domingo, 23 de fevereiro de 2020

Refinada Selecção: Dr. Camisinha

Vê-se cada coisa na Internet. Umas são parvas. Outras são interessantes. Outras são violentas. Algumas têm o engenho de misturar o interessante ao caricato como forma de cativar a atenção. Este é um desses casos: o do Dr. Camisinha. 

Rodrigo Martins decidiu criar um canal no Youtube acerca de educação e saúde sexual, visando principalmente a promoção de comportamentos preventivos de gravidezes indesejadas e a transmissão de doenças. Nada de mais, não falta propaganda nesse sentido. Acontece que esta destacou-se pelo médico em causa aparecer nos seus vídeos dissertando de bata e... chapéu-máscara em forma de preservativo.

A estratégia não é nova. De facto, muitos candidatos em eleições no Brasil, país de onde provém este doutor, recorrem a esta técnica como forma de chamarem a atenção. E resulta, não resulta? Há é um efeito secundário. Qualquer espectador chegará à mesma conclusão que eu: que, por muito interessante que os vídeos sejam e os seus conteúdos acertados e cientìficamente correctos, o mais certo é tudo degenerar numa barrigada de riso. Ainda assim, gargalhadas com erudição.

O pretendido está alcançado. Muito bem mesmo, parabéns!

Que a caca esteja convosco!!!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Cinema Purgatório: «Guerra das Estrelas, Episódio IX: A Ascensão de Skywalker»

Faz agora por esta altura dois meses que fui ao Cine-Teatro João de Deus (alguém se lembra de ter falado dele há uns anos, fechado e abandonado?) ver o derradeiro capítulo da «Guerra das Estrelas».

Antes de prosseguir, advirto apenas para quem não viu ainda o filme, e friso o «ainda», porque vê-lo-á decerto, que as linhas que se seguem contêm alguns detalhes sobre a acção. Portante, se é esse o teu caso, NÃO LEIAS MAIS, VAI ANTES VER O FILME!!!

Este é o episódio em que fica definitivamente explicado o porquê daqueles bacanos imperialistas dos episódios VII e VIII serem a Primeira Ordem. É que há uma Última Ordem, que são os manos que vêm a seguir para acabar o trabalho dos primeiros. Em suma, tudo gira em torno desta malta e da continuação da aprendizagem da Rey, bem como da verdade sobre a sua origem e a sua demanda por trazer o equilíbrio à longínqua galáxia....

(Espero que os fãs tenham percebido esta.)

Vi e, claro, adorei! Passado este tempo, ainda o filme não me conseguiu sair da cabeça, o que é, aliás, compreensível para um fã. O enredo manhoso e complexo, os efeitos especiais alucinantes, as batalhas e duelos de cortar a respiração, o regresso  do Palpatine... aaaaaaaaaaahhhh! Porém, há uma coisa ou outra que fica em suspenso na nossa mente. Uma é a agonia e morte da Princesa/General/ex-Senadora/o que quer que seja Leia, que me deve ter escapado entre as pipocas e ido parar goela abaixo. A outra é: se este filme é «A Ascensão de Skywalker» mas os Skywalkers morrem todos. Que raio de ascensão é esta? Só se a ascensão aos céus. Não quereriam antes chamar-lhe «A Extinção de Skywalker»?

É certo que ainda deverão pingar mais umas histórias paralelas para fazer render o peixe mas as salas de cinema nunca mais serão as mesmas com o enrolar da fita na última exibição desta brilhante produção.

Mais um filme épico a juntar aos clássicos imortais da História do Cinema. Espectacular, alucinante, brutal, imperdível!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Portugal a caminho da eutanásia

Pois é, eu sabia. As cinco propostas para a legalização da eutanásia foram todas aprovadas, por incrível que pareça, o que ajuda bem a ilustrar os políticos que nós temos. Claro que ainda falta chegar à produção e aprovação de um diploma mas, mesmo que o Presidente Marcelo e o Tribunal Constitucional o chumbem, as regras do jogo garantem sempre a passagem e entrada em vigor da nova legislação, ainda que constitua uma aberração ética, moral e legal. Enfim, é mais um passo no retrocesso civilizacional. A esperança que reservo ainda, porque é a última coisa a morrer e não está sujeita à eutanásia, é que depois de tempos, tempos vêm. Pode ser que, um dia, ainda venha a haver quem saiba e consiga para grandes males dar grandes remédios e endireitar este país neste e noutros muitos aspectos. Caso contrário, tudo indica que, por este andar, apenas se aguarde um único e derradeiro destino a Portugal: a eutanásia. Alguém duvida? Então é comparar com outros inúmeros exemplos na História e esperar para ver.

