Este é um caso real. Como estes, quantos não se poderão contar?
Contou-me uma pessoa que há umas semanas (sim, há quem tenha mais que fazer que dar às teclas) telefonou a uma clínica para marcar um exame.
- É pelo público ou pelo privado? - perguntaram-lhe do lado de lá. A resposta deu-se com a naturalidade do costume nestas ocasiões:
- É pelo público.
- Pelo público? - perguntou a funcionária da clínica - Pelo público só lá para 6 de Maio.
Pelo desenrolar da conversa, chegou a cliente à conclusão de que se marcasse por meio de um serviço privado ou por conta própria, seria atendida com maior brevidade. Ao invés, fazendo o exame por intermédio do Serviço Nacional de Saúde, terá de ficar relegada para depois dos sobreditos, que, pelos vistos, são prioritários. É que o lucro está primeiro e a saúde vem só depois.
Nem digo que clínica é esta pois tamanha descarada descriminação seria decerto circunstância causadora de grande vergonha e mau-estar entre os responsáveis.
Que a caca esteja convosco!
P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!