empinado e a fazer piadolas marotas.  Entretanto, cruza-se com uma mulher que não lhe é nada estranha. O mesmo pensa ela.  E pronto, é assim, pouco mais ou menos que a coisa descamba, indo parar a novos comprimidos vermelhos, porrada, tiros, explosões e por aí a fora. Desta vez, não há é Laurence Fishburn, que o homem está agora a apresentar documentários, e o Agente Smith já não é interpretado pelo Hugo Weaving, que toda a gente sabe que deixou crescer o cabelo e as orelhas e foi morar para Valinor.


Passou-se mais de um ano e meio sem que eu falasse acerca do filme, por muito que desejasse. Por um lado, já se sabe, por falta de tempo. Por outro porque eu nem sabia o que haveria de dizer. Em bom rigor, como se vê, ainda não sei. Ao fim deste amplo período, continuo sem perceber se o filme é bom ou é mau. Contudo, não há a menor dúvida que está repleto de pequenos e grandes brindes que nos remetem para os três anteriores, ora de forma ficcionadamente séria ora num tom que roça a paródia, ou seja, que esta película foi feita por fãs e para fãs. Seja bom ou mau, uma coisa garanto: é entretenimento garantido para quem gosta do género e da série em particular, deixando uma certa vontade em ver o que mais há-de vir... ou não!


Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 16 de julho de 2023

Então e a justiça?

Parece que, finalmente, as autoridades acordaram para o fenómeno que envolve a apanha ilegal de bivalves no Rio Tejo por hordas de milhares de imigrantes ilegais. Contudo, não deixo de ficar espantado com tudo isto pela negativa.


Depois da detenção e posterior libertação de centenas de mariscadores estrangeiros ilegais, uma responsável do Governo, que nem consegui fixar quem era e, para bem dela própria, é melhor nem tentar recordar, veio a público declarar que esta questão não tinha nada a ver com um delito da apanha não licenciada mas sim com a imigração ilegal. 


Fiquei pasmado, mesmo escandalizado. Não? Como assim? É verdade que eles estavam a apanhar por ordem dos mafiosos que os exploram mas o desconhecimento da lei, se é que eles não sabiam do errado que estavam a fazer, não é desculpa para a sua imputabilidade. A declaração e o tratamento todo dado a esta questão são totalmente absurdos. É óbvio que este é um problema de imigração mas também de apanha ilegais e, pior, de saúde pública! O único desfecho lógico que este caso pode ter é o que o cumprimento das leis exige: que os cabecilhas da rede sejam descobertos e condenados e estes mariscadores sejam julgados e cumpram as respectivas penas, sendo depois, dada a sua situação ilegal, deportados, pois claro. Se assim não for, acentuar-se-ão ainda mais entre a população os sentimentos de incompetência das instituições, de impunidade e de tratamento privilegiado dos estrangeiros face aos naturais de cá.

É assim que nascem os sentimentos racistas e xenófobos, caros governantes; fomentados por vós com mediocridade de boas intenções vazias de bom-senso e sentido de Estado! 


Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Cinema Purgatório: «Indiana Jones e o Marcador do Destino»

 Já nós todos estávamos formatados à ideia de que as aventuras do louco do chapéu estavam restringidas a uma espectacular trilogia quando fomos agraciados com um quarto filme: «Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal», em 2008, de que aqui falámos. Passados 15 anos, tal não foi a surpresa, olhando à idade do célebre actor Harrison Ford, quando as salas de cinema tiveram a honra de exibir a quinta e, desta vez confirmado, derradeira grande aventura do maior arqueólogo que a sétima arte ficcionou.

Em «Indiana Jones e o Marcador do Destino», o Doutor Jones é um professor universitário decadente, solitário, idoso e a entrar na reforma sem pompa nem circunstância. É neste contexto de alguém caído em desgraça nos finais da década de 60 do século XX que aparecem uns marmanjos nazis, como não podia deixar de ser, e uma afilhada à partida pouco melhor à procura dum enigmático artefacto.


Este objecto é o «Antychitera», mais conhecido entre nós como a Máquina de Anticítera. Curiosamente, o artefacto chegou parcialmente aos dias de hoje, só que não tão bem estimado quanto no filme e sem que lhe sejam atribuídas as funções que ali lhe são conferidas.


Mais do filme não conto mas garanto que é uma cavalgada monumental, em parte literalmente, com montes de tiros, explosões, gargalhadas, nazis a levar no toutiço (pois claro), porradaria de criar bicho, chicotadas e até perseguições a alta velocidade com cavalos (eu avisei) e tuc-tucs! Esta película está pejada de todos os estereótipos e características que poderíamos esperar dum filme do Indiana Jones. Mais do que um filme de acção, esta obra é uma verdadeira ode de valorização da terceira idade, procurando demonstrar que velhos são os trapos... e nem todos!


Aconselho vivamente o visionamento do filme. É espectacular e de certeza que qualquer fã da saga irá adorar! Sem dúvida, é material que promete entretenimento garantido, que dá à personagem principal uma dimensão humana mais aprofundada e que faz sonhar e cantarolar o tema de John Williams por dias e dias a fio!


Adicionalmente, coloco a seguinte questão. Alguém sabe aonde fui ver o filme? Há uns largos anos atrás, seguramente há mais de 10, talvez uns 15 ou coisa assim, publiquei aqui um artigo acerca de alguns estabelecimentos pelo país que de certeza teriam rendimento garantido se fossem reabertos e bem geridos. Um deles foi um clássico cinema de 1930, o Cine-Teatro João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, Concelho de Silves. Pois é, ele reabriu, ao que parece ainda antes da pandemia, sobrevivei e está a laborar. Para além das exibições regulares e outros eventos, dispõe de serviço de bar. Pois é, passei por lá há tempos e considerei espantosa a concretização de algo que eu imaginava. Não hesitei em regressar lá para esta ocasião. Recomendo uma visita! Parabéns e boa continuação ao investimento, que decerto é uma alegria a quem não está muito próximo dos grandes centros.


Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!





Reintroduções e considerações batráqueas no pombal

 Caros pombos amigos


Já lá vai muito tempo desde que aqui escrevi algo pela última vez. Infelizmente, tão intensa tem sido a minha vivência laboral, que me ocupa o tempo quase todo, que não só chego a estes dias de hoje exausto como não cheguei a ter grande vagar para ir acrescentando a este pombal umas quantas bostecadas. Porém, cá estou eu de novo!


Durante esta minha ausência, imagino que nada notada, cheguei a uma conclusão rápida e simples. De certeza que quem escreve e publica muitas coisas, seja na Internet ou na imprensa, ou não dorme e tem uma energia formidável ou não faz nada na vida. Como dos segundos costuma sair frequente asneira, dou-lhes um conselho: vão trabalhar, malandros!


Nada melhor para recomeçar a laboração fecal no Pombocaca que algumas breves críticas e comentários cinematográficos a três filmes.


Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

---------------- ATENÇÃO -----------------

AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!