Todos os anos surge a pergunta “porque é que Portugal não ganha o Festival da Eurovisão da Canção?” Penso que a resposta ficou bem dada nas pré-eliminatórias de ontem. Se ouvirmos bem todas as músicas, veremos que a portuguesa destoava das restantes, tinha um som e tipo de harmonia diferente das outras, todas muito parecidas. Não nego que gosto de música pimba mas vamos ser imparciais e analisemos o problema. Verdade seja dita, este é um género muito popular, vejam-se as audiências nos espectáculos do Tony Carreira ou do Emanuel, por exemplo, é aquilo de que a generalidade do Povo gosta. Ora o “Dança Comigo”era, de acordo com os nossos padrões, melhor música do que a maioria das outras. Para os outros padrões não.
Em muitos casos, e apesar da tendência uniformitarista, Portugal teima em ter uma evolução divergente da do resto da Europa e nenhum governo federalista o consegue contrariar. Notem-se as outras músicas: umas em inglês, uns nórdicos até em italiano rasca, poucas na língua-mãe e muitas em géneros estrangeiros para eles (jazz, ópera, rock - então e os Green Day andorrenhos de tipo “American Pie”? - etc.). A nossa não: estilo português (pimba) em língua portuguesa. É por estas pequenas coisas que vemos o quanto distintos somos dos restantes europeus e que a Europa Federal não é para nós.
Política suja à parte, não importa se não ganhamos, ao menos fomos autênticos. Sabrina, para nós, tu venceste!
Que a caca esteja contigo e com todos vós!
