quinta-feira, 28 de julho de 2011

Festas do Centenário da Funcheira

Caros amigos


Confesso, eu adoro comboios, principalmente aqueles antigos, com as locomotivas a vapor que largam mais fumo pela venta que uma chaminé de Estarreja. Daí o artigo que se segue.


Tive oportunidade de ir este Sábado, dia 23, às festas dos 100 anos da estação e povoação da Funcheira, local de encontro da Linha do Vale do Sado com a Linha do Sul, povoado outrora pulsante de vida e beleza artística e hoje quase desabitado(cerca de 50 habitantes) e um pouco degradado.


Estas iniciaram-se às 11:30 com uma missa solene na capela improvisada, a Escola Primária desactivada, em honra da estação. Depois de uma pausa, que lá o calor é daqueles tais em que até assa canas à sombra, e este dia até era escapatório graças a uma certa aragem agradável, a animação foi retomada, não às 6 da tarde, como era previsto, mas só às 7:15 com o lançamento do livro «Funcheira: Tesouro Perdido dos Caminhos-de-ferro». Apesar de um discurso breve, hesitante e de notório improviso, que evidencia a falta de hábito nestas lides e o embaraço que isso causa, o jovem autor, Miguel de Góis Silva, lá arrancou palmas ao público por duas vezes com os agradecimentos da praxe a quantos o apoiaram, com a lembrança do passado glorioso dos caminhos-de-ferro e a afirmação de que Portugal precisava de ser salvo e que, se todo o país seguisse o exemplo da Funcheira e de Garvão, as duas terras vizinhas que, dizia, compartilhavam dificuldades e destinos e, por isso, deviam manter-se sempre unidas, então tudo seria bem sucedido. Por fim, rematou a curta intervenção dizendo que a Funcheira pode ter morrido para os comboios e ter sofrido as maiores agressões mas não morreu, sobrevive, e que, por isso, não era nem ele nem o livro que estavam de parabéns mas a Funcheira e aqueles que faziam a sua história a cada dia.


Com o refrescar do dia, a multidão foi-se chegando e tornou-se tão avultada que as mesas e cadeiras destinadas aos comes e bebes não deram para tanta gente. Entretanto, Telma Cristina fazia toda a gente dar um pèzinho de dança com a sua voz e o indissociável órgão. Seguiu-se o grupo Maravilhas do Alentejo e, já depois do jantar e da reentrada em cena da organista-vocalista, o Rancho Folclórico da Venda do Alcaide, conjunto notável no meio e cheio de pedalada, apesar do piso irregular e áspero do Largo do Dormitório. Na sua pausa, apareceu não o conjunto rockalheiro Us Batnavó mas o grupo castiço de Santa Clara-a-Velha «Gentes do Alto Mira». Ao que parece, a história dos Batnavó foi só uma partida do engraçado Senhor Marques, o artista de renome na região, membro do dito grupo santaclarense. Depois das suas figuras castiças, enebriantes melodias e vozes femininas que muito cativaram o público, só interrompidas, um pouco à paposseco, para uma entrega formal de exemplares do livro às entidades e artistas envolvidos, o rancho voltou ao ataque e acabou de render os espectadores aos seus encantos. Por último, Telma Cristina continuou a animar os presentes pela madrugada fora.


Em simultâneo às diversões descritas, decorreu no mesmo espaço uma exposição de fotografias antigas que muitas saudades extraíu àqueles que a visitaram.


Bonita festa popular cheia de animação, decoração como manda a tradição e barraquinhas de venda dos referidos confortos para a barriga e a cabeça, que contou até com actuações paralelas de acordeonistas fora do alinhamento e durante a qual não se registou qualquer problema. Parabéns Funcheira!


No que diz respeito ao livro lançado nesse dia, o qual já muita gente comprara, lera e comentava àvidamente mesmo antes da sua publicação oficial, relata a história da Funcheira e faz não só uma viagem pela cronologia da existência da povoação mas também um retrato da vida da população, com especial destaque nos tempos aureos. Faz também um estudo das causas da decadência da «aldeia-estação» e compara-a com Tunes-Gare, à qual deixa alguns conselhos, e sugere algumas possíveis soluções para alguns dos problemas. Apesar de não ter pròpriamente a ver com o tema da obra, não deixou de ser digno de nota positiva por alguns dos presentes a mensagem em rodapé do frontispício do livro:


«Este livro não está escrito consoante o Acordo Ortográfico porque o autor é contra a estupidez.»