Da minha parte, toda a gente que me conhece sabe que, dê por onde der, apenas pretendo para mim a morte com dignidade, que é a da coragem para enfrentar as adversidades e de pé, como uma árvore, a resistir ao fogo que a consome. Assim é o guerreiro, assim é a honra, assim é a dignidade.

Longa vida a Portugal!

Que a caca esteja convosco!


PS.(nada a ver com o partido e seus outros parceiros de morte assistida): NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Eutanásia: descivilizacionização ou a questionável dignidade da morte

Vai dia 20 a votação na Assembleia da República um conjunto de propostas que visam a despenalização e legalização da eutanásia, a possibilidade de alguém, face a uma situação de doença grave e incurável, determinar a sua própria morte. Apesar da polémica que envolve um tema tão sensível, pouco se tem falado do assunto. Interrogo-me quanto a se não se deverá ao generalizado desinteresse da população pela política, causado pelo descrédito geral da classe e, muito em particular da sobredita instituição.

Eu sei. Estou já habituado a abraçar causas perdidas e antevejo já que esta será mais uma. Porém, pode toda a gente que vier chamar-me antiquado ou o que quer que seja que eu sou contra a eutanásia. De facto, sou tão contra que nunca a apliquei a nenhum animal meu, e já tive muitos, nem o hei-de aplicar, seja por que razão for. Nós, humanos, ainda temos abstracção de raciocínio suficiente para pensarmos além do nosso instinto de sobrevivência. Eles não, pois, em geral, neles impera a sua necessidade de auto-preservação. Portanto, duvido que algum cão ou gato ou vaca ou ovelha ou galinha ou ser que tal decidisse suicidar-se ou pedir que o matassem, pelo que nunca poderia tomar por eles uma decisão dessas.

Vamos ser absolutamente objectivos. Pondo de parte todas as questões religiosas, que dariam pano para mangas de discussão sem que se chegasse a grande conclusão, apresento seis razões para a minha total aversão à eutanásia.

1 - A LEI - Este deveria ser o ponto onde a problemática se deteria. O Artigo 24º da Constituição diz que «a vida humana é inviolável». Posto isto, uma proposta que visasse permitir a eutanásia nunca poderia sequer ser apresentada por violar a lei fundamental do país. No entanto, toda a gente sabe que a Constituição é letra morta. Ninguém a respeita nem faz dela caso. Neste aspecto, a despenalização do aborto já deixou isso bem patente.

2 - MÉDICOS  E ENFERMEIROS TRATAM - O pessoal que tão devotamente labuta nos hospitais e centros de saúde têm o dever de tratar os seus pacientes. Lembremos o Juramento de Hipócrates, proferido pelos recém-formados em Medicina, em que se professa a defesa absoluta pela vida humana. Ora matar é, por natureza, contrário ao seu ofício, pelo que jamais uma situação dessas seria possível. Médicos e enfermeiros tratam, não matam. Por outro lado, como se sentiria alguém ao ser tratado por quem deliberadamente e no exercício do seu ofício matou outrem?

3 - SUICÍDIO POR INTERPOSTA PESSOA, ISTO É, HOMICÍDIO - No fundo, a eutanásia é suicídio, só que por interposta pessoa porque, não podendo o próprio cometê-lo, deixa determinado que alguém o faça. Portanto, suicídio é alguém acabar com a sua própria vida. Então e acabar com a vida de outrem não é homicídio? Ou será que temos aqui uma dualidade de critérios? Como pode um estado proibir a morte de pessoas alegando a inviolabilidade da vida humana e castigar quem o faz e, ao mesmo tempo, não punir quem o leva a cabo só por ter sido a pedido de quem morre? Parece que, nestas circunstâncias, a proibição não é absoluta e a Lei, afinal, não é igual para todos.

