domingo, 5 de outubro de 2025

Nada recomendado: MEO

 Nunca fui grande adepto de telemóveis nem fiz grande questão de ter um. Porém, já há cerca de 25 anos, mais ou menos, ofereceram-me um. Estava ele vinculado à T.M.N. e tinha um tarifário que me servia perfeitamente, uma vez que era raro telefonarem-me e ainda mais eu telefonar a alguém. Era o Paco, sem carregamentos obrigatórios e apenas como única obrigação fazer uma despesa mínima, fosse em chamada ou mensagem, a cada três meses, caso contrário, o cartão seria bloqueado. Mesmo assim, isso aconteceu-me pelo menos duas vezes, sendo que numa delas o tive assim durante cerca de um ano até o ir desbloquear. Entretanto, a T.M.N. foi absorvida pela MEO, pertencente ao grupo Altice, e tudo mudou. Passei a pagar primeiro 50 cêntimos e depois 1 euro por mês e os custos das chamadas e das mensagens foram subindo de forma galopante. Ao mesmo tempo, o trabalho obrigou-me a contactos cada vez mais frequentes. O bom do Paco tornara-se incomportável.

Entretanto, este ano fui contactado pelos serviços da MEO. O Paco estava em processo de extinção e, como eu era um cliente antigo, sugeriam-me um outro serviço, o Uzo, por 5 euros por mês e condições muito vantajosas para mim. Não tendo opção, aderi. Tudo funcionou bem, apesar do aumento, dois ou três meses depois, para 6 euros por mês, até ao dia 9 de Julho. Já há cerca de um ano e meio, pouco mais, que eu era insistentemente contactado por empregados da empresa a querer convencer-me a adquirir pacotes de serviços, os quais eu sempre recusei, até porque não tinha possibilidades quer técnicas quer de disponibilidade quer monetárias para tal e nem sequer vontade disso. Alguns funcionários foram simpáticos e cheguei até a conversar alegremente com eles sobre tudo menos aquilo que eles me pretendiam vender. Outros, mais sérios, tentaram afincadamente mas sem sucesso impingir-me os serviços. Outros ainda foram tão arrogantes que eu nem hesitei em mandá-los passear da forma mais educada que consegui. Porém, a situação era chata pois tive alturas em que quase todos os dias ou até várias vezes por dia era era interpelado por empregados da MEO e deixei de atender chamadas de números que não conhecia, o que foi um problema porque às vezes telefonavam-me nestas condições, eu não atendia e tinha problemas. Consequência: tive de voltar a atender todas as chamadas.

No dia 8 de Julho, logo a seguir ao almoço, nova chamada que verifiquei ser da parte da MEO. O empregado, que não vou nomear, foi simpático e bastante esclarecedor. Dele não tenho, à partida, qualquer razão de queixa. Como é procedimento habitual, identificou-se, perguntou se eu estava satisfeito com o serviço e tinha algo a dizer quanto a isso e «aproveitou a ocasião» para apresentar uma proposta de pacote de telemóvel, telefone fixo, televisão e Internet. Mais uma vez, como fizera aos seus inúmeros colegas antes, expliquei a minha situação e recusei a proposta que ele me fazia, até porque, para princípio de conversa, nem sequer tenho rede no lugar onde moro. Perguntou-me qual era a minha morada pois queria verificar esse dado. Aproveitei para actualizar um dado a isso referente. Depressa concluiu que não havia rede ali, a não ser por satélite. Propôs-me, ainda assim, que, uma vez feita uma instalação, se eu associasse um segundo número móvel ao pacote, que ele seria mais barato. Eu disse-lhe que não podia aceitar pelas razões já apresentadas mas, ainda assim, pedi-lhe que, se ele quisesse, que me mandasse a proposta pelo correio ou e-mail e que, se ela se mantivesse quando houvesse possibilidade para isso, então voltaríamos a falar. Dizia-lhe eu isto porque havia comigo quem necessitaria de um serviço para fins profissionais e tinha o número de telemóvel vinculado ao contrato do seu local de trabalho, do qual pretendia sair. Porém, eu tinhade falar com esta pessoa primeiro. Eu jamais poderia decidir por ela. Quis ele verificar o titular desse contrato e pediu-me o número, o qual eu dei. Fez a verificação e concordámos os dois nestes termos: que ele me enviaria a proposta e esta ficaria como um contrato em suspenso para que, uma vez estando tudo conversado entre mim e a outra pessoa e estando ela de acordo, havendo mais tarde condições para instalar o serviço e ainda se mantivesse esta proposta de pé, tratarmos de tudo e procedermos à instalação e activação do contrato deste serviço. Tudo bem.

No dia seguinte, 9, tanto eu como a outra pessoa a que me refiro começámos a receber mensagens da parte da MEO felicitando-nos por termos aderido ao pacote que me tinha sido proposto no dia anterior e com a data da instalação dos equipamentos e tudo. De facto, os contactos do telemóvel dessa pessoa passaram a se apresentar como se fossem os do meu próprio. Telefonei ao funcionário que me tinha contactado e expliquei-lhe a situação, pois eu achava que, de certeza, teria havido um engano, uma qualquer falha processual. Logo me explicou o funcionário tudo tim-tim por tim-tim duas vezes «para que não haja qualquer dúvida», como ele me disse: que quando é feita uma proposta de contrato, seja para concretizar logo ou ficar em suspenso, ela é automàticamente enviada para o serviço que trata da instalação dos dispositivos e que, quanto ao resto, eu não me preocupasse pois enquanto não houvesse aceitação dos termos do contrato e instalação dos aparelhos, o contrato nunca vigoraria e, vencendo o prazo do tarifário que eu já tinha, o Uzo, tudo regressaria ao normal, como se nunca tivesse havido o que quer quer fosse. Impecável, fiquei satisfeito, assim como a pessoa cujo número de telemóvel tinha ficado associado ao meu contrato.

Os dias seguintes foram uma tormenta. A cada passo tentavam telefonar-me e mandavam-nos mensagens para confirmarmos a aceitação do serviço. Uma vez, esperava um telefonema importante que há muito aguardava e saiu-me outro empregado da MEO com outra proposta. Expliquei-lhe também a situação mas ele parece nem ter ligado pois ainda me adiantou que faria uma proposta melhor que a do contrato que eu tinha firmado com o colega dele, proposta esta que era uns 20 euros mais cara. De nada adiantava eu dizer-lhe que não havia contrato nenhum. Farto, desliguei-lhe o telemóvel na cara mas ele telefonou-me de novo! Ao invés pessoal da instalação dos dispositivos é que parecia ter bom senso. Expliquei tudo também à técnica que me contactou e ela compreendeu a situação e desejou-me um bom dia.

Dirigi-me a um estabelecimento da MEO assim que me foi possível. Não nos foi possível resolver a situação pois ali não tinham competências para isso. Entretanto, a situação das mensagens e telefonemas manteve-se. Até a mesma empregada da instalação voltou a contactar-me talvez semanas depois da primeira vez e voltei a expor os factos, para nova concordância dela.

- Se calhar é melhor eu cancelar o pedido de instalação. - sugeriu-me ela, ao que eu lhe respondi com um «sim, por favor» quase de súplica. Certo dia, sem contar com as mensagens, tentaram contactar-me 14 ou 16 vezes, nem me lembro já. A gota de água chegou quando, sem qualquer aviso, os nossos serviços foram cancelados e substituídos por tarifários pré-pagos. Enquanto não largássemos mais dinheiro, não teríamos direito a telefonemas, mensagens e outras disponibilidades. Decidimos que nem mais um tostão iria para aquela empresa que tanto maltratava os clientes que a sustentavam. Chegara a hora de pôr um ponto final na situação. A MEO já não era o MEU operador.

Procurámos outras empresas, pesquisámos por tarifários e pela cobertura de rede na nossa região e fizemos então a nossa escolha. A 10 de Agosto, fomos fazer cada um o seu novo contrato numa outra operadora.

A MEO nada tem a ver com a boa velha T.M.N.. Há muitos anos que, verdade seja dita, também talvez por ser a maior operadora de telecomunicações de Portugal, é aquela contra a qual maior quantidade de queixas tem. Nunca tive motivos de maior até esta situação, embora ouvisse muitas histórias. Agora que passei por isto, interrogo-me. Que espécie de empresa é esta com procedimentos automáticos que desrespeitam a vontade do cliente? Em que é fomentada a competição entre os empregados, que se degladiam entre si para roubar clientes uns aos outros? Em que não há comunicação uns com os outros? Em que os clientes são constantemente importunados, atormentados até, e explorados até à exaustão? Em que se alteram ou se põe termo aos contratos e serviços sem autorização nem sequer conhecimento dos clientes? Isto não é maneira de uma empresa laborar! Contudo, por uma coisa tenho muito a agradecer à MEO. É que, se não se tivesse portado mal comigo, eu jamais a teria mandado à fava. E agradeço-lhe porque mudei para melhor. Hoje estou satisfeito com o singelo mas fiável e barato serviço que tenho. Agora só espero que este operador seja tão meu amigo como diz que é. Com muita sorte, daqui por outros 25 anos logo direi de minha justiça, se eu ainda continuar a calcorrear este mundo.

Conselho a quem queira subscrever um serviço de telecomunicações: MEO NÃO, NÃO RECOMENDO. E a quem tenha um serviço da parte dela, fuja enquanto é tempo. Cartas e sinais de fumo são mais fiáveis do que aquilo.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Parabéns Portugal!

 Caros amigos, espero que este feriado esteja a ser bem usufruído por todos. Hoje é 5 de Outubro. Fazem hoje 882 anos que foi estabelecido o Tratado de Zamora, segundo o qual Afonso VII, Rei da Galiza, de Leão e de Castela e auto-proclamado Imperador da Hispânia, reconheceu Portugal como reino e Dom Afonso Henriques como o seu rei. A intenção era outra mas, na prática, este acordo resultou na independência de Portugal.  Quer isto dizer que o nosso país está de parabéns. E que parabéns! Como é que um país não só aguentou tanto tempo como ainda se mantém apesar de não ter nem fronteiras efectivas nem moeda própria nem classe governante que se aproveite nem autoridade central nem soberania de facto e ainda ter serviços públicos que ou quase não funcionam ou não funcionam mesmo ou nem sequer já existem, produtividade e economia quase nulas, metade do seu território ao abandono e uma terça parte que nem se sabe a quem é que pertence e um povo em evidente declínio numérico e qualitativo, caído em vícios e distracções, com a língua fortemente corrompida, quase sem cultura própria nem amor próprio nem sentido de auto-preservação e a caminhar para a rápida extinção? Só mesmo um país notável aguentaria uma coisa destas. Parabéns Portugal!

Ah, é verdade, também dizem que a República foi implantada há 115 anos. Que se lixe a República!

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sábado, 6 de setembro de 2025

Zarolhos de Água: O Espelho de Gulliver

 Há uns tempos, estava eu a ver um filme no qual participava Mary Steenburgen (que, para quem não se lembra, fazia, entre outros, o papel de Mary Clayton, a professora que viria a ser a esposa do Doc no «Regresso ao Futuro III») e tive uma espécie de epifania. Acontece que ela também participou na versão que a maioria de nós conhece da adaptação televisiva ao romance «As Viagens de Gulliver», de 1996, gravada em parte em Portugal, na qual ela interpreta o papel de, imagine-se o nome original, Mary Gulliver. Mary Steenburgen, Mary Clayton, Mary Gulliver. Profissão: intérprete de Marias. De facto, há mesmo muitas Marias no Mundo! Depois da parvatagem, avancemos para a sua continuação. Nesta mini-série de dois episódios, ela contracena com Ted Danson, que assume a personagem de Lemuel Gulliver. Ted Danson participou em 102 produções para televisão até agora, se não me engano, mas ficou para a posteridade conhecido pelo seu papel de Lemuel Gulliver. Disso não há qualquer dúvida.




Já passaram uns quantos anos, 29, para ser mais preciso, e Ted, parece nome de ursinho de peluche, sem qualquer sombra de ofensa, antes de louvor, teve a natural mudança que seria de esperar do avanço da idade. E como mudou! Mas a sua imagem de então ficou-me na lembrança de quando a S.I.C. passou o «Gulliver». Acontece que em sou um fã do célebre músico André Rieu, que veio a tornar-se famoso no nosso país escassos anos depois, pouco antes ou depois da viragem do milénio. Quem for a fazer uma comparação entre ambos, ficará espantado como eu fiquei. Esqueçamos o cabelo louro comprido de ambos. Fica-se com a impressão que, ou Ted Danson assumiu outra identidade para se tornar numa estrela dos espectáculos de música clássica e adaptações ao género, ou ele e André Rieu são primos, irmãos... ou quem sabe a mesma pessoa.

Eu sei que as fotografias não são as melhores. Ted Danson não fica na pose mais indicada e André Rieu aqui aparece num retrato relativamente mais recente, não é ele nos anos 90. No entanto, aqui fica o nó na mioleira para dar que pensar, por muito pouco que seja, aos pombos deste pombal de caca.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!


P.P.S.: Recomendo o visionamento tanto da obra de André Rieu como d'«As Viagens de Gulliver». Horas de entretenimento em ambos os casos!

domingo, 31 de agosto de 2025

Tachos para regionalizar fogos

 Há dias, a socialista Luísa Salgueiro, Presidente da Associação Nacional de Municípios, que também dirige a Câmara Municipal de Matosinhos, afirmou que a regionalização permitiria enfrentar melhor  os incêndios e outras situações críticas.

Não percebo em que é que a criação de tachos viria ajudar a acabar com os incêndios. Só se, ao ferver, o caldo derramar-se e apagar o lume. Só pode!

Vamos lá mas é ganhar juízo. A regionalização não resolve nada, só o desemprego dos amigos de quem manda.

Que a caca esteja convosco!



P.S. e outros da mesma ordem de ideias: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Deslizes o caraças!

 Para quem acha que o Pombocaca é um poço sem fundo de estupidez, com toda a razão, aqui vai uma pitada de seriedade para dar um ar de vestigialmente pseudo-intelectual a este recanto fecal da Internet. Eu, que há muitos e longos anos cursei nas áreas das Ciências, quando era pouco mais que um girino, muita utilidade viria eu a achar nestes dados sendo já um batráquio plenamente feito e coachador. Quão ingénuo era...

De certeza que toda a gente já ouviu falar de histórias ou conhece mesmo gente que nasceu ou teve filhos fruto daquilo a que se chama um "deslize". Ora eu, do alto da minha idade, que já se adianta avondamente, posso garantir que muitos ou todos dos que falam usando esta desculpa são mentirosos. Senão vejamos. Quando eu era jovem e até já mesmo adulto, pensava que isto da gravidez era quase tiro e queda mas afinal o atirador é decerto zarolho pois podem haver muitos tiros que a queda pode acontecer ou não. 

Sabendo que:

- a probabilidade de uma mulher jovem e saudável poder engravidar é apenas de 20% em cada ciclo menstrual;

- estas hipóteses diminuem com a idade e têm uma quebra acentuada depois dos 35 anos de idade e ainda se reduzem mais com o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas e com a obesidade;

- os espermatozoides têm um período de vida de cerca de cinco dias que pode ser superior ou inferior mas que o óvulo apenas está apto à concepção durante um dia ou menos;

depressa se chega à conclusão de que, exceptuando casos de invulgar fertilidade da mulher, a ocorrência de uma gravidez é mais do que uma sorte ou um acaso, é quase um milagre. Portanto, das duas uma: ou aqueles que alegam gravidezes com base em "escorregadelas" tiveram mesmo uma pontaria fantástica ou o que aconteceu não foi exactamente um deslize mas sim um campeonato de patinagem.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Sugestão de pena para incendiários

Como de costume, temos tido o nosso país outra vez a ser devastado pelas chamas. Todos nós sabemos que muitos incêndios têm origens naturais, outras em acidentes e outras em negligências. Porém, ninguém venha dizer que uma fatia considerável do que se passa não é causado por criminosos, que toda a gente, sem excepção, sabe perfeitamente disso. Nestes termos ponho-me muitas vezes a pensar, com a mente tolhida pela revolta para com estes comportamentos delinquentes e tento manter a racionalidade para tentar pensar o que fazer com aqueles que atentam contra tudo e todos puxando fogo ao nosso mundo. Certa manhã, estava eu absorto nestes pensamentos quando num ápice fui iluminado por uma solução hipotética para este dilema. Eis a minha proposta quanto a como castigar incendiários, dentro dos quais incluo os seus mandantes.

 Imagino o seguinte. Vamos supor que era eu a mandar. Alteraria radicalmente a lei. Em primeiro lugar, acabaria com o cúmulo jurídico. Todos estamos de acordo que, por exemplo, não faz sentido punir de igual modo quem mata um e quem mata cem, certo? Depois, o crime de fogo posto passaria a ser punido com um tanto em prisão e multa por hectare de área ardida mais as agravantes correspondentes às infra-estruturas danificadas e/ou destruídas. A esta pena, acrescentar-se-ia a multa correspondente à área ardida e aos bens destruídos e/ou danificados e às indemnizações aos lesados pelas mesmas razões. Para além da pena de prisão e multa, teria ainda a obrigação de replantar o arvoredo nas áreas afectadas e participar nas limpezas e recuperação dos bens danificados e/ou destruídos e, se tivessem havido feridos e/ou mortos, custear todas as despesas de tratamento e/ou funeral e assistir pacientes em unidades de queimados.

De certeza que pensariam duas vezes antes de puxarem fogo ao que quer que fosse, tal não seria o encargo com que ficariam, porventura perpétuo. Infelizmente, tais medidas nunca serão tomadas, visto que os interesses são muito poderosos, tanto que condicionam governos, não tenho a menor dúvida.

De facto, para que, sendo eu a mandar, uma norma destas fosse instituída, seria preciso que eu instaurasse uma ditadura, uma vez que jamais a Assembleia da República a aprovaria. Ora uma ditadura é algo que nenhum de nós deseja, espero eu.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 3 de agosto de 2025

Governo sem pára-quedas... nem médicos...

 Depois de um primeiro mandato, incompleto, em que o Governo de Luís Montenegro se assumiu como tão esquerdista ou direitista como o de António Costa, e em que até não esteve nada mal, eis que chega ao segundo mandato, que pelos vistos também vai ficar incompleto, e começa logo a descarrilar, ou melhor, a despenhar. Esqueçamos para já as questões relativas às novas leis dos estrangeiros, que são pouco mais que meras manobras de diversão. Como se não bastasse o Governo parecer estar a dar o não é não por não dito, ainda há a situação cada vez mais grave no Serviço Nacional de Saúde. Num mês resolver-se-ia o problema? Pois já lá vão anos sem que a decadência se atenue. Aliás, está tudo pior a caca dia que passa. Temos também um regresso em peso às malfadadas parcerias público-privadas, cujos resultados já se constatou nem sempre serem os melhores para o Estado e, consequentemente, para os contribuintes. Depois, contagiado pela súbita e inexplicável febre que acometeu o executivo anterior, decidiu privatizar a T.A.P., agora que já estava a dar outra vez lucro. Temos agora a habitual época de incêndios em que, como de costume, tudo e mais alguma coisa vai arder, prejuízos e tragédias multiplicar, vão-se fazer estudos e na prática vai ficar tudo na mesma, só com mais uns quantos eucaliptos. Também aqui chegou outra maleita: a das evacuações. É só evacuar, evacuar, parece que está o país a levar com um clister e depois é a limpeza total. Por este andar, Luís Montenegro e o seu colectivo têm os dias contados e o conto só não é de maior brevidade por causa das limitações que a Constituição confere aos primeiros e últimos seis meses dos mandatos do Presidente da República. Senão, caso contrário, no princípio do ano que vem iríamos todos outra vez para eleições. Mais digo: que os políticos em geral e alguns de entre a comunicação social estão de parabéns. Isto, claro, se a intenção é conduzir o Chega ao poder.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 29 de junho de 2025

Apontamentos sobre as Marchas Populares de Lisboa

 Vou confessar-vos uma coisa. Eu adoro festas populares! É a alegria contagiante da animação, da côr, da música, também até do cerimonial, enfim, é o pulsar da tradição que nos faz o sangue exultar pelos nossos corpos! Como tal, e se possível, eu tento ver as transmissões dos Casamentos de Santo António e as Marchas Populares. Este ano tive a oportunidade que já há muitos anos não tinha de poder assistir às marchas de fio a pavio. Como sempre, espectaculares, impecáveis, magníficas!

Haviam marchas com trajes e adereços muito elegantes, elaborados e engraçados, como as de Alfama, Carnide, Boavista, Lumiar, Bairro Alto, Olivais, Alto do Pina, Mouraria, Madragoa ou São Domingos de Benfica, mas que tinham temas cujas melodias e/ou letras não conseguiam ser brilhantes como o resto ou repetitivos ou coreografias que podiam ter sido melhores, embora algumas destas tivessem conseguido conjugar todos os parâmetros na perfeição. A do Alto do Pina, por exemplo tinha uma óptima coreografia e a solução engenhosa das luzes dando a ideia de água a derramar-se. Da do Lumiar adorei o mastro e as saias que se levantavam em balão. Genial! E estas só para nomear algumas.

 



No entanto, fiquei aqui com algumas pulgas atrás das orelhas, as quais gostaria de partilhar convosco.

(Coisa bizarra, não é? Onde é que já se viram sapos com pulgas ou sequer orelhas?)

 

1 - A Grande Marcha de Lisboa - Desta vez, a música que venceu o concurso para grande marcha, o tema único que todas as colectividades vão tocar, cantar e marchar, foi o «Alma de Lisboa», de Eugénio Lopes. Alguém conhece? Não? Pois é o Gimba, autor de tudo e mais alguma coisa do mais variado e extremo possível, desde os temas da «Prova Oral» e d'«O Homem Que Mordeu o Cão & Outras Histórias» ou «Praias de Lisboa» das Royalletes até ao quase inaudível «É Só Copos, Copos, Copos». Esta grande marcha não é das mais notáveis da História da Música mas é bastante alegre, melódico e marchável, de boa qualidade. Tomando atenção à letra e olhando à presente conjuntura, com a capital invadida por hordas de turistas e quase que tomada por fundos de investimento imobiliário mormente estrangeiros, que ameaçam aniquilar a tradição e casas históricas, como a referida Ginginha, e varrer os lisboetas da cidade para fora, ficamos quase com a impressão de estar a ouvir uma reedição do «Lisboa, Não Sejas Francesa». Há dúvidas? Atentemos a estes versos.

«Ela é tua e minha

Ela é de quem nasceu aqui.

(...)

Ai ela é nossa

É toda nossa.»

Estes versos são a chave de tudo. A música fala na «alma» de Lisboa como se ela fosse a própria Lisboa. Pode parecer uma errada impressão minha mas parece que a «ela» da canção é mais do que a alma, é Lisboa. Faz sentido. O povo e o seu território são duas partes da mesma coisa, certo? Foi assim que aprendi.

Na transmissão televisiva, que vi posteriormente, houve, não me lembro quem, quem tivesse referido que Lisboa era uma cidade multicultural e que esta música traduzia isso mesmo visto possuir uma volta de notória inspiração brasileira. Resta saber é onde, porque não dei por isso. Ou então não ouvimos o mesmo tema.


2 - Alto e Pina o bairro! - Logo à entrada, os marchantes gritam por três vezes «Alto! Pina!» O grito parece feito de forma imperativa. Se é assim e eles mandam, quem somos nós para repudiar a determinação, hehehe!


3 - Ogres nas marchas? - A marcha de Alcântara era formidável, com bom tema musical e esplêndida coreografia e bem executada, com todos sincronizados. Porém, os trajes não me cativaram.Mais estranho que tudo foi o porta-estandarte, que destoava completamente de todos os colegas e vinha com a cara pintada de verde. Qual a ideia? Das duas uma: ou aquilo foi um improviso bizarro de última hora por causa de um problema qualquer, que eu duvido que o tivessem querido fazer de propósito, ou o Shrek participou nas marchas lisboetas. Ainda haveremos de ver Scully e Mulder a investigar esta aparição.



4 - Filme de série B - Fiquei um pouco desapontado com a marcha de Benfica, pobre em todos os aspectos, do tema à música, passando pelos trajes. Parece que houve falta de imaginação e que tudo foi feito à pressa. É pena. Muito se poderia ter feito sob a égide do cinema. Melhores anos virão, com certeza.

 


5 - Fui chamado à atenção para um detalhe grotesco. É impressão minha ou as casas dos adereços da Marcha de São Vicente estavam a arder? É alguma alusão aos grandes incêndios do passado? Um "cuidado não vá haver outro Chiado"?




6 - As «mulheres de meia porta» da Bica - A marcha da Bica foi, no mínimo, reprovável, já para não dizer escandalosa. O tema escolhido foi desapropriado e indecoroso mas houve quem tivesse falado, não sem razão, em escandaloso. Concordo. As marchantes vinham de vestido curto, cintas de ligas e mamas em bicos, à falta de melhor descrição. Assim que chegam, gritam:

«Vira aqui, vira acolá, 

O que é da Bica, a Bica dá.»

E pelos vistos, deu mais do que deveria. Estas figuras eram a representação das prostitutas, visto que é na Bica que fica o Cais do Sodré, zona outrora de má fama e conotada com a prostituição. Estas «mulheres de meia porta», que em certas passagens diziam ser de porta e meia, que iam esperar os marinheiros, eram as prostitutas. Daí que os membros masculinos da marcha viesses vestidos de marinheiros com as calças desabotoadas. Logo, a marcha da Bica deste ano foi uma espécie de homenagem à prostituição. Bizarro... Não creio ser assunto digno de homenagem, antes sim de reprovação e combate. Por isso, não sei se as marchantes acharão graça a chamarem-lhes «p#74$» e eles serem apontados como «p#74%/&!=0$». Eu pelo menos não aceitaria marchar orgulhando-me de ser prostituta ou o idiota dum cliente marujo. A música era muito repetitiva e exaltadora da actividade. A coreografia,  que a certa altura parecia um can-can de cabaré reles, em particular na parte em que elas levantam os rabiosques e os exibem à multidão e aos telespectadores, ainda ajudou a acentuar mais isso e não achei isso apropriado à ocasião. Mais uma vez, eu não sei se gostaria que me vissem a retaguarda pela televisão em todo o Mundo ou a de uma esposa, namorada, filha, neta ou até mãe. Caramba, são as festas de Santo António, por amor de Deus! Mas creio que tirando este aspecto, não foi a pior.





Enfim, há sempre uma ou outra pérola. Contudo e em geral, as marchas são lindas!

Que a caca esteja convosco!



P.S.:NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Prognósticos? Já não digo mais nada!

 Estou aborrecido.

Disse que o Durão Barroso nunca seria primeiro-ministro e chegou lá.

Disse que o Jorge Jesus nunca treinaria o Benfica e treinou.

Disse que o Jorge Jesus nunca regressaria ao Benfica e regressou.

Disse que o Gouveia e Melo nunca se candidataria à Presidência da República e ele deu o dito por não dito e candidatou-se. Mas onde é que o homem tinha a cabeça para ceder assim a pressões? E ainda por cima para se apresentar como candidato em vésperas de eleições legislativas? Não sei quais as suas ideias e propostas, o seu perfil e características, mas este arranque atabalhoado não me deixou impressionado pelo melhor. Vejamos como decorre o que há-de vir.

Já eu, aqui o Migas-o-Sapo, reconheço que sou um péssimo analista e vou ver se aprendo mas é a ficar calado que é para evitar mais canibalismo, que eu estou farto de engolir tanto meu congénere!

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Ainda as eleições

 Não tive oportunidade de escrever mas a quem me ouviu, eu disse que destas eleições sairia um resultado semelhante ao das anteriores. A A.D. voltaria a ganhar mas sem maioria absoluta. O P.S. levaria no toutiço e com justiça, até porque, enquanto líder, Pedro Nuno Santos estava queimado à partida e não era nem ave nem morcego. P.C.P., Bloco de Esquerda, P.A.N. e Chega perderiam votos e deputados e Iniciativa Liberal teria uma pequena subida. É verdade que ficou quase tudo na mesma, diga o que disser a comunicação social, mas não deixei de sentir uma pequena surpresa com a introdução do J.P.P. na Assembleia, a descida da Iniciativa Liberal e uma maior subida do Chega, contrária à maioria das sondagens, que o acreditava já para além do zénite e agora em rota descendente. E é neste último que se focou toda a conversa dos dias seguintes.

Ouvi muitos analistas e políticos opinarem da forma mais ridícula possível perante a contínua ascenção do Chega. Bastava alguém sair à rua e ouvir a população para saber as razões. Não houve nenhum voto de protesto, isso é uma invenção dos comentadores, não existe. Houve até quem dissesse que afinal existiam por aí mais fascistas escondidos do que se pensava. Ora não creio que grande parte do povo seja convictamente fascista. As pessoas estão é descontentes. Os partidos que se alternam no poder são sempre os mesmos e fazem sempre o mesmo e os restantes com assento parlamentar parecem pouco mais que meras variantes dos outros. A arraia-miúda deixou pura e simplesmente de acreditar neles e agora vira-se para quem, credível ou não, não o discuto, vem prometer resolver os problemas do país em termos com os quais muitos concordam. Como se não bastasse, o Chega tem sido um alvo constante de ataques indiscriminados quer dos adversários políticos quer da comunicação social, o que só tem ajudado a dar razão a este partido quando se queixa de ser vítima de perseguição e a  alimentar-lhe a popularidade. Portanto, André Ventura tem muito que agradecer a Ricardo Araújo Pereira, Joana Marques e outros que tais.

Quanto ao resultado do ponto de vista de Luís Montenegro, vem dar-lhe legitimidade para calar os adversários e continuar a governar... mas de forma muito relativa. Aliás, não fossem as limitações de poderes presidenciais nos últimos e nos primeiros seis meses do mandato e para o ano que vem teríamos novas eleições, quem sabe se não com o desaparecimento do P.A.N., do Bloco de Esquerda e do P.C.P., que, a bem dizer, não parecem fazer falta nenhuma, e a hipótese de uma eleição cheguista.

A ver vamos daqui por uns dois anos, no máximo.

Que a caca esteja convosco!



P.S. (não o partido, que se entalou em grande ficou a contar Carneiros): NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Considerações sobre eleições

 Caros colegas de pombal


Gostaria de ter explorado alguns temas antes das eleições do mês passado. Infelizmente, não me foi possível, pelo que deixo agora aqui breves e resumidos tópicos, nem que seja para memória futura.

Voto correcto: útil ou convicto

Fala-se muito no voto útil, aquele que se dá de forma a beneficiar ou prejudicar determinada candidatura ou determinadas candidaturas. Desta forma, prescinde-se de se votar em quem à partida seria o objecto do voto para que um outro objectivo, considerado mais importante, seja alcançado. Ou seja, muitas vezes um voto seria direccionado para uma candidatura que, à partida, não sortiria efeito prático, normalmente por se saber que não tem impacto na vivência política e que não vai ser eleito, considerando-se assim este voto inútil e que apenas serve para dispersar votação. Votando de forma «útil», os votos concentrar-se-iam em candidaturas com relevância política e capacidades de ganhar ou causar impacto na governação. Na minha maneira de ver, a teoria do voto útil não funciona e é um absurdo, visto que retira qualquer possibilidade de candidaturas menores se fazerem notar ou causarem impacto ou até ganharem um escrutínio, impedindo uma renovação política. O próprio princípio em si de votar em quem não é o alvo da nossa preferência é uma incoerência e vai contra a essência da própria eleição. Portanto, um voto só me parece correcto se o eleitor votar na candidatura que lhe merece confiança e na qual se revê. O contrário não tem qualquer lógica, seja em que circunstância for.


Liberdade ou obrigatoriedade

De vez em quando há iluminados que aparecem com ideias recorrentes. Esta é uma delas. Com frequência antes ou depois de algum escrutínio e perante os números sempre pesados da abstenção, há alguém que vem sugerir que o voto deixe de ser um direito para passar a ser uma obrigação. Segundo esta hipótese, quem não fosse votar deveria ser sancionado com uma multa ou um agravamento fiscal. Este cenário verifica-se nalguns países, como a Bélgica. Creio que não é a melhor forma de encarar o problema e que isso só vem mascarar o descontentamento que existe entre a população para com a classe política. Aliás, a liberdade de voto não se coaduna com este processo que alguns pretendem. Da minha parte digo sem margem para dúvidas: a partir do momento em que o voto passasse a ser obrigatório, eu não votaria mais enquanto esse princípio não fosse revogado. Devemos ter o direito de votar e não a obrigação. Ser obrigado a votar é igual a ser obrigado a não votar. A partir do momento em que se obriga alguém a votar, quem fica a perder é a Democracia e a Liberdade.

 

Analógico ou digital? O voto electrónico.

Também se fala muito na introdução do voto electrónico. Não sou fã nem acredito na sua eficácia. Sem dúvida que reduziria as despesas em papel e meios de transporte e segurança mas a necessidade de computadores e programas e, logo, técnicos informáticos, obrigaria a outro tipo de despesas e a negócios muito lucrativos para certas partes, como se pode ver nas escolas antes com os manuais, depois com as calculadoras gráficas e agora com computadores, e isto só para dar um de muitos exemplos. Ora as eleições não devem ser negócios. Por outro lado, os sistemas informáticos, por muito bons que sejam e por maior que seja a qualidade das suas protecções, estão sempre sujeitos a ataques e adulterações relativamente fáceis. Por isso, e embora seja mais moroso, não há hoje método de voto secreto melhor do que a da cruz feita num boletim de papel depois enfiado numa urna.  E mais digo: que o sistema de contagem deveria ser feito à vista de todos, como se faz em Timor, como forma de não deixar qualquer margem para dúvidas.


Abstenção

Votar é tanto um direito quanto não votar. Porém, parece haver uma pressão no sentido de levar a que as pessoas votem, pelo menos da parte dos políticos. Com perturbadora frequência, oiço gente dizer, mesmo na comunicação social, «não deixe que os outros decidam por si». Quando oiço esta expressão, fico sempre desconfiado. Se alguém decide não votar, apenas está a excluir-se a si próprio da votação, a abdicar naquele instante do seu dever, não são os outros que vão votar no lugar dele. Ou será que são? Para bem da Democracia, espero bem que não se verifiquem verdadeiros certos rumores que às vezes soam por aí nesse sentido, se é que me faço entender. 

