domingo, 8 de maio de 2011

Mercenariato Presidencial?



Nos últimos dois ou três anos, tem sido cada vez mais frequente o número de vozes que clamam contra o estado a que as coisas chegaram, que fazia falta um novo Salazar (ou uma equipa deles) e que os políticos são uma cambada de corruptos. Alguma mentira? Bem, fico com a pulga atrás da orelha ao ouvir mais gente que foi do tempo do Estado Novo a dizer coisas destas do que os que nasceram depois.










Há dias, conversava com uma amiga minha, que se vai embora para a Inglaterra. Ela estava muito desiludida com as coisas em Portugal. «Não há segurança nem respeito por ninguém» (confere), «é um salve-se quem puder, não há lei» (confere), «esta cambada que nos governa está a destruir o país» (se confere!). A certa altura, falando do casamento real de há dias, disse ela:










- Ao menos, os reis de lá, da Inglaterra, não são uns mercenários, como os presidentes daqui.










Ora eis uma afirmação curiosa que me ficou no ouvido. Deixando a questão monárquico-republicana de lado, não é preciso pensar muito para chegar à simples conclusão de que o desabafo teve um fundo de verdade. Os reis são, por natureza, apartidários e imparciais, isto é, não se conotam nem devem conotar com nenhuma facção se quiserem ser o soberano de todos os seus compatriotas. Com um presidente, isso é impossível. Em primeiro lugar, a eleição pressupõe que ele foi a escolha de alguns e não de todos. Haverá quem diga que um rei não é uma opção, é uma imposição. Amigos, quem saiba da História e dos costumes, sabe que não é assim. De facto, alguns candidatos e legítimos herdeiros a reis foram rejeitados e outros em funções foram depostos. Em segundo, o peso dos partidos é tão grande (em rigor, no nosso país e em muitos outros, não se pode sequer falar em Democracia mas em Partidocracia) que é impossível alguém não filiado ou apoiado por partidos ser eleito presidente da República. Partidos estes sempre ligados a grupos de interesses, claro. Consequentemente, e tendo em conta a conduta dos presidentes, com desagradável frequência de sentido partidarizado ou partidário, aqui se coloca a questão: não serão mesmo os presidentes mercenários dos partidos a soldo da República ou mercenários da República a soldo dos partidos? Em boa verdade, confesso que acho que não, que deve ser mais do género de mercenários republico-partidários a soldo... dos contribuintes. É que o financiamento tem de vir de algum lado e não será dos grupos que apoiam os partidos, como é óbvio, se esses se ligam aos partidos com vista a ganhar qualquer coisinha. Tira-se dos contribuintes, e muitas vezes inexplicàvelmente, muito. Note-se, por exemplo, que a nossa Presidência teve gastos superiores a qualquer outra presidência ou coroa europeia, segundo reza a comunicação social. Se não me engano, 5 vezes mais que a Coroa Espanhola. E o que é que o Escavacado faz que o Joanito não faça? Bem, acho que, em funções de Estado, ambos fazem o mesmo: nada.










Ainda assim, esta imagem peculiar não me sai da cabeça. Se a nossa terra pudesse falar, não achava piada nenhuma. No entanto, deve ser engraçado ver o Cavaco de fita na cabeça e metrelhadora na mão, com umas cintas de balas a rodear o tronco, em selvática caça ao voto, qual Steven Seagal ou Chuck Norris da vida real. É de rir de tanto chorar!










Que a caca esteja convosco!















P.S.: NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!!!

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A CACA DE POMBO É CORROSIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!