terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Peta-Zetas, PANs & Companhia Muito Limitada (não pôr a carroça à frente do P.A.N.)

Depois de ver rejeitada pela segunda vez a intenção de proibir os veículos de tracção animal e de ter sido bem sucedido, pelo menos por enquanto, que muita tinta há-de escorrer sobre o assunto, quanto à proibição de animais em circos, o Partido das Pessoas, Animais e Natureza, o P.A.N.,  voltou à carga. Já se sabe, é que «de cão a cão, poucas léguas vão».

Quem não conhece a PETA, a associação que ficou conhecida, entre outras coisas, pelas peculiares manifestações de gente nua contra o uso de peles de animais?

Sim, estas mesmas mamanifestações.

Pois há dias, a PETA apresentou uma proposta para proibir o uso de certas expressões que se tornaram desde há séculos correntes mas que, no entender dos associados, não é muito abonatória para os animais.  Deste modo, «matar dois coelhos numa só cajadada» deveria passar a ser «pregar dois pregos numa só martelada», por exemplo, ou «pegar o touro pelos cornos» poderia ser substituído por «pegar a rosa pelos espinhos».

Num primeiro momento, quando inquirido pela comunicação social sobre o assunto, o P.A.N. argumentou inicialmente que seria interessante que as expressões caíssem em desuso em prol de outras não tão agressivas ou depreciativas mas que isso teria de advir por meio de educação. Ainda nos espantávamos com a sensatez da opinião e eis que no dia seguinte o P.A.N. opta por seguir o exemplo e pretender proibir estes dizeres de forma oficial.

Eu prezo mesmo muito os burros mas já lá diz o povo que isto é «como descer de cavalo para burro». É que a verdade é que decreto ou lei alguma consegue impor um preceito draconiano deste calibre. É como aquela baboseira sobre os piropos: eles vão continuar a existir, sejam ou não penalizados, é quase como proibir o Sol de nascer. Em rigor, a Assembleia tem bem mais coisas e mais importantes para debater do que se «a cavalo dado não se olha o dente» ou até se olha a mais do que isso. Agora, se o faz ou não... Digamos que não ponho as minhas mãos no fogo, já que «gato escaldado de água fria tem medo».

O P.A.N. que tire o cavalinho da chuva. Na verdade, estes e outros ditados estão muito enraizados e há muito tempo. Fazê-los desaparecer é, no imediato, impossível. Só ao fim de muitas gerações é que isso é previsível e mesmo assim só por via da educação. Para mais, haja bom senso. A generalidade dos ditados é meramente simbólica e ninguém vai atirar paus aos gatos só porque a canção diz que alguém o terá feito. Por outro lado, se «pegar o touro pelos cornos» passasse a ser «pegar a rosa pelos espinhos», não estaríamos agora a tecer comentários sobre as roseiras da mesma forma que o fazemos agora acerca de gado bovino?

Em suma, toda esta problemática é vazia de conteúdo e uma total perda de tempo. Importante sim é incutir a afeição e o respeito por todas as formas de vida. Proibir dizeres é começar pelo fim. Já a história das carroças e dos animais no circo o foi. Mas parece que isso é recorrente na política da Terceira República: em vez de zelar pelas condições em prol da resolução dum problema, proíbe-se-o ou liberaliza-se-o, conforme o caso, de modo a fazer com que a operação de cosmética aparente que algo deixe de ser problema. Isto não é mais que «pôr a carroça à frente dos bois».

Meus caros, para maluco já basto eu.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!