4 - OPORTUNISMO CRIMINAL - E já agora, não dará esta despenalização azo a que haja ocasião de se levarem a cabo assassinatos disfarçados de eutanásias? É que, por muito bem feita, bem intencionada, restrita e cautelosa que qualquer lei seja, há sempre quem encontre formas de a contornar para fins ilícitos. Alguns dirão que assim não valeria a pena haverem leis. É verdade, há sempre o risco de ilicitude, até mesmo usando a lei a seu favor. Porém, se não se fizer uma porta, não se poderá por ela entrar, certo? Uma vez que uma lei que despenalize a eutanásia não só não é necessária como não é lícita nem se enquadra nos padrões culturais da civilização portuguesa, não faz sentido criá-la. Mantê-la proibida forçará qualquer homicídio a ser tratado como tal. Legislar em seu favor pode permitir a ocorrência de graves crimes dissimulados e/ou desculpados como eutanásia. Alguém duvida? Pois lembremo-nos, por exemplo, do encobrimento de alguns assassinatos por via, por exemplo, do cada vez maior recurso aos crematórios. Acho que é escusado enumerar casos.

5 - ABERTURA DE PRECEDENTE - Em Portugal, país em franca decadência, dirá desta época a História em séculos vindouros, há a mania, principalmente da classe política, de, não se querendo ou podendo resolver um problema, deixa-se de o considerar como tal e ignora-se-o. Nas últimas décadas, temos vindo a assistir a uma espécie de «holandização» do nosso país. Com a despenalização do aborto, a situação chegou a um patamar de maior gravidade, posto que já nem os bebés estariam legalmente a salvo. Uma eventual legalização da eutanásia abriria um precedente para algo de consequências difíceis de equacionar mas que podem ser imaginadas por algumas mentes mais catastrofistas, se tivermos em conta que a população se está a tornar envelhecida e, por consequência, de difícil sustento para os actuais moldes da Segurança Social e custo orçamental elevado para o Serviço Nacional de Saúde, como o tratamento de algumas doenças não necessàriamente relacionadas com a idade avançada também o é. Não sei se me estou a fazer entender. A Caixa de Pandora está aberta. Resta saber quando é que alguém a conseguirá ou sequer a quererá fechar.

6 - ESPERANÇA - Imaginemos que se legaliza a eutanásia. Uma pessoa tem uma doença terminal e decide pôr termo à sua vida. No dia seguinte à sua morte, é descoberto um tratamento inovador que lhe minoraria o sofrimento, melhoraria a qualidade de vida ou até permitiria a cura da sua enfermidade. E agora? Como é que é?

Para além disto, há ainda a discussão em torno daquele frequente argumento da parte dos eutanasistas segundo o qual a eutanásia permite a quem o desejar uma morte com dignidade. Expressão curiosa, «morrer com dignidade», decerto inventada e proferida amiúde e maioritàriamente por quem goza de plena saúde e tampouco faz ideia do que é ser digno. Partindo do princípio que a eutanásia é um suicídio por interposta pessoa, isto é, um suicídio para quem morre, depressa se põe em causa a alegada dignidade. O suicídio é apenas uma forma rápida de contornar um problema. Ainda por cima, uma forma cobarde pois contorna-o porque não o consegue ou sequer pretende enfrentar. Pior que isso, empurra a culpa e a responsabilidade do acto para cima de outrem, o que faz da eutanásia uma acção egoísta... e daquele a quem se recorre um homicida, como já vimos.

Muitos dirão que eu não sei do que falo mas eu digo que tenho a perfeita noção do sofrimento inqualificável que faz qualquer herói desejar o termo da sua tormenta pela via do finado. E é aí que se revela a verdadeira dignidade. A morte com dignidade é a morte do guerreiro, é resistir e lutar pela vida até ao último instante, haja ou não esperança; é resistir à tentação dos doces facilitismos; é encarar com a possível coragem o sofrimento e com humilde resignação, de espada e cabeça erguidas, o abismo do derradeiro destino. Morrer de pé, como as árvores, isso sim, é fazê-lo com dignidade e ser-se dado como exemplo e merecedor da admiração geral.

Contra mim falo pois só Deus sabe se não virei a padecer as mais cruéis tormentas de que aqui falo.

Caros leitores. Não desçamos ainda mais nesta escadaria da degeneração civilizacional que tanto tem afectado a pátria lusa em particular e o dito «mundo ocidental» em geral. A solução reside sempre na vida e na prestação de cuidados em prol dela, nunca nos facilitismos da morte.

NÃO À EUTANÁSIA!!!

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Insanidade trumpiana (só mais uma)

Vamos rir um pouco? Ao ataque!

Donald Trump disse:

«Jamais deixaremos o socialismo destruir o sistema de saúde americano.»

E eu pergunto: que sistema?

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

---------------- ATENÇÃO -----------------

AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!