sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Houve gente a obrar...

Muitas vezes passo por lugares onde vejo fazerem obras que me deixam a questionar quanto ao que vai na cabeça dos responsáveis. Pior ainda quando elas abrangem edifícios antigos. E nem se imagina a quantidade e (falta de) qualidade do que se faz. Hoje vou expor duas situações e deixar que o muito hipotético leitor fique a pensar e veremos se chega ou não às mesmas conclusões que eu. São meros exemplos num vasto universo de coisas feitas ou em curso que nos dão que pensar.

1 - Estação de Caminhos-de-ferro de Albufeira. Perdão, Albufeira - Ferreiras, que aí há uns anos lembraram-se de lhe acrescentar um apêndice ao nome. Tive oportunidade de passar várias vezes por aquilo que sobra desta outrora grande estação e vi que estavam em obras. Disseram-me, não sei se é verdade se não, que toda a gente nos trabalhos, dos operários aos encarregados, era ucraniana ou similar, nem um único português lá havia. «Oh, Diabo...», pensei logo eu. Não é por nada de xenofobia, é por uma compreensível falta de familiaridade com a estética e sensibilidade portuguesa, o que faz toda a diferença. Ora o que havia da Casa da Espera, o edifício principal, era isto.

A cobertura era sustentada por estrados e asnas de madeira, já em avançado estado de degradação. Foi substituído por vigas e asnas de betão armado assentes sobre lintéis de betão armado e tijolo. Para colmatar o lapso entre as vigas do estrado e as asnas sobre as quais assentavam, encheram o espaço com uma carreira de tijolos em cada ponto necessário. Por fim, foi colocada uma cobertura de novas telhas, também lusas, como as que já lá estavam, talvez desde há uns 40 anos ou mais.

À partida, tudo bem, certo? Não. A execução técnica dos novos suportes das coberturas foi decerto boa mas qualquer um que olhe para estrados e asnas antigas, em madeira, e depois para os novos, em betão, nota que a diferença de pesos é considerável. Os lintéis feitos para receber as estruturas de suporte das coberturas ajudam e muito a evitar que o peso extra colocado acima faça abrir as paredes pelos beirais. No entanto, e por muito boa que seja a alvenaria com que edificaram o prédio, boa como jamais se voltará a fazer, não sei se, a médio prazo, a estrutura não começará a acusar o efeito da tensão causada por tão grande carga. 

No que respeita à estética, o resultado foi desastroso. As asnas deveriam ter sido mais estreitas, de modo a que as telhas da cobertura fossem recair sobre o beirado. Daqui resultou que agora há uma espécie de degrau entre o beirado e o resto da cobertura, agora com um aspecto ligeiramente mais acachapado do que antes. Não tenho imagens mas dá para ter uma ideia, não dá?

Antevejo uma nova intervenção daqui por não mais de 20 anos, com muita sorte.

2 - Passei a semana passada pelo Concelho de Odemira e fiquei admirado com uma obra que andavam a fazer. Ao longo de vários quilómetros, andavam a estender um tubo de duas polegadas à beira da estrada. Uma vez que passa parelho aos cabos e postes de telefone, pensámos, à partida, que a intenção seria de meterem agora os cabos de telefone por debaixo do chão. Compreensível, dados os roubos de cabos e destruições de postes necessárias para o efeito. A tarefa é difícil, tendo em conta o terreno irregular e as cheias frequentes, mas é possível. Tal não foi o espanto quando um morador local disse que a intenção era abastecer de água a aldeia de Pereiras-Gare através daquele tubinho e trazendo-a não se sabia ainda se da Estação de Sabóia, a 4km, ou de Santa Clara-a-Velha, a cerca de 6 ou 7km! Para além do espanto de tamanha absurdidade, resta-nos a suspeita de que talvez nada disto tenha sido ao acaso, se é que me faço entender. Mas é só uma suspeita, nada mais, diz quem apenas ouviu dizer.

Dá ou não dá que pensar?

Que a caca esteja convosco!

P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Quem não gosta da política?

Quando se fala na política, no que é que nós pensamos? Sim, em coisas más. Corrupção, má língua, compadrios, laxismo... Basta ver a campanha eleitoral que hoje termina, graças a Deus. Os pontos positivos? Sei lá, há algum? Pontos negativos: mais uma campanha vazia de propostas em que se antevê que tudo só não vai ficar na mesma porque vai sempre para pior. Assim é a nossa política, porca, desesperançada e aparentemente sem remédio que não seja um toque de desfibrilhador no máximo. Mas nem toda a política é assim.

Na festa do 110º aniversário do Partido Conservador da Dinamarca, isto em Março, na altura em que a minha torradeira cibernética teve de ir a arranjos, uma militante de 20 anos, Nikita Klaestrup, surpreendeu ao aparecer com um... elegante vestido preto. Quem não entende o que nós estamos a «conservar», eis uma amostra.

Já agora, vamos apreciar também a cara do amigo de uma outra fotografia.

Portanto, restam-nos duas perguntas. Se isto é ser conservadora, o que faria se fosse radical?

E agora, quem é que não gosta da política? Política desta é que faz falta em Portugal para... animar os eleitores!

Que a caca esteja convosco!

P.S. (quem dera ao de cá chegar a este calibre)

: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

«Ajuda» ilegal

A Comissão Europeia queixa-se que a ajuda prestada pelo Governo Português aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo é ilegal. Se provocar propositadamente a falência de uma empresa pública lucrativa é ajudar, então sim, a ajuda foi ilegal.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

Anacronismos e lapsos televisivos

Muitas vezes, estamos a ver televisão ou um filme e damos de caras com algumas falhas, coisas do género da troca de mãos do Anakin Skywalker n'«A Ameaça Fantasma» ou da autópsia ao extraterrestre naquela farsa famosa de há anos. Hoje trago à baila dois desses casos.

Primeiro: «Santa Bárbara». A telenovela nem precisava de começar para ter uma irregularidade. É que, por razões de saúde para uma eventual futura descendência, não podem haver mulheres mineiras. É uma actividade que envolve risco de contaminação que afecta ambos os sexos mas que o feminino pode transmitir através do seu ventre a um hipotético bebé seu. No caso dos homens, não há esse problema pois a contaminação fica com eles. Houve ou há uma mineira, é verdade, mas isso é um caso excepcional, como muitas coisas que fogem às regras hoje em dia.

Segundo e muito mais estranho: o anúncio do Intermarché. À primeira vista, alguém dirá logo que o que falha é o tipo, que se torna cada vez mais feio à medida que o tempo passa e que troca um jipe Toyota por um qualquer carro moderno. Por muito bom que seja, não supera o jipe. Mas não, não é isso. Logo no início, aparece que é 1991 e a mãe manda o moço levar 50$00 e ir às compras. Ele agarra numa nota de 50$00 daquelas com a figura da Rainha Santa Isabel, uma destas.

E é aí, quando ele lhe joga as mãos, que nós dizemos:
- Não, não leves essa, não te serve, não vais poder comprar nada, não, não não... ah... já fizeste asneira...
Porquê? É que aquele modelo de nota já saiu de circulação a 30 de Junho de 1987.

Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!