Outro aspecto a ter em conta é a falta de compreensão dos analistas, comentadores e, acima de tudo, políticos quanto a esta matéria. Em breves palavras, as pessoas dizem abertamente que não vão votar porque não estão para perder tempo com gente que consideram ser «toda a mesma canalha», isto é, que, nos seus dizeres, só se importam com os seus próprios interesses e não se interessam pelos problemas do país. Alguém vai ter de aprender uma lição mais cedo ou mais tarde com a elevada abstenção e também aprender a ouvir o povo.

Debate ou entrevista

As eleições dos últimos anos tornaram-se verdadeiros circos mediáticos comparáveis às mais decadentes temporadas do «Big Brother» e afins, ou seja, vazias de conteúdo e cheias de algazarras, trocas de acusações e insultos e tricas pessoais. Para o efeito, nada melhor que os debates para ilustrar esta época fecal da política. Ver ou ouvir um debate é uma perda de tempo, a não ser para quem queira rir às gargalhadas com um espectáculo deprimente onde amiúde nem se percebe o que e que cada um está a gritar, nem falo em dizer, e durante o qual nenhuma ideia ou proposta é apresentada, analisada ou contraposta. Tal como tenho dito e por estes motivos, nenhum debate é decisivo, ao contrário do que a comunicação social gosta de dizer, nem que ele até decorresse de forma civilizada, nem que um candidato se pusesse de em pelão ou fizesse a saudação nazi. Ao invés, numa entrevista controlada, um candidato pode apresentar as suas ideias e ser relativamente conduzido ou escrutinado pelo entrevistador, o que resultará em proveitoso esclarecimento para os eleitores. Daqui só se gerará desordem se houver numa ou ambas as partes um certo grau de alarvidade.


Estamos esclarecidos?

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Pouca Vergonha IV: Greves

 Não posso deixar passar sem assinalar o seguinte. Durante o período que antecedeu estas últimas eleições legislativas, uma torrente de greves assolou o país. Uma delas em particular destacou-se das restantes, que foi a dos ferroviários, quer pela sua amplitude quer pela duração. Devo dizer que foi mais que lamentável, foi vergonhoso. Como podiam os sindicatos exigir o que quer que fosse se não havia a quem exigir? Parece que se esqueceram que o Governo apresentara a demissão e estava em gestão. Não seria mais proveitoso aguardar pelas eleições, pela tomada de posse do novo executivo, neste caso o mesmo, pelas negociações e pelos resultados destas para tomar uma decisão? É que assim ninguém ficou a perceber qual a ideia, qual a intenção dos grevistas. Desta feita, estes jamais satisfizeram as suas reivindicações e quem se lixaram foram os do costuma, os utentes.

Fica aqui a nota. Juizinho para a próxima.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

De novo regressado... e cansado...

Mais uma vez, estou de volta, regressado de mais uma temporada de labor intenso e com poucas possibilidades de ter continuado a dar à pena informática. Sem dúvida que a cultura, o lazer e a informação requerem tempo, que é o que eu não tenho. Comprova-se: quem passa muito tempo a escrever coisas na Internet, pouco ou nada faz da vida. Vai daí e passou-se mais uma larga temporada sem que eu tivesse dado notícias, o que é pena porque eu tinha muitas matérias das quais gostaria de ter falado, desde comentários a livros, filmes e acontecimentos a Zarolhos de Água e piadas do calibre de parvoíce a que nos habituámos neste parlamento virtual de excrementos de aves. Mas avante, sigamos em frente sem perder tempo!

Que a caca esteja convosco!

P.S.: Não resisto a contar uma dessas piadas que não tive tempo de publicar. Desde dia 8 de Maio que o Vaticano se tornou um lugar perigoso para os sportinguistas. Porquê? Porque dizem que há lá um Papa Leão!

P.P.s.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

segunda-feira, 17 de março de 2025

Pouca Vergonha III: Nacional Mais Uma Vez

 Na passada terça-feira dia 11, foi a debate e votação a tão falada moção de confiança. Como era de prever, foi rejeitada e o Governo caiu. Depois da votação, deu-se algo de tão surpreendente quanto inédito: ao contrário dos aplausos de uma parte e dos protestos de outra que se costumam verificar, desta feita verificou-se silêncio entre as bancadas, com os deputados apresentando um ar abatido e cabisbaixo. Porque seria? Adivinha-se com facilidade. Decerto ressentiram-se todos perante a vergonha que acontecera e com a certeza de que tinham tomado parte numa enorme asneira. O Governo não foi pròpriamente exemplar, nem de perto nem de longe, mas as politiquices e a falta de juízo foram muito além do admissível. Restam-nos mais umas eleições a seguir a outra campanha vazia de conteúdo, como sempre.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

sábado, 8 de março de 2025

Pouca Vergonha II: Nacional

 Nem só lá por fora há escassez de vergonha. Aqui no nosso pequeno mundo também há um défice notável.

Na passada quarta-feira fiz algo que há muito que não fazia. Desde que tenho lembrança de o darem em fazer que acompanhava os debates parlamentares na rádio. Por imperativos laborais, deixei de ter oportunidade de o fazer mas neste dia tive oportunidade e pude voltar a sintonizar a Antena 1 para me deliciar com este espectáculo, ainda que um espectáculo profundamente decadente. Razão teve o deputado António Filipe, referindo-se à Assembleia da República, que afirmou que toda esta situação só desprestigia um lugar já de si com pouco prestígio aos olhos do povo.

O caso já se arrasta há várias semanas sem que daqui venha qualquer benefício para Portugal e explica-se em breves palavras. Luís Montenegro tinha uma sociedade de advogados e uma empresa ligada ao ramo imobiliário. Quando se tornou Presidente do Partido Social-Democrata, em 2021, deixou a firma de advocacia e entregou a empresa de imobiliário à sua esposa. Entretanto, tornou-se Primeiro-Ministro de um governo que aprovou a nova Lei dos Solos, de que já falei e disse que ia dar mau resultado. Um secretário de Estado que criou duas empresas do ramo a seguir à aprovação da lei, teve de abandonar o executivo. Entretanto, a comunicação social «descobriu» esta empresa ligada a Luís Montenegro e fez do assunto um bicho de sete cabeças com alegações de conflito de interesses à medida que as opiniões dos comentadores e dos opositores se ampolavam e inflamavam. Coisa curiosa pois tal não aconteceu com casos idênticos de outros primeiros-ministros, como os mencionados aquando do debate, Mário Soares e o colégio da sua mulher e Pinto Balsemão com o grupo empresarial ao qual pertencia o semanário «Expresso». Pedro Nuno Santos bem criticou Luís Montenegro pelo sucedido, esquecendo que há dois anos tinha sido alvo de igual escrutínio e defendeu uma vida de trabalho e investimentos para além da política. A tal empresa passou para os filhos do Primeiro-Ministro, que bem se explicou, mas isso não impediu que fossem apresentadas duas moções de censura na Assembleia, as quais foram, claro está, rejeitadas porque ninguém quer ser acusado de ser o culpado pela queda de um governo e porque a oposição sabe que umas novas eleições a curto prazo ser-lhe-ia desfavorável: bloquistas eclipsando-se, comunistas em risco de desaparecerem do Parlamento e cheguistas e socialistas com quebra das intenções de voto. Só a Iniciativa Liberal parece estar sóbria no meio desta embriaguez eleitoral, e isto porque sabe que a sua votação vai aumentar. André Ventura, curiosamente, apresentara a primeira moção de censura, da parte do Chega, mas votou contra na segunda, de iniciativa comunista. Já os socialistas abstiveram-se mas afirmam que votarão contra a moção de confiança a debater no próximo dia 12. Mais estranho de tudo, duas coisas. Uma é que está tudo mais que explicado. O Primeiro-Ministro até explicou o que não lhe foi pedido, que foi o caso da compra da casa na Lapa, em Lisboa, para o filho, mas vários partidos, em especial o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda, continuam a exigir explicações e clarificações. A outra é que o Partido Comunista apresentou esta segunda moção de censura mas foram tantas as acusações que lhe foram dirigidas que mais parecia que era ele a ser censurado.

