A A.D. e o P.S. chumbaram as propostas do Chega e do Bloco de Esquerda para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar os incêndios de 2017. De nada serve pois o partido de André Ventura pretende forçar a formação da comissão por via potestativa.
Já que se fala em Bloco de Esquerda, está a passar por uma fase de convulsão e ameaça desintegrar-se. O mesmo com o P.C.P. que, por mão do seu braço inter-sindical, a C.G.T.P., e, em parceria com a U.G.T., pretende fazer o país avançar para uma greve geral que soa a duvidosa e inexplicável. É que se a proposta de alteração ao Código de Trabalho é insatisfatória, temos de recordar que as negociações continuam, pelo que não é legítimo agir de má fé, como as centrais inter-sindicais o têm aparentemente demonstrado. Para além dos trabalhadores e utentes em geral, como é costume, e também os trabalhadores, quem se lixam são estes dois partidos, já de si agarrados a ideias desconexas da realidade e por consequência em queda livre. Também, não se perde nada.
O Governo também tem literalmente descarrilado em vários aspectos. Apanhou uma certa «febre costina» e deu-lhe para variar, no sentido enfermo do termo, com a privatização da T.A.P., logo agora que era lucrativa. A Saúde, considerada sector prioritário e para a qual eram prometidas medidas e melhorias em escassos meses, continua a agoniar. De experiência em experiência, ou melhor dizendo, de punhado em punhado de areia para os olhos, o Serviço Nacional de Saúde vai-se encaminhando para o colapso e subsequente extinção. E o mesmo alerto eu para a Segurança Social, meus caros. Mais uns anos e não haverá torrente de brasileiros ou indianos e afins que a possa valer. Que faz o Governo? Avança com uma reforma às chefias da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, que vai passar a ter dois comandos, uma estupidez acerca da qual eu já tinha falado, não é Senhor Henrique Pereira dos Santos? Insiste numa ligação de T.G.V. a Espanha que, não sendo má ideia (e não passa disso, de ideia), não trás grande benefício em tempo de viagem e exige uma gigantesca despesa, a qual podia ser gasta ou em poupança ou na manutenção e recuperação da rede ferroviária que já existe e suas valências de apoio. Bate também na tecla do novo aeroporto para Lisboa, quando já há o desaproveitado de Beja, e ainda fala num outro novo, desta vez militar, que substitua o de Figo Maduro, vai-se lá saber porquê. A sorte é que a falta de dinheiro crónica e a obsessão com o défice e o excedente vão permitir que os nossos governantes sosseguem com os seus bichos carpinteiros. Como se não bastasse, perante a previsão de uma descida considerável do preço dos combustíveis, o Governo ainda descongelou há dias o imposto sobre produtos petrolíferos, anulando em grande parte esta quebra.
Está bem, sim senhores. É no meio deste circo, com umas pitadas de futebóis e debates eleitorais como de costume vazios de conteúdos que o país continua a afundar-se. Por este andar, o Chega nem precisa de fazer campanha nas próximas eleições legislativas. Não fosse as pessoas terem memória curta e seria trigo limpo.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
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