Estamos a chegar a mais uma época festiva dos Santos e mais uma vez deixo aqui o apelo. Não nos esqueçamos daquilo que é nosso, puro e original. Lembremo-nos da nossa festa dos bolinhos ou do pão por Deus, festividade de raízes muito antigas e com origem nos tempos das culturas pré-romanas em que os vivos iam deixar oferendas aos seus entes queridos mortos e outros, normalmente os mais pobres, pediam pão como paga para rezarem pelas almas desses. Séculos após séculos, numerosas gerações de crianças (pois a uma criança não se nega pão) vagueavam pelas ruas e campos a pedir para depois, no dia 2 de Novembro, Dia dos Fiéis Defuntos e, como consta em alguns documentos antigos, «Dia do Pão Por Deus», repartir pelos mais carenciados, com frequência os próprios.
Hoje em dia, há quem diga que devia ser Natal todos os dias. Na realidade, bêque-me é mas é Carnaval todos os dias. O costume anglo-saxónico e fortemente americanizado e comercializado do Dia das Bruxas veio fazer tábua rasa sobre esta antiga tradição nossa. Agora, em vez de gaiatos a pedir bolinhos ou pão por Deus, temos bandos de pirralhos disfarçados de criaturas das trevas a pedir doces sob a ameaça de pregar alguma partida. Muito bem, temos aqui as bases dum curso para futuros chantagistas e os diabetes agradecem tanto açúcar.
Já sabes como é que é. Se veres alguém disfarçado de bruxa ou de Drácula «à lá Christopher Lee», aplica-lhes uma bolinhada na abóbora que é para lhes... derreter as calorias!
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário