terça-feira, 1 de março de 2011

Estudo sobre as letras «mudas» (será que o são?)

Esta coisa do «Acordo» Ortográfico deu-me a volta à cabeça desde o início e não sei se descansarei enquanto não erradicarem essa treta da face da Terra. Mas vamos ser neutros e olhar tudo de uma perspectiva científica.
Tal como já referi, NADA TENHO CONTRA O BRASIL.
Desde que o «Acordo» se reergueu das cinzas e foi aprovado pelos nossos políticos da treta, tenho andado a fazer um simples estudo que incide sobre a maior teimosia dos acordistas (ainda que não a mais grave na escrita, se bem que a pior na oralidade) e que passo a explicar.
Serão as letras erradamente designadas por mudas mesmo mudas? Já vimos que não o são na medida em que podem não ser ditas mas servem de indicadoras da abertura de vogais quando a acentuação não pode ser usada e desambiguadoras, agrupando e apartando palavras idênticas nas respectivas famílias. Mas, excluindo estes factores, não serão, de facto, ditas? Comecei a pensar nessa hipótese quando constatei que muitas das consoantes que os «ilustres» académicos consideravam mudas e que, portanto, deviam ser excluídas da grafia, eram proferidas por mim. E não o seriam pelos outros também? Comecei a prestar atenção à dicção de cada pessoa que ouvia falar, das mais variadas partes do país.
Conclusões
A maneira de falar difere muito de pessoa para pessoa, mais do que de região para região, ou seja, podem haver diferenças de pronúncia de zona para zona mas, dentro de cada área e, logo, pronúncia, há maior variação entre cada indivíduo, sendo que a maioria dos familiares se assemelham entre si. No que concerne às consoantes em causa, não são proferidas em absoluto com o valor alfabético correspondente (isto é, o c como em cão, etc.) o c da sequência se antecedido por a e na quase totalidade das palavras em que é antecedido por e (note-se, por exemplo, secção) e o p de baptismo e suas derivadas. No respeitante a todas ou quase todas as restantes, denotei gente que as pronunciava (até mesmo um miúdo que dizia «tractor» com o seu respectivo c), o que indica que são passíveis de serem pronunciadas. Sendo assim, aplicar o «Acordo» implica banir a possibilidade de poderem ser pronunciadas, alterando no sentido dum abrasileiramento e empobrecendo a língua.
Meus amigos, por algum motivo estas letras não foram excluídas na regulamentação de 1945, ao contrário de outras «igualmente» mudas. Acrescento ainda e por fim que talvez fosse boa ideia falarmos mais devagar para sermos mais explicados, melhor entendidos e não comermos letras, pois é evidente que a pressa é o principal motivo da supressão de letras na oralidade e já se sabe que a pressa é inimiga da perfeição.
Não tenho dados concretos registados para vos mostrar mas desafio-vos a sair à rua e repetir o meu exercício. Num ápice se verá que, se nem as pedras são mudas, como o podem ser as letras?
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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