domingo, 24 de dezembro de 2023

Mensagem de Boas Festas do Pombocaca

 Caros pombos amigos


Prometo não me demorar muito desta vez a atrapalhar a vossa consoada, até porque eu também tenho coisas bem mais importantes que ficar à frente dum ecrã de computador. Todos os dias são ocasiões importantes para isto mas, face à importância que é atribuída à quadra festiva por que passamos e ao ambiente de que ele se reveste, este é o tempo por excelência para olhar para as pessoas cara-a-cara tanto quanto possível e conviver com elas e não para ficar a olhar para ecrãs.


Mais um ano está quase terminado e para a História fica como outra jornada terrestre em torno do seu astro-rei não de iluminação, seja em sentido literal ou figurado, mas de egoísmo, estupidez, ódio e guerra. A Humanidade progride tecnològicamente a olhos vistos, demasiado depressa até para a evolução das mentalidades ou mesmo para a compreensão das descobertas e inovações que se vão sucedendo a um ritmo cada vez mais acelerado. Fazendo aqui um breve aparte, não estará a Humanidade a transformar-se num gigante com pés de barro? Arrisco uma resposta: sem dúvida que sim. Mas retomemos o fio condutor da explanação. Ao invés dos sucessos que se vão verificando nas áreas das ciências e das tecnologias, o ambiente e a Natureza em geral no Mundo vão-se deteriorando a olhos vistos. As pessoas continuam a sua rota destrutiva e auto-destrutiva olhando só para si e obcecadas por dinheiro, sucesso, fama, poder... futilidades! Todas aquelas coisas que são a delícia dos nossos sentidos mas que, uma vez passada a concessão vitalícia que é dada aos nossos corpos, deixam de servir para o que quer que seja. Estes e outros estúpidos caprichos têm manchado a nossa pequena esfera celestial, o nosso paraíso, de dor, tristeza e ódio. O ano passado, vimos um grande conflito sem sentido começar, de entre muitos outros que não chegam aos nossos conhecimentos, contenda esta que continua e nem se sabe quando é que possa vir a ter um termo, apesar do morticínio e da destruição que tem provocado. Eis que este ano um outro ainda mais brutal nos tem chocado, motivado pela fúria cega duns e pela sede de vingança sem limites de outros. E assim temos a morte espalhada em regime de produção industrial. Mas mesmo nas terras pacíficas a miséria progride como uma peste, com mil e uma formas de exploração dos próprios congéneres, já para não falar das outras espécies ou sequer do próprio planeta que nos alberga e dá vida. Tanta e tão crescente pobreza para uma tamanha e sempre maior e galopante ganância.


Para quê, meus amigos? Para quê isto, Humanidade? Um dia, todos nós, sejamos grandes ou pequenos, ricos ou pobres, poderosos ou humildes, não deixaremos para trás os nossos corpos inanimados sem que possamos levar connosco o que quer que seja que arrecadámos nesta vida? Então para quê a roubalheira, o ódio ou a exploração se no fim isso não nos vai valer de nada?

Visto de outra maneira, aonde chegou o que quer que fosse ou quem quer que fosse com a matança e a espoliação alheia? Não caiu por terra o poderoso Império Romano? Não se decompôs e ruiu a União Soviética? Contudo, e por outro lado, não é a crença de boa parte da Humanidade a fé na vida e palavra de Jesus Cristo? E porventura levou ele a sua passagem na Terra a espalhar o ódio, a roubar, matar, enganar ou explorar o alheio? Não! Ele levou a todos uma mensagem de paz, amor e fraternidade. O seu próprio nascimento, que comemoramos nesta época do ano, foi em si um exemplo de harmonia, alegria e proximidade entre todos. O burro não escocinhou a vaca, a vaca não escorneou o burro, a Virgem Maria e o São José não andavam à estalada, os visitantes não se degladiavam entre si, os reis magos não trouxeram armas nem venenos e os anjos não aniquilaram nada nem ninguém. E foi assim, que várias espécies e raças, todos juntos em prol dum bem maior, reunidos em torno de um recém-nascido indefeso e à partida sem esperanças, triunfaram. Com ódio, Herodes pereceu. Com amor, Jesus venceu! Então se eles todos juntos em harmonia triunfaram, porque não haveremos nós?


Meus irmãos e amigos. Ignoremos toda a parvatagem que nos tolhe o pensamento e, já agora, larguemos os computadores, telemóveis e televisões e olhemos e abracemos aqueles que temos logo ao pé de nós, seja um familiar, um amigo, um desconhecido, um inimigo, um cão, um periquito, um peixe-espada, uma iguana ou uma azinheira. Decerto a nossa vida e o Mundo parecerão muito melhores. Mais do que isso: serão muito melhores.


Boas festas a todos, com um santo Natal e um excelente 2024 repleto de saúde e esperança, são os sinceros votos do pessoal do Pombocaca: Migas-o-Sapo, X-Filer e Inácio Balakov.


Que a caca esteja sempre convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

P.P.S. (Não, não é um novo partido político.): A esta hora, já toda a gente deve estar a pensar que eu me esqueci de alguma coisa, nomeadamente do brinde, não é verdade? Pois não me esqueci não! Aqui está, com abraços e uma boa dose de... calor humano para todos!



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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!