Que mais se pode acrescentar? Concordo plenamente!


Que a caca esteja convosco!


P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

domingo, 10 de julho de 2011

Zarolhos d'Água: O Espelho do Armando Gama







Caros pombos amigos










Tive oportunidade de ler há algum tempo o derradeiro volume da saga de Harry Potter, um clássico literário anunciado antes sequer de ter sido lançado, arriscarei mesmo dizer escrito: «Harry Potter e os Talismãs da Morte». Reconheço que cheguei a certa parte do volume, virei-me para o lado e disse: «quanta ganza não fumou esta mulher!» É que chega-se a pouco mais de metade do livro com uma sensação idêntica à que tem quem leu «As Aventuras de Huckleberry Finn»», ou seja, a de que passou a história toda a engonhar para tudo explodir num grande final para o qual o engonhanço foi absolutamente necessário. As diferenças aqui são que o explodir é literal e a escala é, em tudo, muitíssimo maior. Chegamos à conclusão que a nata da saga foram «A Pedra Filosofal» e «A Câmara dos Segredos» e os restantes foram o engonhanço (e que espectacular engonhanço) até a um final digno da mais alucinogénica e brutal produção do Jerry Bruckheimer, com todo o chavaçamento e arraso que é sua característica. Agora que o último filme vai estrear daqui a poucos dias, termina uma era, aquela em que uma magnífica obra literária marca uma geração, e esta marcou profundamente, tal como a anterior foi marcada pelo «Senhor dos Anéis», pelo menos a quantos tiveram a ele acesso. Deste modo, se o filme fizer jus ao livro, aconselho vivamente o seu visionamento e garanto que será uma das mais memoráveis obras primas da Sétima Arte.










Mas e o que é que isto tem a ver com os «Zarolhos d'Água»? É que andava eu há uns tempos a ver uns vídeos do Festival da Canção no Youtube e, quando calhou ver o de 1983, reparei em duas coisas. Uma foi o quanto está diferente a apresentadora, Valentina Torres, que conheceu neste festival o seu futuro marido, Armando Gama, que venceu a edição com «Esta Balada Que Te Dou». A outra foi o mais apontado comentário ao vídeo:










«Uma bonita balada interpretada pelo Professor Snape do Harry Potter.»










Fiquei algum tempo à procura de alguma ligação para um outro vídeo mas não encontrei nada. Foi então que foi como se tivesse sido atingido por uma moca de Rio Maior: era o Snape que tocava e cantava! Aquelo cabelo escorrido e a farpela preta, até mesmo a penca, era tudo do Severus Snape! Fiquei eu então aqui a pensar. Será que o Armando Gama tem algum irmão gémeo desconhecido ou cuja identidade foi ocultada dos «Muggles» devido ao seu talento na feitiçaria ou será que ele tem uma segunda identidade e é, para além de famoso músico, um grande produtor de poções mágicas? Bem, só há uma maneira de saber, há que reparar bem na tatuagem no braço... às tantas o nosso simpático cantor já teve uma carreira como devorador da morte.










Que a caca esteja convosco!

























P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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AVISO IMPORTANTE: DADO O ELEVADO TEOR EM EXCREMENTOS CORROSIVOS, NÃO SE RECOMENDA A VISUALIZAÇÃO DESTE BLOG EM DOSES SUPERIORES ÀS ACONSELHADAS PELO SEU MÉDICO DE FAMÍLIA, PODENDO OCORRER DANOS CEREBRAIS E CULTURAIS PROFUNDOS E PERMANENTES, PELO QUE A MESMA SE DESACONSELHA VIVAMENTE EM ESPECIAL A IDOSOS ACIMA DOS 90 ANOS, POLÍTICOS SUSCEPTÍVEIS, FREIRAS ENCLAUSURADAS, INDIVÍDUOS COM FALTA DE SENTIDO DE HUMOR, GRÁVIDAS DE HEPTAGÉMEOS E TREINADORES DE FUTEBOL COM PENTEADO DE RISCO AO MEIO. ISTO PORQUE...

A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!