O Mundo estava a mudar e os que se deslocavam pelos seus próprios membros estavam a ficar relegados a um beco sem saída evolutivo. Era agora uma luta épica pela sobrevivência: adaptação ou extinção. Havia um sapo, o Migas, que foi obrigado a render-se às evidências, estava ultrapassado, obsoleto, e queria ascender a esta nova condição mas não conseguia. Depois de anos de luta e ao fim de um terrível duelo numa tenebrosa selva urbana, eis que deu por fim de caras com uma raposa, sim, uma raposa diante dele, literalmente um bichinho peludo aparentado aos cães. E eis senão quando esta, em vez de se deixar apanhar no termo desta peleja, fugiu espavorida diante dos campeões. Era a vitória, sim, estava ultrapassada esta barreira.

Portanto, resta-me agora deixar o aviso a todos os outros transeuntes: novos desafios deparam-se em cada via a percorrer e Migas-o-Sapo está aí, de cartinha em punho, pronto a aterrorizar cada peão, ciclista, motociclista e condutor e semear o pânico em qualquer via... sem querer. Vou tentar ter cuidado e ser o mais prudente possível. Comigo, nada de macacadas e cavalgadas brutas. Faço o que posso mas a todos peço cuidado, porque, meus caros, ninguém está isento de deparar-se comigo e apanhar o susto da sua vida, talvez o último, se não for muito rápido, pois a azelhice não se cura, apenas tira folgas, e eu sou O MONSTRO DA ESTRADA.
A todos os que acreditaram e acreditam em mim, mais do que eu próprio, um abraço!
Vemo-nos por aí com a Carrinha Mocada.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!