Confesso-vos uma coisa. Não tenho nem pretendo ter qualquer filiação política, nunca votei nem votarei no P.S.D., o que acho que é compreensível vindo de quem passou por dez anos de Governo de Cavaco Silva, e não tenho sequer simpatia por Luís Montenegro, pelo que creio ter legitimidade para dizer o que se segue. Neste caso, acredito que ele está a agir de boa fé e que a oposição não está a prestar um bom serviço ao país. Se o Governo vai cair, como tudo indica que vai, então este é um motivo muito frouxo para tal. Com tantos motivos que há, tinha de ser por isto?

Estamos, de facto, a perder tempo e energia preciosos que poderiam ser empregues a debater e procurar soluções para os tantos, tão graves e cada vez mais e maiores problemas do país. Em vez disso, a política nacional está, como de costume, a fazer-se de manobras de diversão, trocas de acusações, jogadas palacianas e de bastidores, em suma, politiquices, que é tudo aquilo de que o povo não quer saber. Assim vai Portugal caminhando, errático e decadente, rumo a um previsível precipício. Como é que há-de a população de olhar bem aos políticos? Não pode.

Que vergonha...

Que a caca esteja convosco!



P.S.(não o que se irá afundar ainda mais nas próximas eleições, cortesia do seu líder): NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Pouca Vergonha I: Internacional

 Acho que nem vale a pena alongar-me muito com este comentário pois todos nós sabemos que Trump e a sua horda de apoiantes são gente com pouca ou nenhuma vergonha. Para o provar está a recepção feita a Zelensky na Casa Branca há uma semana atrás, onde o Presidente da Ucrânia foi enxovalhado não só pelo seu homólogo americano mas por toda a comitiva que o recebeu. Propositadamente, quanto a mim. Basta ver que o encontro foi transmitido em directo pela televisão. Se tiver sido essa a intenção, acredito que deve ter tido o efeito contrário. Pelo menos num povo de gente normal teria. Por outro lado, e mesmo sabendo que a Ucrânia depende fortemente da ajuda dos Estados Unidos da América, é evidente que Zelensky, se o Tico e o Teco faiscaram entre si na sua «caixa ucraniana», deve ter acabado por concluir que recorrer a este aliado foi o mesmo que fazer um pacto com o Diabo. Mais cedo ou mais tarde, o mafarrico cobraria a alma, ou neste caso os minérios preciosos, em troca da ajuda.

Enfim, numa só palavra, vergonha, que é o que Trump(a) e os seus «lacacaios» não têm mas que a esta hora os Estados Unidos da América devem ter de sobra por terem eleito para a Presidência alguém assim.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Dinamarca e telemóveis: exemplo a seguir

 O Governo da Dinamarca decidiu proibir o uso de telemóveis e tablets nas escolas do país, mesmo durante os intervalos das aulas. A decisão vem na sequência de um relatório apresentado por uma comissão dedicada à apreciação do assunto e que conclui que o uso destes aparelhos é prejudicial aos jovens e não deveriam ser usados por estes até, pelo menos, aos 13 anos de idade. A medida pretende evitar comportamentos aditivos nas crianças e trazê-las de volta ao são convívio entre elas. Não é nada de novo. Decisões idênticas já tinham sido tomadas em França em 2018 e, posteriormente, na Noruega.

Ainda se diz que «há algo de podre no Reino da Dinamarca». Para quando semelhante regra na podre República de Portugal?

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 26 de janeiro de 2025

Miguel Arruda, o «Bagageiro»

Já que falamos de política, que dizer da polémica em torno de Miguel Arruda, o deputado à Assembleia da República acusado de furtar malas pelo menos no Aeroporto da Portela? A fazer fé nas imagens das câmaras de vigilância deste aeroporto, Miguel Arruda aproveitaria a confusão habitual neste lugar para levar malas alheias, vendendo posteriormente alguns dos artigos furtados através da Internet. O deputado alega que as imagens são falsas e podem ter sido criadas por programas de inteligência artificial mas buscas realizadas na sua casa de Lisboa levaram à apreensão de doze malas. Resta saber o que pode ser encontrado na sua casa nos Açores, de onde é natural. Consequentemente, foi constituído arguido.

Como é previsível e comum em muitos partidos, o Chega, que Miguel Arruda representava na Assembleia, pressionou-o a suspender o seu mandato parlamentar e sair do partido se não quisesse ser expulso. De facto, saiu do partido mas nem por isso abandonou a Assembleia, permanecendo como deputado não-inscrito, o que, mais uma vez, causou mau-estar nas bancadas do Hemiciclo.

Não sei como é possível persistirem situações destas, as quais têm vindo a tornar-se recorrentes e cada vez mais frequentes. Na minha maneira de ver, quando os eleitores vão votar nas eleições legislativas, votam em partidos. Se formos a olhar para os boletins de voto, constam lá nomes de partidos, não de pessoas a título individual. Logo, votamos em partidos. Portanto, quando um deputado eleito se desvincula ou é expulso do partido que representa, parece-me lógico que deixa de ter legitimidade para manter o cargo. Deveria abandonar a Assembleia e ser substituído pelo primeiro candidato não-eleito no respectivo círculo eleitoral. Talvez assim se evitassem as quase constantes polémicas e vergonhas que afectam agora o mais alto parlamento de Portugal.

Quem não se fez rogado foi um conjunto de marcas, desde o Ikea ao Licor Beirão, que se inspiraram no sucedido para criarem novas e hilariantes campanhas publicitárias. Há malta que até a dormir sonha com as piadolas que vai contar no dia seguinte. A imaginação não tem limites.


 Publicidade do Ikea, que parece não perder uma ocasião!

Quanto a Miguel Arruda, logo se verá o que vai mais acontecer. Mas aconteça o que acontecer, este é apenas outro caso vergonhoso a manchar a política nacional.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Pedro Nuno Valham-no os Santos

 Esta semana política ficou marcada pela entrevista concedida por Pedro Nuno Santos ao jornal «Expresso». Nela, o Secretário-Geral do Partido Socialista reconheceu que o Governo de António Costa, do qual fez parte, não lidou bem com a questão da imigração e que esta deveria ser regulamentada, bem como que a intenção de interesses necessária à legalização dos imigrantes não sortiu o efeito desejado, criando uma espécie de «efeito de chamada».

