
Dia 1 de Dezembro, sim senhor, Dia da Restauração da Independência! Em 1640, dava-se a derradeira reacção a 60 anos de exploração e agressões por parte dos grandes senhores de Castela e à morte anunciada do nosso notável e porém enfraquecido reino num fantástico golpe de Estado quase limpo: apenas duas mortes. Ah, valentes!
Isso faz-me lembrar que a oportunidade é boa para fazer uma comparação com os nossos dias.
Nas Cortes de Tomar, em 1581, o Rei Filipe I (II de Espanha) foi obrigado a jurar os célebres «Vinte e Cinco Capítulos» se queria ser legitimado no trono e aclamado. é verdade que os seus descendentes os desrespeitaram mas vamos vê-los em resumo:
- respeitar os usos, costumes, leis e privilégios de Portugal;
- os cargos públicos seriam sempre ocupados por portugueses, que também poderiam desempenhar funções idênticas em Espanha;
- o comércio com a Índia e a Guiné era exclusivo de portugueses;
- o herdeiro ao trono seria criado em Portugal;
- a língua portuguesa seria mantida;
- continuaria a circular moeda própria;
Vejamos agora, ponto a ponto, a situação actual:
- usos e costumes deturpados e leis da União Europeia que prevalecem sobre as portuguesas;
- os cargos públicos continuam a ser ocupados por portugueses (ao menos isso, embora hoje qualquer estrangeiro, mediante certos requisitos, possa abraçar a nacionalidade portuguesa);
- nem o comércio em Portugal é exclusivo de portugueses, quanto mais...;
- o herdeiro ainda é educado em Portugal, se bem que nada herde;
- a língua portuguesa manteve-se, ainda que deturpada e queiram corromper a escrita com um acordo que nunca existiu e que a abrasileiriza toda, isto já para não falar na enchente de estrangeirismos usados e da valorização da aprendizagem de línguas estrangeiras;
- já não há sequer moeda própria!
Isto leva-me a pensar se não fará falta uma Segunda Restauração...
Que a caca esteja convosco!
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