Vai daí e deu-se uma série de reacções, até dentro do próprio partido, umas a favor e outras contra.

Calhou anteontem eu ter tido ocasião de ouvir o programa «Antena Aberta» da Antena 1, algo que, por imperativos profissionais, há anos não acontecia. Perguntavam aos ouvintes qual era o balanço que faziam da liderança partidária de Pedro Nuno Santos e não houve um único ouvinte que lhe desse por bendito o desempenho em tais funções. Outra coisa não seria de esperar. Tivesse eu participado e teria dito o seguinte. Enquanto ministro, não só foi um fraco governante como esteve a cada passo envolvido em trapalhadas e polémicas e foi sempre uma pedra no sapato de António Costa. Como o foi no Governo, é-o na liderança do Partido Socialista. Ele apenas continuou a ser o que era. Fala pouco e o melhor mesmo era ficar calado, posto que muitas vezes fala tarde e noutras inoportunamente e sem correcção de conteúdos ou ideias, quando as há. Há quem diga que de quase todas as vezes que abre a boca, as asneiras que saem são tantas que nem deixam as moscas entrarem. Também não é assim mas não deixa de ser verdade que lhe falta visão e conhecimento da realidade e que dá amiúde o dito pelo não dito e muda de opinião a cada passo, no qual se parece muito com uma versão menos reactiva, ou deverei dizer mais apática, do André Ventura. Para «líder da oposição» é fraco e qualquer dia arrisca-se a perder esse título de consolação para o seu referido homólogo do Chega, se ele não for para o Governo. Com tudo isto, para além de outros factores que não dependem dele, o partido tem-se afundado das intenções de voto, de acordo com as sondagens.

Tendo isto em mente, como pode Pedro Nuno Santos falar em preparar-se e ao partido para umas eventuais eleições antecipadas? Ter-se-á já arrependido de ter aprovado o Orçamento de Estado para este ano, que até foi feito muito à base de cedências e à medida socialista, e pretenderá chumbar já, à partida e sem conhecer o seu conteúdo, o para o ano que vem? Ou estará já a pensar numa moção de censura?  Curiosas hipóteses para um Governo quase ou tão esquerdista quanto o Partido Socialista ou para um Partido Socialista quase ou tão direitista quanto este Governo. A diferença entre esquerda e direita em Portugal é pouco mais que relativa aos assentos na Sala do Hemiciclo. Tenho dito. Para todos os efeitos, umas eleições antecipadas neste contexto traduzir-se-iam sempre num tiro no pé dos socialistas que, por este andar, ainda se arriscam a verem-se ultrapassados pelo ainda indefinido Chega.

Quanto à questão que se tornou central na entrevista, acho que, qualquer que fosse a conduta dele face à questão, sairia dela sempre fragilizado. A defesa da insistência socialista (e não só) em manter um não-sistema de portas escancaradas, desregulação total e consequente decadência identitária portuguesa só poderia continuar a levar o P.S. ao descrédito e à impopularidade. O presente reconhecimento dos erros passados e da necessidade de mudanças só pode fragilizar ainda mais a sua liderança mediante o aumento das críticas e da oposição interna e, por consequência, fragilizar o próprio partido.

Em suma, pode ser muito boa pessoa mas não tem qualquer jeito para a política. Eu sempre disse que o melhor candidato à liderança socialista era o José Luís Carneiro, mais calmo, sensato e consensual.

Que a caca esteja convosco!



P.S. (não o que está a ficar lixado): NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Perigosa «Trumpalhada»

 Ainda nem tinha tomado posse e já Donald Trump se mostrava irrequieto em pensamentos, palavras e acções. Uma vez de volta à Casa Branca e desta vez com o apoio do Congresso e do Senado, não perdeu tempo a começar a pôr em prática as suas promessas eleitorais. Ao menos, nisso ninguém o pode censurar.

Muito se fala das deportações de imigrantes ilegais. Contudo, essa medida, que não é nova nem nada de mais, apesar de se falar delas numa dimensão muito superior ao habitual («milhões e milhões», diz Trump) é uma mera manobra de diversão para distrair as atenções de políticos e comunicação social da Europa. Oficialmente, o nome «Golfo do México» já foi substituído pela designação «Golfo da América» na documentação oficial dos Estados Unidos, tal não é a arrogância do novo-velho líder. Acabam os apoios à aquisição de veículos eléctricos (nem sei como é que o amiguinho Elon Musk foi nisso pois dá cabo do seu negócio da Tesla) e regressam os incentivos à exploração de carvão mineral e petróleo, bem como a uma nova campanha de reindustrialização. Não faltam medidas que visam uma certa censura nos meios de comunicação social, em muito graças aos oligarcas que rodeiam, sustentam e dependem de Trump. Mais uma vez, a Administração Federal  retirou os Estados Unidos da América do Acordo de Paris sobre o ambiente e o clima e se não fossem os donativos compensatórios de particulares, este seria pouco mais que papel para reciclagem. Também retirou da Organização Mundial de Saúde, para o qual era o maior contribuinte, levando a entidade a um estado de difícil sobrevivência, apesar do importante trabalho levado a cabo. Equaciona até a saída da N.A.T.O., que até agora tem sido vista por muitos como uma mera extensão do poderio militar norte-americano. Decidiu ainda levar a cabo uma guerra comercial sem sentido com a União Europeia e a China. Porque havemos nós de comprar carros, alimentos e outros produtos americanos se os nossos são melhores?

Mas eis que chegámos ao domínio do grotesco e do verdadeiramente perigoso. Trump pretende anexar o Canal do Panamá, o Canadá e a Gronelândia. A ideia é fazer estes territórios ingressarem os Estados Unidos da América de forma voluntária ou por via de compra e venda. Ora os responsáveis do Canadá rejeitam esta intenção, os do Panamá lembram que o canal não foi um presente americano e, como tal, não têm nada que o devolver, nem que o tivesse sido, e a os da Dinamarca afirmam que a Gronelândia não está à venda. Porém, Trump insiste em ampliar o «Império Americano», já há muito dono do Havai e de Porto rico e o mais influente e poderoso país do Mundo, sob alegações vagas de «segurança nacional», que toda a gente sabe serem a camuflagem para interesses comerciais, industriais e de obtenção de matérias primas. E insiste de forma muito agressiva. Há ainda um incremento previsto do investimento militar que não deixa de ser perturbador. Como se não bastasse, tem os seus lacaios, em especial o ambicioso Elon Musk, a espalhar rumores e instabilidade pelo Mundo e a apoiar movimentos radicais.

Se aquando do seu primeiro mandato nós ainda podíamos dizer que os Americanos eram malucos e rir-nos às custas das baboseiras e percalços de Trump, agora talvez seja mais recomendável prestar atenção ao que não está só do outro lado do Oceano Atlântico mas quase omnipresente a nível global.

O comediante a as suas piadas deixaram de ter graça.

Que a caca esteja convosco!



P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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